Exercício

quanto mais, melhor?

Autores

  • Victor Keihan Rodrigues Matsudo Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) e Departamento de Saúde Complementar da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
  • Maurício dos Santos Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) e Departamento de Saúde Complementar da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
  • Diana Carolina Gonzalez Beltran Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) e Departamento de Saúde Complementar da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
  • José da Silva Guedes Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) e Departamento de Saúde Complementar da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Palavras-chave:

Exercício, prevenção de doenças, estilo de vida sedentário, aptidão física, risco, corrida, corrida moderada, treino aeróbico

Resumo

O entusiasmo com a melhora progressiva da potência aeróbica faz com que as pessoas se animem a se envolver cada vez mais com corridas de longa duração. Mas será que quanto mais, melhor? As evidências têm se acumulado mostrando que realmente a redução do risco de morte por todas as causas e mortalidade cardiovascular ocorre de forma marcante em volumes modestos ou intermediários. No entanto, é surpreendente verificar que a maior parte desses benefícios se reduzem à medida que o envolvimento com esses exercícios passa a ser muito intenso ou extremamente intenso. A somatória das evidências permite concluir que temos uma relação do tipo curva L ou mesmo U entre nível de intensidade do exercício e a mortalidade. Uma interessante hipótese para explicar o alto índice de mortes cardiovasculares entre esses grandes corredores recebeu a denominação de síndrome de Fidípides, em que esses excessos levariam a microisquemias miocárdicas, que evoluíram para áreas de microfibrose disparando o aparecimento de arritmias que poderiam evoluir para fibrilação ventricula.

Biografia do Autor

Victor Keihan Rodrigues Matsudo, Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) e Departamento de Saúde Complementar da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Livre-docente da Universidade Gama Filho. Diretor Científico do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS)

Maurício dos Santos, Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) e Departamento de Saúde Complementar da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Mestre em Neurociências e Comportamento pela Universidade de São Paulo. Pesquisador do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS).

Diana Carolina Gonzalez Beltran, Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) e Departamento de Saúde Complementar da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Fisioterapeuta pela Universidade de Rosário, Colômbia. Pesquisadora Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS)

José da Silva Guedes, Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) e Departamento de Saúde Complementar da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Professor Titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FSMSCSP). Pesquisador do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS).

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Publicado

2019-04-07

Como Citar

1.
Matsudo VKR, Santos M dos, Beltran DCG, Guedes J da S. Exercício: quanto mais, melhor?. Diagn. tratamento. [Internet]. 7º de abril de 2019 [citado 16º de outubro de 2025];24(2):67-9. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/rdt/article/view/217

Edição

Seção

Nutrição, Saúde e Atividade Física