Fatores que afetam a adesão ao calendário de vacinação contra o sarampo numa cidade brasileira

Autores

  • Patricia Logullo Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Heráclito Barbosa de Carvalho Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Renata Saconi Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Eduardo Massad Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Vacina contra sarampo, Meios de comunicação, Fidelidade a diretrizes, Comunicação em saúde, Complacência (medida de distensibilidade)

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: O sucesso das campanhas de vacinação depende da adesão às iniciativas e ao calendário de imunização. Fatores de risco associados com não tomar a vacina contra o sarampo na idade recomendada foram estudados na cidade de São Paulo. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo caso-controle e exploratório, realizado na área metropolitana de São Paulo. MÉTODO: Cuidadores de 122 crianças foram entrevistados sobre sua percepção e compreensão sobre a vacina contra o sarampo e sobre a doença. RESULTADOS: Os resultados mostraram que idade, região de residência, status marital ou nível educacional não se relacionaram com a tomada adequada das vacinas contra o sarampo. A maioria dos indivíduos lembrou-se de ter sido informada sobre a última campanha nacional de vacinação na televisão, mas nenhum canal de comunicação se associou significativamente com o status vacinal. As respostas às questões sobre conhecimentos a respeito da doença e da vacina, quando analisadas em separado, não se associaram à tomada das vacinas nas datas indicadas pelas instituições de saúde. Os resultados mostraram que quando os pais sentiam dó ao verem os filhos tomando as injeções, eles atrasavam a vacinação por pelo menos 20 dias. A maioria das crianças não toma a vacina contra o sarampo exatamente no dia recomendado, mas atrasa ou antecipa as injeções. CONCLUSÃO: Esta claro que não há aderência ao calendário governamental recomendado de vacinação contra o sarampo (i.e. primeira dose aos 9 e segunda dose aos 15 meses de idade, como recomendado em 1999 e 2000). Sentir pena de ver a criança recebendo uma injeção pode atrasar a tomada da vacina.

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Biografia do Autor

Patricia Logullo, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

MSc. Scientific journalist, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, Brazil.

Heráclito Barbosa de Carvalho, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

MD. Assistant professor, Department of Preventive Medicine, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, Brazil.

Renata Saconi, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Psychologist, researcher of Department of Medical Computer Science, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, Brazil.

Eduardo Massad, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

MD, PhD. Professor of medicine, Department of Medical Computer Science, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, Brazil.

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Publicado

2008-05-05

Como Citar

1.
Logullo P, Carvalho HB de, Saconi R, Massad E. Fatores que afetam a adesão ao calendário de vacinação contra o sarampo numa cidade brasileira. Sao Paulo Med J [Internet]. 5º de maio de 2008 [citado 14º de março de 2025];126(3):166-71. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1968

Edição

Seção

Artigo Original