Cuidados paliativos ambulatoriais e qualidade de vida em pacientes oncológicos

Autores

  • Lívia Benini Kohler Sociedade Brasileira de Medicina de Família (Sobramfa)
  • Ana Cláudia Borin Cerchiaro Sociedade Brasileira de Medicina de Família (Sobramfa)
  • Marcelo Rozenfeld Levites Sociedade Brasileira de Medicina de Família (Sobramfa)

Palavras-chave:

Cuidados paliativos, doente terminal, assistência ambulatorial, oncologia, qualidade de vida

Resumo

Contexto e objetivo: O tratamento de cuidados paliativos ambulatoriais visa o controle dos sintomas e fornecer informações sobre a evolução da doença em pacientes sem possibilidade de cura, melhorando assim a qualidade de vida. Este estudo descreveu a percepção do tratamento de cuidados paliativos ambulatoriais pelos pacientes oncológicos, incluindo o grau de satisfação desses pacientes com essa terapêutica. Desenho e local: Trata-se de um estudo transversal realizado no Ambulatório de Cuidados Paliativos de hospital particular em São Paulo. Método: Foram coletados dados de 17 pacientes oncológicos com impossibilidade de cura, em tratamento paliativo ambulatorial, entre março e agosto de 2015, por meio de entrevistas semiestruturadas. Após a transcrição das falas, os dados foram analisados segundo a análise de conteúdo. Resultados: Dos discursos dos entrevistados, emergiram seis categorias: definição do cuidado paliativo, fatores de aceitação do início do cuidado paliativo, dor, fator mais incômodo, facilidades do ambulatório e grau de satisfação do paciente e dos familiares. Discussão: Os pacientes compreendem que a melhoria da qualidade de vida e alívio do sofrimento é o objetivo principal do cuidado paliativo. O cuidado iniciou-se na falha do tratamento curativo e o posicionamento médico foi o fator de aceitação mais importante. A queixa mais comum foi a perda da independência. O ambulatório facilita e cumpre as necessidades dos pacientes, melhorando a qualidade de vida e aliviando os sintomas, por meio de pequenas atitudes da equipe. Conclusão: Satisfação reflete a dedicação voltada ao atendimento especializado aos portadores de câncer, visando controlar os sintomas relacionados à doença e amenizar o sofrimento de um paciente oncológico sem chance de cura.

Biografia do Autor

Lívia Benini Kohler, Sociedade Brasileira de Medicina de Família (Sobramfa)

Acadêmica de Medicina, cursando sexto ano, Universidade Anhembi Morumbi.

Ana Cláudia Borin Cerchiaro, Sociedade Brasileira de Medicina de Família (Sobramfa)

Acadêmica de Medicina, cursando sexto ano, Universidade Anhembi Morumbi.

Marcelo Rozenfeld Levites, Sociedade Brasileira de Medicina de Família (Sobramfa)

Médico de família e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família (Sobramfa).

Referências

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Publicado

2016-07-05

Como Citar

1.
Kohler LB, Cerchiaro ACB, Levites MR. Cuidados paliativos ambulatoriais e qualidade de vida em pacientes oncológicos. Diagn. tratamento. [Internet]. 5º de julho de 2016 [citado 16º de outubro de 2025];21(3):101-5. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/rdt/article/view/37

Edição

Seção

Artigo Original