Escaras de decúbito e as definições de Charcot
relatos de dois casos
Palavras-chave:
Úlcera de pressão, Avaliação de processos e resultados (Cuidados de Saúde), Estado vegetativo persistente, Esclerose amiotrófica lateralResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: Escaras de decúbito (ED) são lesões decorrentes de fluxo sangüíneo inadequado, com desnutrição tecidual secundária à pressão prolongada da pele, tecido conjuntivo, músculos e/ou ossos. Os autores relatam dois casos de pacientes com grave comprometimento neurológico e com vários fatores predisponentes para o desenvolvimento de escaras de decúbito, porém com conseqüências opostas. RELATO DE CASOS: O primeiro caso, um jovem paciente em estado vegetativo persistente, desenvolveu extensas ED evoluindo para sepse e óbito. O segundo caso, o paciente com esclerose lateral amiotrófica (ELA), ficou longo período restrito ao leito com imobilidade acentuada, mas sem o aparecimento de ED. Estas duas situações clínicas já foram bem definidas por Charcot no século XIX, quando este criou o termo “decubitus ominosus” que se aplica ao primeiro caso, e quando definiu que pacientes com ELA raramente desenvolvem ED, fato observado no segundo caso.
Downloads
Referências
Bansal C, Scott R, Stewart D, Cockerell CJ. Decubitus ulcers: a review of the literature. Int J Dermatol. 2005;44(10):805-10.
Stausberg J, Kröger K, Maier I, Niebel W, Schneider H. Häufig- keit des Dekubitus in einem Universitätsklinikum. Kombination von Routinedokumentation und Querschnittstudie. [Frequency of decubitus ulcer in patients of a university medical center. Combination of routine documentation and cross-sectional study]. Dtsch Med Wochenschr. 2005;130(41):2311-5.
Karlsson AK. Autonomic dysfunction in spinal cord injury: clinical presentation of symptoms and signs. Prog Brain Res. 2006;152:1-8.
Post MW, Dallmeijer AJ, Angenot EL, van Asbeck FW, van der Woude LH. Duration and functional outcome of spinal cord injury rehabilitation in the Netherlands. J Rehabil Res Dev. 2005;42(3 Suppl 1):75-85.
Redelings MD, Lee NE, Sorvillo F. Pressure ulcers: more lethal than we thought? Adv Skin Wound Care. 2005;18(7):367-72.
Levine JM. Historical perspective: the neurotrophic theory of skin ulceration. J Am Geriatr Soc. 1992;40(12):1281-3.
Levine JM. Historical perspective on pressure ulcers: the de- cubitus ominosus of Jean-Martin Charcot. J Am Geriatr Soc. 2005;53(7):1248-51.
Charcot JM. Lecture XIII. On amyotrophic lateral sclerosis. Symptomatology. In: Charctor JM. Lectures on the diseases of the nervous system. New York: Hafner Publishing Company; 1962. p. 192-204.
Parish LC, Smith G, Collins E. Decubitus ulcers and amyo- trophic lateral sclerosis. Lancet. 1978;1(8065):658-9.
Ono S. The skin in amyotrophic lateral sclerosis. Amyotroph Lateral Scler Other Motor Neuron Disord. 2000;1(3):191-9.
Ono S, Toyokura Y, Mannen T, Ishibashi Y. “Delayed return phenomenon” in amyotrophic lateral sclerosis. Acta Neurol Scand. 1988;77(2):102-7.
Kolde G, Bachus R, Ludolph AC. Skin involvement in amyo- trophic lateral sclerosis. Lancet. 1996;347(9010):1226-7.
Ono S, Imai T, Shimizu N, Nagao K. Increased expression of laminin 1 in the skin of amyotrophic lateral sclerosis. Eur Neurol. 2000;43(4):215-20.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.