Frequency of Trichomonas vaginalis, Candida sp and Gardnerella vaginalis in cervical-vaginal smears in four different decades
Palavras-chave:
Vaginite, Citopatologia cérvico-vaginal, Trichomonas vaginalis, Candida sp, Gardnerella vaginalisResumo
CONTEXTO: A vaginite é uma das principais causas que leva a mulher procurar um ginecologista ou obstetra. A vaginose bacteriana, a candidíase e a tricomoníase são responsáveis por 90% dos casos de vaginite infecciosa. OBJETIVO: Verificar a freqüência dos três principais agentes causadores de vaginite, Trichomonas vaginalis, Candida sp e Gardnerella vaginalis em quatro diferentes décadas (60, 70, 80 e 90). TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo. LOCAL: Centro Terciário de Referência. PARTICIPANTES: Pacientes atendidas no ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, durante os anos de 1968, 1978, 1988, 1998, como amostras de cada década. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Foram levantados os diagnósticos de infecção por Trichomonas vaginalis, Candida sp e Gardnerella vaginalis em 20.356 citologias cérvico-vaginais de pacientes atendidas no ambulatório de Ginecologia, da mesma Instituição, durante os anos de 1968, 1978, 1988, 1998, os quais representariam as quatro diferentes décadas. Os resultados foram agrupados de acordo com a faixa etária da paciente: menos de 20 anos, entre 20 e 29 anos, entre 30 e 39 anos, entre 40 e 49 anos e 50 anos ou mais. A análise estatística foi feita através do teste do qui-quadrado (Mantel-Haentzel) com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Em 1968, a infecção por Trichomonas vaginalis e Candida sp foram diagnosticadas em 10% e 0,5% das citologias e em 1978, 5,1% e 17,3%, respectivamente (P < 0,0001). A infecção por Gardnerella vaginalis só pôde ser avaliada nas duas últimas décadas. Em 1988, 19,8% das mulheres possuíam exames positivos para esse agente que foi o mais freqüente nesse ano; na década seguinte a freqüência de Gardnerella diminuiu para 15,9% (P < 0,0001). No ano de 1998, a candidíase foi a infecção mais freqüente, detectada em 22,5% dos exames (P < 0,0001). De modo geral, todas as infecções foram mais freqüentes nas pacientes mais jovens, em especial abaixo de 20 anos, em todas as décadas e, ao contrário, menos freqüentes em pacientes com 50 anos ou mais (P < 0,05). CONCLUSÃO: Houve uma diminuição na freqüência de infecção cérvico-vaginal por Trichomonas vaginalis e um aumento na freqüência de Candida sp ao longo das quatro décadas estudadas. Todas as infecções foram mais freqüentes nas pacientes abaixo de 20 anos.
Downloads
Referências
Kent HL. Epidemiology of vaginitis. Am J Obstet Gynecol 1991;165:1168-76.
Friedrich EG Jr. Vaginitis. Am J Obstet Gynecol 1985;152:247-51.
Mardh PA. The definition and epidemiology of bacterial vaginosis. Rev Fr Gynecol Obstet 1993;88:195-7.
Sobel JD. Bacterial vaginosis. Br J Clin Pract 1990;71:65-9.
Plourd DM. Practical guide to diagnosing and treating vaginitis. Medscape Women’s Health 1997;2:2.
Mackay MD. Gynecology. In: Tierney LM, McPhee SJ, Papadakis MA, editors. Current Medical Diagnosis & Treatment. Connecticut: Appleton & Lange; 1998:691-723.
Sardana S, Sodhami P, Agarwal SS, et al. Epidemiological analysis of Trichomonas vaginalis infection in inflammatory smears. Acta Cytol 1994;38:693-7.
Konje JC, Otolorin EO, Ogunniyi JO, Obisesan KA, Ladipo AO. The prevalence of Gardnerella vaginalis, Trichomonas vaginalis and Candida albicans in the cytology clinic at Ibadan, Nigeria. Afr J Med Sci 1991;20:29-34.
Mirza NB, Nsanze H, D’Costa LJ, Piot P. Microbiology of vaginal discharge in Nairobi, Kenya. Br J Vener Dis 1983;59:186-8.
Ray A, Gulati AK, Pandey LK, Pandey S. Prevalence of common infective agents of vaginitis. J Commun Dis 1989;21:241-4.
Hart G. Factors associated with trichomoniasis, candidiasis and bacterial vaginosis. Int J STD AIDS 1993;4:21-5.
Oyarzún EE, Poblete AL, Montiel FA, Gutiérrez PH. Vaginosis bacteriana: diagnostico y prevalencia. Rev Chil Obstet Ginecol 1996;61:28-33.
Rivera LR, Trenado MQ, Valdez AC, Gonzalez CJC. Prevalencia de vaginitis y vaginosis bacteriana: associación com manifestaciones clínicas, de laboratório y tratamiento. Ginec y Obst Mex 1996;64:26-35.
Rossi GG, Mendoza M. Incidencia de tricomoniasis vaginal en la consulta externa de ginecologia. Boletin Médico de Postgrado 1996;12:34.
Toloi MRT, Franceschini SA. Exames colpocitológicos de rotina: Aspectos laboratoriais e patológicos. J Bras Ginec 1997;107:251-4.
Carvalho AVV, Passos MRL. Perfil dos adolescentes atendidos no setor de DST da Universidade Fluminense em 1995. J Bras Doenças Sex Transm 1998;10:9-19.
Lara BMR, Fernandes PA, Miranda D. Diagnósticos citológicos cérvico-vaginais em laboratório de médio porte de Belo Horizonte - MG. RBAC 1999;31:37-40.
Petersen EE, Peltz K. Diagnosis and therapy of nonspecific vaginitis. Correlation between KOH-test, clue cells and microbiology. Scand J Infect Dis 1983;40:97-9.
Milatovic D, Machka K, Brosch RV, Wallner HJ, Braveny I. Comparison of microscopic and cultural findings in the diagnosis of Gardnerella vaginalis infection. Eur J Clin Microbio 1982;1:294-7.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.