Impacto do exercício físico sobre o desempenho sexual
Palavras-chave:
exercício físico, saúde sexual, sexualidade, disfunções sexuais fisiológicas, doença crônica, desempenho sexual, disfunção erétil, ejaculação precoce, disfunções sexuais psicogênicas, transtorno da excitação sexual, transtorno do desejo sexual hipoativoResumo
O desempenho sexual humano é influenciado por uma variedade de fatores biopsicossociais e a prática regular de exercícios pode trazer efeitos benéficos sobre a saúde física e emocional e prevenir disfunções sexuais. Este artigo tem como objetivo analisar a influência do exercício físico no desempenho sexual humano. Para a população feminina, exercitar-se tem efeitos positivos sobre a função sexual pela melhora na excitação sexual em decorrência do aumento na atividade do sistema nervoso simpático e fatores endócrinos. Praticantes de exercícios regulares apresentam melhor função sexual e vascularização clitoriana e menor sofrimento sexual, em comparação com mulheres sedentárias, sendo os benefícios mediados por determinantes biológicos e psicológicos. Para a população masculina, níveis mais altos de atividade física estão associados à melhora da função erétil e ao controle da ejaculação, pelo aumento da consciência interoceptiva e melhor equilíbrio simpático-vagal durante essa atividade, mediados por vias psicológicas e fisiológicas. As evidências sugerem que níveis moderados a altos (mas não excessivos) de atividade física beneficia a saúde sexual, caracterizando uma estratégia não farmacológica para a promoção do bem-estar sexual. A relação entre exercício físico e desempenho sexual reforça a importância de incorporar atividades físicas regulares como parte de um estilo de vida saudável, visando não apenas a saúde geral, mas também o bem-estar sexual. Com a crescente prevalência de disfunções sexuais, o exercício físico emerge como intervenção preventiva e terapêutica promissora, enfatizando a necessidade de mais estudos para explorar plenamente o potencial dessa intervenção.
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