Tendência temporal da atividade física de adultos usuários do sistema público de saúde brasileiro
2010-2014. Estudo longitudinal
Palavras-chave:
Atividade motora, Atenção primária à saúde, Saúde pública, Fatores de risco, EpidemiologiaResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: Neste estudo longitudinal, o objetivo foi descrever as tendências temporais de atividade física (AF) em diferentes domínios de 2010 a 2014 entre usuários do Sistema Único de Saúde, levando em conta o efeito do sexo, idade e condição econômica (CE). TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo longitudinal realizado em cinco Unidades Básicas de Saúde em Bauru (SP), Brasil. MÉTODOS: A amostra foi composta de 620 homens e mulheres que foram entrevistados em 2010, 2012 e 2014. O mesmo grupo de pesquisadores realizou as entrevistas utilizando o questionário desenvolvido por Baecke et al. Escores da AF ocupacional, exercícios/esportes, lazer/transporte e AF global foram considerados neste estudo longitudinal. Tendências temporais de AF nos quatro anos de seguimento foram avaliados de acordo com sexo, idade e CE. RESULTADOS: Verificou-se que, após quatro anos de seguimento, a redução da AF total (-13,6%; intervalo de confiança, IC 95% = -11,9 a -15,3) foi estatisticamente significativa. Além disso, o declínio no domínio ocupacional e no exercício/participação esportiva foram afetados pela idade, enquanto a redução na AF total foi afetada pelo sexo, idade e CE. CONCLUSÕES: A AF total diminuiu significativamente de 2010 para 2014 em pacientes ambulatoriais do Sistema Único de Saúde, e idade e sexo masculino foram importantes determinantes de AF em seus diferentes domínios.
Downloads
Referências
Ng SW, Popkin BM. Time use and physical activity: a shift away from movement across the globe. Obes Rev. 2012;13(8):659-80.
Lee IM, Shiroma EJ, Lobelo F, et al. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet. 2012;380(9838):219-29.
Codogno JS, Turi BC, Kemper HC, et al. Physical inactivity of adults and 1-year health care expenditures in Brazil. Int J Public Health. 2015;60(3):309-16.
Bielemann RM, Silva BG, Coll CV, Xavier MO, Silva SG. Impacto da inatividade física e custos de hospitalização por doenças crônicas [Burden of physical inactivity and hospitalization costs due to chronic diseases]. Rev Saúde Pública. 2015;49:75.
Cadilhac DA, Cumming TB, Sheppard L, et al. The economic benefits of reducing physical inactivity: an Australian example. Int J Behav Nutr Phys Act. 2011;8:99.
Scarborough P, Bhatnagar P, Wickramasinghe KK, et al. The economic burden of ill health due to diet, physical inactivity, smoking, alcohol and obesity in the UK: an update to 2006-07 NHS costs. J Public Health (Oxf). 2011;33(4):527-35.
Zhang J, Chaaban J. The economic cost of physical inactivity in China. Prev Med. 2013;56(1):75-8.
Hallal PC, Andersen LB, Bull FC, et al. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. Lancet. 2012;380(9838):247-57.
GBD 2015 Risk Factors Collaborators. Global, regional, and national comparative risk assessment of 79 behavioural, environmental and occupational, and metabolic risks or clusters of risks, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015. Lancet. 2016;388(10053):1659-724.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenáas crônicas nãoo transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. Available from: http://actbr.org.br/uploads/conteudo/918_cartilha_dcnt.pdf Accessed in 2017 (Apr 25).
Del Duca GF, Malta DC, Hallal PC, et al. Indicadores da atividade física em adultos de uma capital do Sul do Brasil: comparação entre pesquisas telefônicas e face a face [Physical activity indicators in adults from a state capital in the South of Brazil: a comparison between telephone and face-to-face surveys]. Cad Saúde Pública. 2013;29(10):2119-29.
