Tendência temporal da atividade física de adultos usuários do sistema público de saúde brasileiro

2010-2014. Estudo longitudinal

Autores

  • Bruna Camilo Turi Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Jamile Sanches Codogno Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Rômulo Araújo Fernandes Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Kyle Robinson Lynch Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Eduardo Kokubun Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Henrique Luiz Monteiro Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Palavras-chave:

Atividade motora, Atenção primária à saúde, Saúde pública, Fatores de risco, Epidemiologia

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: Neste estudo longitudinal, o objetivo foi descrever as tendências temporais de atividade física (AF) em diferentes domínios de 2010 a 2014 entre usuários do Sistema Único de Saúde, levando em conta o efeito do sexo, idade e condição econômica (CE). TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo longitudinal realizado em cinco Unidades Básicas de Saúde em Bauru (SP), Brasil. MÉTODOS: A amostra foi composta de 620 homens e mulheres que foram entrevistados em 2010, 2012 e 2014. O mesmo grupo de pesquisadores realizou as entrevistas utilizando o questionário desenvolvido por Baecke et al. Escores da AF ocupacional, exercícios/esportes, lazer/transporte e AF global foram considerados neste estudo longitudinal. Tendências temporais de AF nos quatro anos de seguimento foram avaliados de acordo com sexo, idade e CE. RESULTADOS: Verificou-se que, após quatro anos de seguimento, a redução da AF total (-13,6%; intervalo de confiança, IC 95% = -11,9 a -15,3) foi estatisticamente significativa. Além disso, o declínio no domínio ocupacional e no exercício/participação esportiva foram afetados pela idade, enquanto a redução na AF total foi afetada pelo sexo, idade e CE. CONCLUSÕES: A AF total diminuiu significativamente de 2010 para 2014 em pacientes ambulatoriais do Sistema Único de Saúde, e idade e sexo masculino foram importantes determinantes de AF em seus diferentes domínios.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bruna Camilo Turi, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

MSc, PhD. Researcher, Postgraduate Program on Kinesiology, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Rio Claro (SP), Brazil.

Jamile Sanches Codogno, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

MSc, PhD. Professor, Department of Physical Education, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Presidente Prudente (SP), Brazil.

Rômulo Araújo Fernandes, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

MSc, PhD. Professor, Department of Physical Education, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Presidente Prudente (SP), Brazil.

Kyle Robinson Lynch, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Master’s Student, Postgraduate Program on Kinesiology, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-RC), Rio Claro (SP), Brazil.

Eduardo Kokubun, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

MSc, PhD. Professor, Department of Physical Education, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Presidente.

Henrique Luiz Monteiro, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

MSc, PhD. Professor, Department of Physical Education, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Presidente Prudente (SP), Brazil.

Referências

Ng SW, Popkin BM. Time use and physical activity: a shift away from movement across the globe. Obes Rev. 2012;13(8):659-80.

Lee IM, Shiroma EJ, Lobelo F, et al. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet. 2012;380(9838):219-29.

Codogno JS, Turi BC, Kemper HC, et al. Physical inactivity of adults and 1-year health care expenditures in Brazil. Int J Public Health. 2015;60(3):309-16.

Bielemann RM, Silva BG, Coll CV, Xavier MO, Silva SG. Impacto da inatividade física e custos de hospitalização por doenças crônicas [Burden of physical inactivity and hospitalization costs due to chronic diseases]. Rev Saúde Pública. 2015;49:75.

Cadilhac DA, Cumming TB, Sheppard L, et al. The economic benefits of reducing physical inactivity: an Australian example. Int J Behav Nutr Phys Act. 2011;8:99.

Scarborough P, Bhatnagar P, Wickramasinghe KK, et al. The economic burden of ill health due to diet, physical inactivity, smoking, alcohol and obesity in the UK: an update to 2006-07 NHS costs. J Public Health (Oxf). 2011;33(4):527-35.

Zhang J, Chaaban J. The economic cost of physical inactivity in China. Prev Med. 2013;56(1):75-8.

Hallal PC, Andersen LB, Bull FC, et al. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. Lancet. 2012;380(9838):247-57.

GBD 2015 Risk Factors Collaborators. Global, regional, and national comparative risk assessment of 79 behavioural, environmental and occupational, and metabolic risks or clusters of risks, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015. Lancet. 2016;388(10053):1659-724.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenáas crônicas nãoo transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. Available from: http://actbr.org.br/uploads/conteudo/918_cartilha_dcnt.pdf Accessed in 2017 (Apr 25).

Del Duca GF, Malta DC, Hallal PC, et al. Indicadores da atividade física em adultos de uma capital do Sul do Brasil: comparação entre pesquisas telefônicas e face a face [Physical activity indicators in adults from a state capital in the South of Brazil: a comparison between telephone and face-to-face surveys]. Cad Saúde Pública. 2013;29(10):2119-29.

