Atividade física parece reduzir o risco de depressão
Resumo
Para essa revisão sistemática1 de estudos de coorte prospectivos, os autores incluíram 49 estudos, com um total de 266.939 participantes (53% de mulheres, seguimento de 1,8 milhões de pessoas por ano). Os critérios de elegibilidade dos estudos incluíam: (a) desenho: coorte prospectiva com pelo menos um ano de seguimento; (b) participantes: ausência de diagnóstico de depressão ou limiar de sintomas depressivos, de acordo com qualquer ferramenta; (c) exposição: prática de atividade física (geralmente com um questionário de autorrelato; considerando maior nível de atividade física como mais de 150 minutos por semana de atividade de intensidade moderada, como caminhada rápida); (d) desfecho: incidência de depressão.Os resultados mostraram que participantes com níveis mais altos de atividade física apresentaram menor risco de depressão (odds ratio ajustado 0,83; intervalo de confiança de 95%: 0,79-0,88; P < 0,001). Fatores de confusão (incluindo idade, sexo, índice de massa corporal, tabagismo e sintomas depressivos iniciais) foram considerados e não alteraram significativamente os resultados. Análises de subgrupo por faixa etária (< 18 anos, 18-65 anos, > 65 anos) não apresentaram diferenças significativas em relação à análise principal.
Referências
Schuch FB, Vancampfort D, Firth J, et al. Physical activity and incident depression: a meta-analysis of prospective cohort studies. Am J Psychiatry. 2018;175(7):631-48. PMID: 29690792;doi: 10.1176/appi.ajp.2018.17111194.
Brunström M, Carlberg B. Association of Blood Pressure Lowering With Mortality and Cardiovascular Disease Across Blood Pressure Levels: A Systematic Review and Meta-analysis.JAMA Intern Med. 2018;178(1):28-36. PMID: 29131895; doi: 10.1001/jamainternmed.2017.6015.