Comparação de sintomas entre doença esofágica erosiva e não erosiva em mulheres e homens com pirose
Palavras-chave:
Refluxo gastroesofágico, esofagite, pirose, transtornos de deglutição, sexo, Doença do refluxo gastroesofágico, queimação retroesternal, disfagiaResumo
Contexto e Objetivo: A intensidade dos sintomas da doença do refluxo gastroesofágico pode ser diferente entre pacientes com doença erosiva e não erosiva, e entre homens e mulheres. Avaliamos estas hipóteses. Métodos: Estudo de coorte prospectivo realizado em 174 pacientes com pirose e regurgitação submetidos ao exame endoscópico do esôfago em que foram avaliados a intensidade do estresse, a ocorrência de disfagia e a intensidade dos sintomas em pacientes com doença esofágica erosiva e não erosiva. Utilizamos os testes de Escala de Estresse Percebido (PSS), Eating Assessment Tool (EAT-10), Velanovich e um questionário de sintomas típicos e atípicos (QSTA). Resultados: Noventa e oito pacientes (56%) tinham doença erosiva e 76 (44%) não erosiva. O escore do teste Velanovich foi maior naqueles com doença erosiva. Houve correlação forte entre os questionários QSTA, Velanovich e EAT-10. Em todas avaliações as mulheres tiveram escores mais elevados do que os homens. Escores de QSTA e Velanovich foram maiores naqueles com disfagia. Discussão: Sintomas de pirose e regurgitação são mais intensos e frequentes nos pacientes com doença erosiva do esôfago e nas mulheres quando comparadas aos homens. Conclusão: Tanto o fato de haver erosões na mucosa de esôfago em pacientes com pirose e regurgitação quanto o sexo dos pacientes influenciam a intensidade dos sintomas compatíveis com doença do refluxo gastroesofágico, mais intensos naqueles com doença erosiva e nas mulheres.