Prevalência da hipertensão arterial aferida na população brasileira, Pesquisa Nacional de Saúde, 2013
Palavras-chave:
Hipertensão, Inquéritos epidemiológicos, Fatores de risco, Doença crônica, Doenças cardiovascularesResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: Pressão alta (hipertensão) é a causa mais frequente de morbidade e importante fator de risco para complicações cardiovasculares. O objetivo foi descrever a prevalência de pressão arterial maior e igual a 140/90 mmHg na população adulta brasileira e nas Unidades Federadas, bem como informações autorreferidas sobre diagnóstico médico prévio de hipertensão, uso de medicação e acompanhamento médico para controle de hipertensão arterial. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, analisando informações da Pesquisa Nacional de Saúde em 2013, referentes ao Brasil e Unidades Federadas. MÉTODOS: A amostra foi estimada em 81.254 domicílios e foram coletadas informações em 64.348 unidades domiciliares. A PNS consistiu em entrevistas, medidas físicas e laboratoriais. A pressão arterial foi considerada elevada quando a sistólica aferida ≥ 140 mmHg ou a pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg. RESULTADOS: Foi identificado que 22,8% da população tem pressão arterial medida ≥ 140/90 mmHg, sendo mais elevada em homens 25,8%, e 20,0% em mulheres. A frequência aumenta com a idade, chegando a 47,1% acima de 75 anos e as medidas foram mais elevadas nas regiões Sudeste e Sul; 43,2% referiram diagnóstico médico prévio de hipertensão; destes, 81,4%, relataram usar medicação para hipertensão e 69,6% foram ao médico no último ano para monitoramento da hipertensão, mostrando acompanhamento médico regular. CONCLUSÃO: Estes resultados são importantes para apoiar medidas de prevenção e tratamento ao hipertenso no país, visando atingir a meta da Organização Mundial de Saúde de redução da hipertensão em 25% na próxima década.
Downloads
Referências
World Health Organization. Health statistics and information systems. Estimates for 2000-2012. Cause-specific mortality. Available from: http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/estimates/en/index1.html Accessed in 2016 (Feb 15).
World Health Organization. Global status report on noncommunicable diseases 2010. Geneva; World Health Organization; 2011. Available from: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/44579/1/9789240686458_eng.pdf Accessed in 2016 (Feb 15).
Passos VMA, Assis TD, Barreto SM. Hipertensão arterial no Brasil: estimativa de prevalência a partir de estudos de base populacional [Hypertension in Brazil: estimates from population-based prevalence studies]. Epidemiol Serv Saúde. 2006;15(1):35-45.
Schmidt MI, Duncan BB, Azevedo e Silva G, et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current challenges. Lancet. 2011;377(9781):1949-61.
Malta DC, Morais Neto OL, Silva Junior JB. Apresentação do plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2011 a 2022 [Presentation of the strategic action plan for coping with chronic diseases in Brazil from 2011 to 2022]. Epidemiol Serv Saúde. 2011;20(4):425-38.
Centers for Disease Control and Prevention. Behavioral Risk Factor Surveillance System. National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion. Available from: http://www.cdc.gov/BRFSS/ Accessed in 2016 (Feb 15).
Lima-Costa MF, Peixoto SV, Firmo JOA. Validade da hipertensão arterial auto-referida e seus determinantes (projeto Bambuí) [Validity of self-reported hypertension and its determinants (the Bambuí study)]. Rev Saúde Pública. 2004;38(5):637-42.
Andrade SSCA, Malta DC, Iser BM, Sampaio PC, Moura L. Prevalência da hipertensão arterial autorreferida nas capitais brasileiras em 2011 e análise de sua tendência no período de 2006 a 2011 [Prevalence of self-reported arterial hypertension in Brazilian capitals in 2011 and analysis of its trends in the period between 2006 and 2011]. Rev Bras Epidemiol. 2014;17(supl. 1):215-26.
Brandão A. Hipertensão: conceituação, epidemiologia e prevenção primária. Rev Bras Hipertens. 2010;17(1):7-10.
