Evaluation of APACHE II system among intensive care patients at a teaching hospital

Autores

  • Paulo Antonio Chiavone Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
  • Yvoty Alves dos Santos Sens Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Palavras-chave:

APACHE II, Índices, Prognósticos, Gravidade, Doença, Unidade Terapia, Intensiva

Resumo

CONTEXTO: Pela complexidade do atendimento nas unidades de terapia intensiva e a própria situação dos pacientes, o prognóstico correto é de fundamental importância. Os índices prognósticos surgiram para auxiliar na avaliação do prognóstico destes pacientes. OBJETIVO: Avaliar o APACHE II (Acute Physiology and Cronic Health Evaluation II), analisando a estratificação dos pacientes quanto à letalidade, comparar a gravidade e condições de saída dos pacientes clínicos, pós-cirurgias eletivas, e pós-cirurgias de urgências; avaliar a capacidade do APACHE II de prever a letalidade hospitalar; e comparar a letalidade hospitalar observada com a esperada. TIPO DE ESTUDO: de acurácia, retrospectivo. LOCAL: Unidade de terapia intensiva da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (hospital terciário de ensino universitário). PARTICIPANTES: 521 pacientes consecutivamente admitidos entre julho de 1998 a junho de 1999. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Escore APACHE II, mortalidade intra-hospitalar. A acurácia do APACHE II foi avaliada pela curva receiver operating characteristic, pela decisão matricial e pela regressão linear. RESULTADOS: A idade média foi 50 ± 19 anos e a média do APACHE II foi de 16,7 ± 7,3. Entre os internados, 166 pacientes (32%) tinham doenças clínicas, 173 (33%) sofreram cirurgias eletivas e 182 (35%), cirurgias de urgências, sendo esta proporção estatisticamente similar. A média do APACHE II dos pacientes clínicos foi 18,5 ± 7,8, dos pacientes pós-cirurgias de urgências, 18,6 ± 6,5 e dos pacientes pós-cirurgias eletivas foi 13,0 ± 6,3. Quanto maior o APACHE II, maior a letalidade para todos os pacientes e para cada grupo. A letalidade prevista foi 25,6%, enquanto a observada foi 35,5%, com razão de mortalidade padronizada de 1,39. A análise da curva receiver operating characteristic mostrou boa discriminação do índice (área sob a curva = 0,80). Com a matriz de decisão 2 x 2, 72,2% dos pacientes foram corretamente classificados, sendo a sensibilidade 35,1% e a especificidade 92,6% (risco de 0,5). Quando a letalidade observada foi relacionada com a prevista, a análise de regressão linear mostrou r2 de 0,92. CONCLUSÕES: O APACHE II foi útil para estratificar os pacientes pela letalidade. A gravidade e a letalidade dos pacientes clínicos foram maiores que dos pacientes cirúrgicos. A capacidade do sistema APACHE II de estratificação foi boa, mas insuficiente para predizer com exatidão a letalidade destes pacientes. A letalidade observada foi maior que a prevista pelo APACHE II.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Antonio Chiavone, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

MD, MSc. Assistant professor in the Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; director of the Departament of Intensive Therapy of Santa Casa de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Yvoty Alves dos Santos Sens, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

MD. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; Associate professor of the Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; director of the Department of Nefrology and Renal Transplant of Santa Casa de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Referências

Knaus WA, Draper EA, Wagner DP, Zimmerman JE. APACHE II: a severity of disease classification system. Crit Care Med 1985;13(10):818-29.

Knaus WA, Wagner DP, Draper EA, et al. The APACHE III prognostic system. Risk prediction of hospital mortality for criti- cally ill hospitalized adults. Chest 1991;100(6):1619-36.

Le Gall JR, Lemeshow S, Saulnier F. A new Simplified Acute Physiology Score (SAPS II) based on a European/North Ameri- can multicenter study. JAMA 1993;270(24):2957-63.

Lemeshow S, Klar J, Teres D, et al. Mortality probability models for patients in the intensive care unit for 48 or 72 hours: a pro- spective, multicenter study. Crit Care Med 1994;22(9):1351-8.

