Construção do currículo por competências para o internato em obstetrícia e ginecologia do curso de medicina da Universidade Federal do Ceará (Campus de Sobral)
Palavras-chave:
Internato e residência, Obstetrícia, Ginecologia, Competência clínica, Clínicos geraisResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: Este projeto de pesquisa surgiu de proposta feita aos professores pelos estudantes de um curso de medicina de uma universidade federal do Brasil, a partir de suas vivências pessoais acerca das habilidades e competências que devem ser desenvolvidas durante o estágio de Ginecologia e Obstetrícia (GO) ao longo do internato. O objetivo é desenvolver uma matriz de habilidades necessárias para a formação de um bom médico generalista no Curso de Medicina. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Pesquisa qualitativa do tipo exploratória realizada em uma universidade federal do Brasil. MÉTODOS: A base para o desenvolvimento dessas competências do internato em GO foi “A Matriz de Competências para o Internato Médico”, desenvolvida por Bollela e Machado. Este instrumento foi, em duas sessões, apresentado a, analisado e modificado por um grupo de especialistas em GO. RESULTADOS: As competências específicas esperadas do estudante no decorrer do internato foram enquadradas a partir de temas globais previamente determinados e listados: atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação e relação interpessoal, gerenciamento e ordenação do SUS (Sistema Único de Saúde) e profissionalismo. CONCLUSÕES: Uma matriz de competências que padronize os requisitos mínimos que os internos sejam capazes de pôr em prática, após a conclusão do estágio em GO, é uma ferramenta valiosa para garantir o desempenho e avaliação justa e rigorosa dos estudantes, buscando a formação de um bom médico generalista, que atenda às necessidades da comunidade.
Downloads
Referências
Demarzo MMP, Fontanella BJB, Melo DG, et al. Internato longitudinal [Longitudinal medical internship]. Rev Bras Educ Med. 2010;34(3):430-7.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Superior. Manual do estágio. Brasilia: MEC; 1984.
McClelland DC. Testing for competence rather than for “intelligence”. Am Psychol. 1973;28(1):1-14.
Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. ResoluçãoCNE/CEB no 4 de 22 de dezembro de 1999. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. Available from: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf_legislacao/tecnico/legisla_tecnico_resol0499.pdf. Accessed in 2014 (Aug 25).
Bollela VR, Machado JLM. O currículo por competências e sua relação com as diretrizes curriculares nacionais para a graduação em medicina [The competency based curriculum and its relationship with national guidelines for medical education]. Science in Health. 2010;1(2):126-42. Available from: http://www.researchgate.net/publication/228089789_O_Currculo_por_Competncias_e_sua_Relao_com_as_Diretrizes_Curriculares_Nacionais_para_a_Graduao_em_Medicina. Accessed in 2014 (Aug 25).
Brasil. Ministério da Educação. Portaria Interministerial no 865, de 15 de setembro de 2009. Aprova o Projeto Piloto de revalidação de diploma de médico expedido por universidades estrangeiras e disponibilizar exame de avaliação com base em matriz referencial de correspondência curricular, com a finalidade de subsidiar os procedimentos de revalidação conduzidos por universidades públicas Available from: http://www.ufu.br/sites/www.ufu.br/files/Revalidacao_Diploma-Portaria_Interm_865-15_09_09aprovProjPil_e_estab_normas.pdf. Accessed in 2014 (Aug 25).
Frank J, Mungroo R, Ahmad Y, et al. Toward a definition of competency-based education in medicine: a systematic review of published definitions. Med Teach. 2010;32(8):631-7.
Almeida MJ, Campos JJB, Turini B, et al. Implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais na gradução em Medicina no Paraná [Implementation of National Guidelines in Medical Schools in Paraná]. Rev Bras Educ Méd. 2007;31(2):156-65.
Costa TA. A noção de competência enquanto princípio de organização curricular [The notion of competence as a principle of curriculum organisation]. Rev Bras Educ. 2005;29:52-62.
Bollela VR, Machado JLM. Internato baseado em competências – “Bridging the gaps”. 1a ed. Belo Horizonte: MedVance; 2010.
Rohden F. Uma ciência da diferença: sexo e gênero na medicina da mulher. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2001.
Gilbert ACB, Cardoso MHC, Wuillaume SM, Jung MP. Discursos médicos em construção: um estudo com residentes em Obstetrícia/ Ginecologia do Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz [Construction of medical discourse: an institutional case study with Obstetrics/ Gynecology residents at the Fernandes Figueira Institute, Oswaldo Cruz Foundation]. Rev Bras Educ Méd. 2009;33(4):615-23.
Santos Filho LC. História geral da medicina brasileira. 2a ed. São Paulo: Hucitec; 1991.
Carraccio C, Wolfsthal SD, Englander R, Ferentz K, Martin C. Shifting paradigms: from Flexner to competencies. Acad Med. 2002,77(5):361-7.
Ronzani TM. A reforma curricular nos cursos de saúde: qual o papel das crenças? [Curricular reform in the health courses: what is the role beliefs play?]. Rev Bras Educ Méd. 2007;31(1):38-43.
Frank JR, Mungroo R, Ahmad Y, et al. Toward a definition of competency-based education in medicine: a systematic review of published definitions. Med Teach. 2010;32(8):631-7.
Fraser SW, Greenhalgh T. Coping with complexity: educating for capability. BMJ. 2001;323(7316):799-803.
Balayla J, Abenhaim HA, Martin MC. Does residency training improve cognitive competence in obstetric and gynaecologic surgery? J Obstet Gynaecol Can. 2012;34(2):190-6.
Smith GN, McNamara H, Bessette P, et al. Resident research training objectives and requirement of the Association of Academic Professionals in Obstetrics and Gynaecology. Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada. 2011;33(10):1044-6. Available from: http:// www.jogc.com/abstracts/full/201110_Commentary_1.pdf. Accessed in 2014 (Aug 26).
Hafler JP, Ownby AR, Thompson BM, et al. Decoding the learning environment of medical education: a hidden curriculum perspective for faculty development. Acad Med. 2011;86(4):440-4.
Hoop JG. Hidden ethical dilemmas in psychiatric residency training: the psychiatry resident as dual agent. Acad Psychiatry. 2004;28(3):183-9.
Anderson DJ. The hidden curriculum. AJR Am J Roentgenol. 1992;159(1):21-2.
Hamstra SJ, Woodrow SI, Mangrulkar RS. Feeling pressure to stay late: socialisation and professional identity formation in graduate medical education. Med Educ. 2008;42(1):7-9.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.