Fraturas do rádio distal (Fratura de Colles)
Palavras-chave:
Fraturas do rádio, Epidemiologia, Fratura de Colles, Questionários, Estudos prospectivosResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: Embora as fraturas de Colles sejam uma situação clínica comum para os ortopedistas, não encontramos na literatura elementos que permitam decidir com segurança sobre a melhor forma de tratamento para cada tipo dessas fraturas. O objetivo deste estudo foi verificar a conduta dos ortopedistas brasileiros quanto aos principais aspectos do tratamento das fraturas de Colles. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, realizado durante o 34o Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, São Paulo (SP). MÉTODOS: 500 questionários, com 12 itens foram distribuídos aleatoriamente aos congressistas, sendo que 439 foram corretamente preenchidos e considerados no estudo. RESULTADOS: Os principais fatores para a decisão e opção da forma de tratamento foram o grau de acometimento articular, o encurtamento do rádio e a idade. O método de classificação das fraturas do rádio distal mais utilizada é o de Frikmann. Como métodos cirúrgicos, 39% dos entrevistados utilizam uma das três técnicas de pinagem percutânea, 27% utilizam o fixador externo e 19% utilizam osteossíntese com placa volar. Quanto à utilização de enxerto ósseo, a maioria dos entrevistados somente o utiliza em casos especiais. As complicações mais freqüentes foram a restrição do arco de movimento e a dor residual. CONCLUSÃO: A conduta do ortopedista brasileiro é concordante quanto à forma de tratamento conservador e à utilização de enxerto ósseo. Há conflito de opiniões quanto ao método de classificação das fraturas; aos métodos de tratamento cirúrgico e às complicações.
Downloads
Referências
Handoll HH, Madhok R. Surgical interventions for treating distal radial fractures in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2003;(3):CD003209.
Handoll HH, Madhok R. Conservative interventions for treating distal radial fractures in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2003;(2):CD000314.
Handoll HH, Madhok R, Dodds C. Anaesthesia for treating distal radial fracture in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2002;(3):CD003320.
Handoll HH, Madhok R, Howe TE. Rehabilitation for distal radial fractures in adults. Cochrane Database Syst. Rev. 2002;(2): CD003324.
O’Neill TW, Cooper C, Finn JD, et al. Incidence of distal forearm fracture in British men and women. Osteoporos Int. 2001;12(7):555-8.
Nguyen TV, Center JR, Sambrook PN, Eisman JA. Risk factors for proximal humerus, forearm, and wrist fractures in elderly men and women: the Dubbo Osteoporosis Epidemiology Study. Am J Epidemiol. 2001;153(6):587-95.
Fernandez DL, Palmer AK. Fractures of the distal radius. In: Green DP, Hotchkiss RN, Pederson WC, editors. Green’s op- erative hand surgery. 4th ed. New York: Churchill Livingstone; 1999. p. 929-85.
Kapoor H, Agarwal A, Dhaon BK. Displaced intra-articular fractures of distal radius: a comparative evaluation of results following closed reduction, external fixation and open reduction with internal fixation. Injury. 2000;31(2):75-9.
Altissimi M, Mancini GB, Azzara A, Ciaffoloni E. Early and late displacement of fractures of distal radius. The prediction of instability. Int Orthop. 1994;18(2):61-5.
Lafontaine M, Hardy D, Delince P. Stability assessment of distal radius fractures. Injury. 1989;20(4):208-10.
Jupiter JB, Fernandez DL. Comparative classification for fractures of the distal end of the radius. J Hand Surg [Am]. 1997;22(4):563-71.
Kreder HJ, Hanel DP, McKee M, Jupiter J, McGillivary G, Swiontkowski MF. Consistency of AO fracture classification for the distal radius. J Bone Joint Surg Br. 1996;78(5):726-31.
Cummings SR, Kelsey JL, Nevitt MC, O’Dowd KJ. Epidemiol- ogy of osteoporosis and osteoporotic fractures. Epidemiol Rev. 1985;7:178-208.
Earnshaw SA, Aladin A, Surendran S, Moran CG. Closed reduction of colles fractures: comparison of manual manipula- tion and finger-trap traction: a prospective, randomized study. J Bone Joint Surg Am. 2002;84-A(3):354-8.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.