Matsudo VK, Matsudo SM, Araújo TL, et al. Time trends in physical activity in the state of São Paulo, Brazil: 2002-2008. Med Sci Sports Exerc. 2010;42(12):2231-6.

Mielke GI, Hallal PC, Malta DC, Lee IM. Time trends of physical activity and television viewing time in Brazil: 2006-2012. Int J Behav Nutr Phys Act. 2014;11:101.

Brown W, Blair SN. Good news, good news: occupational and household activities are important for energy expenditure, but sport and recreation remain the best buy for public health. Br J Sports Med. 2012;46(10):702-3.

Turi BC, Codogno JS, Fernandes RA, et al. Accumulation of Domain-Specific Physical Inactivity and Presence of Hypertension in Brazilian Public Healthcare System. J Phys Act Health. 2015;12(11):1508-12.

Bielemann RM, Knuth AG, Hallal PRC. Atividade física e redução de custos por doenças crônicas ao Sistema Único de Saúde [Physical activity and cost savings for chronic diseases to the Sistema Único de Saúde]. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. 2015;15(1):9-14. Available from: http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/1240/Atividade%20f%c3%adsica%20e%20redu%c3%a7%c3%a3o%20de%20custos%20por%20doen%c3%a7as%20cr%c3%b4nicas%20ao%20Sistema%20%c3%9anico%20de%20Sa%c3%bade.pdf?sequence=1 Accessed in 2017 (Apr 25).

de Rezende LF, Rabacow FM, Viscondi JY, et al. Effect of physical inactivity on major noncommunicable diseases and life expectancy in Brazil. J Phys Act Health. 2015;12(3):299-306.

Kilsztajn S, Silva DF, Camara MB, Ferreira VS. Grau de cobertura dos planos de saúde e distribuição regional do gasto público em saúde [Level of private health insurance coverage and regional distribution of public health expenditure]. Saúde Soc. 2001;10(2):35-45.

Baecke JA, Burema J, Frijters JE. A short questionnaire for the measurement of habitual physical activity in epidemiological studies. Am J Clin Nutr. 1982;36(5):936-42.

Florindo AA, Latorre MRDO. Validation and reliability of the Baecke questionnaire for the evaluation of habitual physical activity in adult men. Rev Bras Med Esporte. 2003;9(3):129-35.

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de Classificação Econômica Brasil; 2008. Available from: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwjz2PGryOTPAhVDDZAKHXj8B0MQFggeMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.abep.org%2FServicos%2FDownload.aspx%3Fid%3D07&usg=AFQjCNH2G9V5iYOmckiA4iLqDpCE1EYDsQ&sig2=gC9N3UnxmXEYRw9y9vHIrg Accessed in 2017 (Apr 25).

Camarano AM, Kanso S, Fernandes D. Saída do mercado de trabalho: qual é a idade? Mercado de trabalho. 2012;51:19-28. Available from: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3883/1/bmt51_nt01_saidadomercado.pdf Accessed in 2017 (Apr 25).

Singer RH, Stoutenberg M, Gellman MD, et al. Occupational Physical Activity and Body Mass Index: Results from the Hispanic Community Health Study/Study of Latinos. PLoS ONE. 2016;11(3):e0152339.

Shephard RJ. Physical Activity and Aging. 2nd ed. London: Croom Helm Publishing; 1987.

Twisk JW, Kemper HC, van Mechelen W. Tracking of activity and fitness and the relationship with cardiovascular disease risk factors. Med Sci Sports Exerc. 2000;32(8):1455-61.

Milanovic Z, Pantelic S, Trajkovic N, et al. Age-related decrease in physical activity and functional fitness among elderly men and women. Clin Interv Aging. 2013;8:549-56.

Ratzlaff CR. Good news, bad news: sports matter but occupational and household activity really matter - sport and recreation unlikely to be a panacea for public health. Br J Sports Med. 2012;46(10):699-701.

Sallis JF, Cervero RB, Ascher W, et al. An ecological approach to creating active living communities. Annu Rev Public Health. 2006;27:297-322.

Downloads

Publicado

2017-08-03

Como Citar

1.
Turi BC, Codogno JS, Fernandes RA, Lynch KR, Kokubun E, Monteiro HL. Tendência temporal da atividade física de adultos usuários do sistema público de saúde brasileiro: 2010-2014. Estudo longitudinal. Sao Paulo Med J [Internet]. 3º de agosto de 2017 [citado 16º de outubro de 2025];135(4):369-75. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/800

Edição

Seção

Artigo Original