Rastreamento para diabetes tipo 2 não reduz mortalidade
Resumo
Esta revisão sistemática,2 realizada em 2015, é uma atualização de uma anterior conduzida pela The United States Preventive Services Task Force. Os autores utilizaram a Biblioteca Cochrane e o Medline para atualizar a revisão sistemática prévia de ensaios randomizados controlados, estudos observacionais controlados e revisões sistemáticas que avaliaram os efeitos do rastreamento de diabetes mellitus sobre os desfechos clínicos. Os estudos foram limitados àqueles publicados em inglês. Os autores identificaram dois ensaios clínicos controlados e randomizados: os pacientes foram rastreados para diabetes quando estavam na sexta década de vida e foram acompanhados por 10 anos. Nesses estudos, o rastreamen- to para diabetes não obteve benefício sobre a mortalidade em 10 anos contra não realizar a investigação de assintomáticos. Para casos de diabetes já detectados em rastreamento, um ensaio clínico encontrou não haver efeito de uma intervenção multifatorial intensiva sobre risco de mortalidade cardiovascular de qualquer causa versus controle padrão. Em um desses ensaios, a mortalidade cardiovascular, a mortalidade associada ao diabetes e a mortalidade relacionada ao câncer não foram reduzidas com a detecção precoce.
Referências
Centre for Evidence Based Medicine. Oxford Centre for Evidence-based Medicine - Levels of Evidence (March 2009). Disponível em: http://www.cebm.net/index.aspx?o=1025. Acessado em 2016 (2 mar).
Selph S, Dana T, Blazina I, et al. Screening for type 2 diabetes mellitus: a systematic review for the U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med. 2015;162(11):765-76.
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