Testicular sperm results in elevated miscarriage rates compared to epididymal sperm in azoospermic patients
Palavras-chave:
Injeção intracitoplasmática de espermatozóide, Azoospermia, Recuperação espermáticaResumo
CONTEXTO: Técnicas de recuperação de espermatozóides podem ser empregadas juntamente com reprodução assistida em homens azoospérmicos que desejam uma gestação. Entretanto, comparações entre recuperação de espermatozóides testiculares e epididimários em relação às taxas de gestação e aborto não estão bem estabelecidas. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi comparar taxas de gestação e aborto em casais submetidos à recuperação de espermatozóide testicular e epididimário associada à técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozóide. Além disso, avaliamos as taxas de fertilização e gestação de acordo com o status dos espermatozóides recuperados (móveis ou imóveis). TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo. LOCAL: Centro privado de fertilização assistida. PARTICIPANTES: Cento e oito homens azoospérmicos foram incluídos em nosso estudo, totalizando 144 ciclos de recuperação espermática. PROCEDIMENTOS: Do total de procedimentos, em 104 procedeu-se à aspiração de espermatozóides testiculares e em 40 a recuperação espermática ocorreu por aspiração espermática epididimária. Esta foi o primeiro acesso em pacientes com azoospermias obstrutivas (n = 68), enquanto a aspiração de espermatozóides testiculares foi indicada nos casos de falhas prévias da aspiração espermática epididimária (nos pacientes com azoospermias obstrutivas) e em todos os casos com diagnóstico de azoospermias não-obstrutivas (n = 40). VARIÁVEIS ESTUDADAS: Taxas de gestação e aborto de acordo com a origem e características do espermatozóide (móvel ou imóvel). RESULTADOS: Oitenta e um e 30 ciclos foram realizados com espermatozóides recuperados de testículos e epidídimos, respectivamente. Espermatozóides móveis resultaram em altas taxas de fertilização (2PN) e gestação comparadas com espermatozóides imóveis (p < 0,05) e baixas taxas de aborto comparados com espermatozóides imóveis (p < 0,0001). Não foi encontrada diferença significativa na taxa de gestação com espermatozóides testiculares (n = 28) comparados com espermatozóides epididimários (n = 13) (p = 0,1). Entretanto, as taxas de aborto foram maiores com espermatozóides recuperados dos testículos (n = 12) comparados com espermatozóides epididimários (n = 1) (p = 0,01). CONCLUSÕES: Apesar das taxas de gestação serem semelhantes quando ICSI foi realizada com espermatozóides recuperados dos testículos e epidídimos, neste estudo, o uso de espermatozóide testicular produziu uma taxa de aborto significativamente maior, provavelmente devido à presença de aberrações cromossômicas nos espermatozóides.
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