Fraturas do rádio distal (Fratura de Colles)

Autores

  • João Carlos Belloti Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • João Baptista Gomes dos Santos Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Álvaro Nagib Atallah Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Walter Manna Albertoni Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Flavio Faloppa Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

Palavras-chave:

Fraturas do rádio, Epidemiologia, Fratura de Colles, Questionários, Estudos prospectivos

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: Embora as fraturas de Colles sejam uma situação clínica comum para os ortopedistas, não encontramos na literatura elementos que permitam decidir com segurança sobre a melhor forma de tratamento para cada tipo dessas fraturas. O objetivo deste estudo foi verificar a conduta dos ortopedistas brasileiros quanto aos principais aspectos do tratamento das fraturas de Colles. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, realizado durante o 34o Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, São Paulo (SP). MÉTODOS: 500 questionários, com 12 itens foram distribuídos aleatoriamente aos congressistas, sendo que 439 foram corretamente preenchidos e considerados no estudo. RESULTADOS: Os principais fatores para a decisão e opção da forma de tratamento foram o grau de acometimento articular, o encurtamento do rádio e a idade. O método de classificação das fraturas do rádio distal mais utilizada é o de Frikmann. Como métodos cirúrgicos, 39% dos entrevistados utilizam uma das três técnicas de pinagem percutânea, 27% utilizam o fixador externo e 19% utilizam osteossíntese com placa volar. Quanto à utilização de enxerto ósseo, a maioria dos entrevistados somente o utiliza em casos especiais. As complicações mais freqüentes foram a restrição do arco de movimento e a dor residual. CONCLUSÃO: A conduta do ortopedista brasileiro é concordante quanto à forma de tratamento conservador e à utilização de enxerto ósseo. Há conflito de opiniões quanto ao método de classificação das fraturas; aos métodos de tratamento cirúrgico e às complicações.

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Biografia do Autor

João Carlos Belloti, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Department of Orthopedics and Traumatology, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

João Baptista Gomes dos Santos, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Department of Orthopedics and Traumatology, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Álvaro Nagib Atallah, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Titular professor, Department of Medicine, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Walter Manna Albertoni, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Titular professor, Department of Orthopedics and Traumatology, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Flavio Faloppa, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Titular professor and head of the Department of Orthopedics and Traumatology, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

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Publicado

2007-05-05

Como Citar

1.
Belloti JC, Santos JBG dos, Atallah Álvaro N, Albertoni WM, Faloppa F. Fraturas do rádio distal (Fratura de Colles). Sao Paulo Med J [Internet]. 5º de maio de 2007 [citado 16º de outubro de 2025];125(3):132-8. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2096

Edição

Seção

Artigo Original