Matsudo VK, Matsudo SM, Araújo TL, et al. Time trends in physical activity in the state of São Paulo, Brazil: 2002-2008. Med Sci Sports Exerc. 2010;42(12):2231-6.
Mielke GI, Hallal PC, Malta DC, Lee IM. Time trends of physical activity and television viewing time in Brazil: 2006-2012. Int J Behav Nutr Phys Act. 2014;11:101.
Brown W, Blair SN. Good news, good news: occupational and household activities are important for energy expenditure, but sport and recreation remain the best buy for public health. Br J Sports Med. 2012;46(10):702-3.
Turi BC, Codogno JS, Fernandes RA, et al. Accumulation of Domain-Specific Physical Inactivity and Presence of Hypertension in Brazilian Public Healthcare System. J Phys Act Health. 2015;12(11):1508-12.
Bielemann RM, Knuth AG, Hallal PRC. Atividade física e redução de custos por doenças crônicas ao Sistema Único de Saúde [Physical activity and cost savings for chronic diseases to the Sistema Único de Saúde]. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. 2015;15(1):9-14. Available from: http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/1240/Atividade%20f%c3%adsica%20e%20redu%c3%a7%c3%a3o%20de%20custos%20por%20doen%c3%a7as%20cr%c3%b4nicas%20ao%20Sistema%20%c3%9anico%20de%20Sa%c3%bade.pdf?sequence=1 Accessed in 2017 (Apr 25).
de Rezende LF, Rabacow FM, Viscondi JY, et al. Effect of physical inactivity on major noncommunicable diseases and life expectancy in Brazil. J Phys Act Health. 2015;12(3):299-306.
Kilsztajn S, Silva DF, Camara MB, Ferreira VS. Grau de cobertura dos planos de saúde e distribuição regional do gasto público em saúde [Level of private health insurance coverage and regional distribution of public health expenditure]. Saúde Soc. 2001;10(2):35-45.
Baecke JA, Burema J, Frijters JE. A short questionnaire for the measurement of habitual physical activity in epidemiological studies. Am J Clin Nutr. 1982;36(5):936-42.
Florindo AA, Latorre MRDO. Validation and reliability of the Baecke questionnaire for the evaluation of habitual physical activity in adult men. Rev Bras Med Esporte. 2003;9(3):129-35.
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de Classificação Econômica Brasil; 2008. Available from: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwjz2PGryOTPAhVDDZAKHXj8B0MQFggeMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.abep.org%2FServicos%2FDownload.aspx%3Fid%3D07&usg=AFQjCNH2G9V5iYOmckiA4iLqDpCE1EYDsQ&sig2=gC9N3UnxmXEYRw9y9vHIrg Accessed in 2017 (Apr 25).
Camarano AM, Kanso S, Fernandes D. Saída do mercado de trabalho: qual é a idade? Mercado de trabalho. 2012;51:19-28. Available from: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3883/1/bmt51_nt01_saidadomercado.pdf Accessed in 2017 (Apr 25).
Singer RH, Stoutenberg M, Gellman MD, et al. Occupational Physical Activity and Body Mass Index: Results from the Hispanic Community Health Study/Study of Latinos. PLoS ONE. 2016;11(3):e0152339.
Shephard RJ. Physical Activity and Aging. 2nd ed. London: Croom Helm Publishing; 1987.
Twisk JW, Kemper HC, van Mechelen W. Tracking of activity and fitness and the relationship with cardiovascular disease risk factors. Med Sci Sports Exerc. 2000;32(8):1455-61.
Milanovic Z, Pantelic S, Trajkovic N, et al. Age-related decrease in physical activity and functional fitness among elderly men and women. Clin Interv Aging. 2013;8:549-56.
Ratzlaff CR. Good news, bad news: sports matter but occupational and household activity really matter - sport and recreation unlikely to be a panacea for public health. Br J Sports Med. 2012;46(10):699-701.
Sallis JF, Cervero RB, Ascher W, et al. An ecological approach to creating active living communities. Annu Rev Public Health. 2006;27:297-322.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.