Chor D, Pinho Ribeiro AL, Sá Carvalho M, et al. Prevalence, Awareness, Treatment and Influence of Socioeconomic Variables on Control of High Blood Pressure: Results of the ELSA-Brasil Study. PLoS One. 2015;10(6):e0127382.
Lotufo PA. Melhorando o controle da hipertensão arterial. Dados iniciais do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Diagn Tratamento. 2015;20(3):85-7.
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Pesquisa Nacional de Saúde: 2013. Percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas. Brasil, grandes regiões e unidades da federação. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2014. Available from: ftp://ftp.ibge.gov.br/PNS/2013/pns2013.pdf. Accessed in 2016 (Feb 15).
Souza-Júnior PRB, Freitas MPS, Antonaci GA, Szwarcwald CL. Desenho da amostra da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 [Sampling Design for the National Health Survey, 2013]. Epidemiol Serv Saúde. 2015;24(2)207-16.
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde: 2013. Ciclos de Vida. Brasil e grandes regiões. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2015. Available from: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94522.pdf Accessed in 2016 (Feb 15).
Cooper R, Puras A, Tracy J, et al. Evaluation of an electronic blood pressure device for epidemiological studies. Blood Press Monit. 1997;2(1):35-40.
Pereira M, Lunet N, Azevedo A, Barros H. Differences in prevalence, awareness, treatment and control of hypertension between developing and developed countries. J Hypertens. 2009;27(5):963-75.
Lessa I, Magalhães L, Araújo MJ, et al. Hipertensão arterial na população adulta de Salvador (BA) - Brasil [Arterial hypertension in the adult population of Salvador (BA) - Brazil]. Arq Bras Cardiol. 2006;87(6):747-56.
Firmo JOA, Uchôa E, Lima-Costa MF. Projeto Bambuí: fatores associados ao conhecimento da condição de hipertenso entre idosos [The Bambuí Health and Aging Study (BHAS): factors associated with awareness of hypertension among older adults]. Cad Saúde Pública. 2004;20(2):512-21.
Barreto SM, Passos VMA, Firmo JOA, et al. Hypertension and clustering of cardiovascular risk factors in a community in Southeast Brazil -- The Bambuí Health and Ageing Study. Arq Bras Cardiol. 2001;77(6):576-81.
Paulucci TD Velasquez-Mendelez G, Bernal RIT, Lana FF, Malta DC. Análise do cuidado dispensado a portadores de hipertensão arterial em Belo Horizonte, segundo inquérito telefônico [Analysis of care given to patients with hypertension in Belo Horizonte, according to telephone survey]. Rev Bras Epidemiol. 2014;17(supl. 1):227-40.
Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010. Available from: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010 Accessed in 2016 (Feb 15).
Nogueira D, Faerstein E, Coeli CM, et al. Reconhecimento, tratamento e controle da hipertensão arterial: estudo Pró-Saúde, Brasil [Awareness, treatment, and control of arterial hypertension: Pró-Saúde study, Brazil]. Rev Panam Salud Pública. 2010;27(2):103-9.
World Health Organization. Noncommunicable diseases and mental health. Global action plan for the prevention and control of NCDs 2013-2020. Geneva: World Health Organization; 2013. Available from: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/94384/1/9789241506236_eng.pdf?ua=1 Accessed in 2016 (Feb 15).
Mancia G, Parati G. Office compared with ambulatory blood pressure in assessing response to antihypertensive treatment: a meta-analysis. J Hypertens. 2004;22(3):435-45.
Nascimento LR, Molina M C, Faria CP, Cunha R S, Mill JG. Reprodutibilidade da pressão arterial medida no ELSA-Brasil com a monitorização pressórica de 24h [Reproducibility of arterial pressure measured in the ELSA-Brasil with 24-hour pressure monitoring]. Rev Saúde Pública. 2013;47(supl. 2):113-21.
Malta DC, Silva Junior JB. O plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e a definição das metas globais para o enfrentamento dessas doenças até 2025: uma revisão [Brazilian strategic action plan to combat chronic non-communicable diseases and the global targets set to confront these diseases by 2025: a review]. Epidemiol Serv Saúde. 2013;22(1):151-64
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.