Brasil. Ministério da Saúde. [Ministry of Health] Portaria no 2.918, de 09 de junho de 1998. Estabelece critérios de classificação entre as unidades de tratamento intensivo. [Estab- lishes the classification criteria for different intensive care units]. Diário Oficial da União 1998;11(15 de junho de 1998):39.

Markgraf R, Deutschinoff G, Pientka L, Scholten T. Comparison of acute physiology and chronic health evaluations II and III and simplified acute physiology score II: a prospective cohort study evaluating these methods to predict outcome in a German inter- disciplinary intensive care unit. Crit Care Med 2000;28(1):26-33.

Knaus WA, Draper EA, Wagner DP, Zimmerman JE. An evalu- ation of outcome from intensive care in major medical centers. Ann Intern Med 1986;104(3):410-8.

Sirio CA, Tajimi K, Tase C, et al. An initial comparison of in- tensive care in Japan and the United States. Crit. Care Med 1992;20(9):1207-15.

Chen FG, Koh KF, Goh MH. Validation of APACHE II score in a surgical intensive care unit. Singapore Med J 1993;34(4):322-4.

Beck DH, Taylor BL, Millar B, Smith GB. Prediction of out- come from intensive care: a prospective cohort study compar- ing Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II and III prognostic systems in a United Kingdom intensive care unit. Crit Care Med 1997;25(1):9-15.

Costa JI, Gomes do Amaral JL, Munechika M, Juliano Y, Bezerra Filho JG. Severity and prognosis in intensive care: prospective application of the APACHE II index. São Paulo Med J 1999;117(5):205-14.

Bastos PG, Sun X, Wagner DP, Wu Aw, Knaus WA. Glasgow Coma Scale score in the evaluation of outcome in the intensive care unit: findings from the Acute Physiology and Chronic Health Evaluation III Study. Crit Care Med 1993;21(10):1459-65.

Wong DT, Crofts SL, Gomez M, McGuire GP, Byrick RJ. Evalu- ation of predictive ability of APACHE II system and hospital outcome in Canadian intensive care unit patients. Crit Care Med 1995;23(7):1177-83.

Oh TE, Hutchinson R, Short S, Buckley T, Lin E, Leung D. Verification of the Acute Physiology and Chronic Health Evaluation scoring system in a Hong Kong intensive care unit. Care Med 1993;21(5):698-705.

Milani Júnior R, Rocha AS. Acurácia prognóstica e eficácia de tratamento em UTI avaliadas pelo sistema APACHE II. Rev Hosp Clin Fac Med São Paulo 1989;44(4):149-52.

Gonçalves WM, Kruel NF, Araújo PA, Teixeira DO. Análise do sistema prognóstico de mortalidade apache II em pacientes cirúrgicos de unidade de terapia intensiva. Rev Col Bras Cir 1999;26(2):115-8.

Rowan KM, Kerr JH, Major E, McPherson K, Short A, Vessey MP. Intensive Care Society’s APACHE II study in Britain and Ireland II: Outcome comparisons of intensive care units after adjustment for case mix by the American APACHE II method. BMJ 1993;307(6910):977-81.

Zimmerman JE, Knaus WA, Judson JA, et al. Patient selection for intensive care: a comparison of New Zealand and United States hospitals. Crit Care Med 1988;16(4):318-26.

Giangiuliani G, Mancini A, Gui D. Validation of a severity of illness score (APACHE II) in a surgical intensive care unit. In- tensive Care Med 1989;15(8):519-22.

Livianu J, Orlando JM, Maciel FM, Proença JO. Comparison of 3 severity of illness scoring systems for intensive care unit (ICU) patients. Crit Care Med 1998;26(1 Suppl):A125.

Dowling RD, Landreneau RJ, Wachs ME, Ferson PF. Predict- ing outcome after ICU admission. The art and science of as- sessing risk. Chest 1992;102(6):1861-70.

Downloads

Publicado

2003-03-03

Como Citar

1.
Chiavone PA, Sens YA dos S. Evaluation of APACHE II system among intensive care patients at a teaching hospital. Sao Paulo Med J [Internet]. 3º de março de 2003 [citado 16º de outubro de 2025];121(2):53-7. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2584

Edição

Seção

Artigo Original