Catatonia maligna responsiva a baixas doses de lorazepam

relato de caso

Autores

  • Diego Fernando Moreira Matias Universidade Federal de São Paulo
  • Sabrina de Mello Ando Universidade Federal de São Paulo
  • Rachel Riera Universidade Federal de São Paulo
  • Aécio Flávio Teixeira de Góis Universidade Federal de São Paulo

Palavras-chave:

Catatonia, Benzodiazepinas, Lorazepam, Transtorno depressivo, Relatos de casos

Resumo

CONTEXTO: A catatonia pode ser dividida em não maligna ou maligna. A maligna se caracteriza pela instabilidade autonômica, exibindo febre elevada, taquicardia e hipertensão, além de ser considerada um subtipo fulminante e rapidamente progressivo. RELATO DE CASO: Este artigo relata um caso de catatonia maligna em paciente de 43 anos, com transtornos psiquiátricos há três anos. A paciente estava estável, mantendo o mutismo, a imobilidade e as anormalidades autonômicas. Foi introduzido lorazepam, via oral, 1 mg de oito em oito horas, e em algumas horas, a paciente ficou afebril. Em dois dias, já estava respondendo a comandos verbais. CONCLUSÕES: Intervenção precoce com lorazepam preveniu a evolução desta paciente para um desfecho fatal. Portanto, este relato de caso mostrou que o diagnóstico e a intervenção precoces reduziram a ocorrência de desfechos graves e irreversíveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Diego Fernando Moreira Matias, Universidade Federal de São Paulo

MD. Resident Physician, Department of Psychiatry, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brazil.

Sabrina de Mello Ando, Universidade Federal de São Paulo

Medical Student, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brazil.

Rachel Riera, Universidade Federal de São Paulo

MD, MSc, PhD. Rheumatologist and Professor, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brazil; Coordinator at Brazilian Cochrane Center, São Paulo, Brazil.

Aécio Flávio Teixeira de Góis, Universidade Federal de São Paulo

MD, MSc, PhD. Head, Emergency Department, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brazil.

Referências

Taylor MA, Fink M. Catatonia in psychiatric classification: a home of its own. Am J Psychiatry. 2003;160(7):1233-41.

Fink M. Catatonia: a syndrome appears, disappears, and is rediscovered. Can J Psychiatry. 2009;54(7):437-45.

Lin CC, Huang T. Lorazepam-diazepam protocol for catatonia in schizophrenia: a 21-case analysis. Compr Psychiatry. 2013;54(8):1210-4.

Tibrewal P, Narayanaswamy J, Zutshi A, Srinivasaraju R, Math SB. Response rate of lorazepam in catatonia: a developing country’s perspective. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2010;34(8):1520-2.

de Entrambasaguas M, Sánchez JL, Schonewille W. Catatonia maligna [Malignant catatonia]. Rev Neurol. 2000;30(2):132-8.

Francis A, Fink M, Appiani F, et al. Catatonia in Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition. J ECT. 2010;26(4):246-7.

Fink M, Taylor MA. The catatonia syndrome: forgotten but not gone. Arch Gen Psychiatry. 2009;66(11):1173-7.

Detweiler MB, Mehra A, Rowell T, Kim KY, Bader G. Delirious mania and malignant catatonia: a report of 3 cases and review. Psychiatr Q. 2009;80(1):23-40.

Glover SG, Escalona R, Bisho J, Saldivia A. Catatonia associated with lorazepam withdrawal. Psychosomatics. 1997;38(2):148-50.

Taylor MA, Abrams R. Catatonia. Prevalence and importance in the manic phase of manic-depressive illness. Arch Gen Psychiatry. 1977;34(10):1223-5.

Gelenberg AJ. The catatonic syndrome. Lancet. 1976;1(7973):1339-41.

Moreira CN, Souza GFJ. Esquizofrenia catatônica. Casos Clínicos em Psiquiatria. 2000;2(2):66-70.

Rizos DV, Peritogiannis V, Gkogkos C. Catatonia in the intensive care unit. Gen Hosp Psychiatry. 2011;33(1):e1-2.

Ungvari GS, Chiu HF, Chow LY, Lau BS, Tang WK. Lorazepam for chronic catatonia: a randomized, double-blind, placebo-controlled cross-over study. Psychopharmacology (Berl). 1999;142(4):393-8.

Cottencin O, Thomas P, Vaiva G, Rascle C, Goudemand M. A case of agitated catatonia. Pharmacopsychiatry. 1999;32(1):38-40.

Ramdurg S, Kumar S, Kumar M, et al. Catatonia: Etiopathological diagnoses and treatment response in a tertiary care setting: A clinical study. Ind Psychiatry J. 2013;22(1):32-6.

Petrides G, Divadeenam KM, Bush G, Francis A. Synergism of lorazepam and electroconvulsive therapy in the treatment of catatonia. Biol Psychiatry. 1997;42(5):375-81.

Rey JM, Walter G. Half a century of ECT use in young people. Am J Psychiatry. 1997;154(5):595-60.

Downloads

Publicado

2016-04-07

Como Citar

1.
Matias DFM, Ando S de M, Riera R, Góis AFT de. Catatonia maligna responsiva a baixas doses de lorazepam: relato de caso. Sao Paulo Med J [Internet]. 7º de abril de 2016 [citado 15º de outubro de 2025];134(2):176-9. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1012

Edição

Seção

Relato de Caso