Azul patente e ar como uma alternativa para a ressecção de lesões não palpáveis de mama

série de casos

Autores

  • Sabas Carlos Vieira Universidade Federal do Piauí
  • Viviane Carvalho Alves Universidade Federal do Piauí
  • Tayná Cristinne Barros de Oliveira Universidade Federal do Piauí
  • Jacira Oliveira Ibiapina Universidade Federal do Piauí
  • Emmyle Cristyne Alves Soares Universidade Federal do Piauí
  • Marcus Luciano Lopes de Paiva Crisanto Universidade Federal do Piauí

Palavras-chave:

Neoplasias da mama, Corantes, Biópsia, Mamografia, Detecção precoce de câncer

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVOS: A utilização da mamografia no rastreamento para o câncer de mama tem apresentado significativo aumento do número de pacientes com achados radiológicos impalpáveis que, para melhor orientação terapêutica, necessitam de estudo histopatológico. O presente estudo avaliou uma alternativa à ressecção de lesões impalpáveis de mama utilizando injeção de corante azul patente e ar. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Coorte de 64 casos consecutivos de uma clínica particular da cidade Teresina (PI), no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2010. MÉTODOS: As pacientes receberam o diagnóstico mamográfico de lesões impalpáveis de mama classes BI-RADS 3, 4 e 5 com indicação para estudo histopatológico. Elas foram submetidas à injeção de azul patente, orientada por estereotaxia e/ou ultrassonografia para marcação e posterior ressecção da lesão. RESULTADOS: A média de idade das pacientes foi 47,7 anos. Os nódulos representaram 53,1% das anormalidades; as microcalcificações, 37,5% e os cistos complexos, 9,4%. Em 89,1% dos casos, as lesões eram BI-RADS 4; 7,8%, BI-RADS 5 e 3,1%, BI-RADS 3. Os achados histopatológicos foram benignos em 70,3% dos casos; com hiperplasia atípica em 9,4% e malignos em 20,3%. Dos casos de malignidade, 53,8% eram carcinoma in situ e 46,2%, carcinoma invasor. O percentual de câncer foi 0% nas lesões BI-RADS 3;14,3% nas BI-RADS 4 e 100% nas BI-RADS 5. Nos casos de neoplasia maligna, as margens estavam livres em 92,3%, sendo necessária reoperação para ampliação de margens em uma paciente. CONCLUSÃO: A ressecção de lesões impalpáveis de mama marcadas com azul patente e ar foi possível em todos os casos.

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Biografia do Autor

Sabas Carlos Vieira, Universidade Federal do Piauí

PhD. Adjunct Professor of Oncology, Department of General Practice, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brazil.

Viviane Carvalho Alves, Universidade Federal do Piauí

Medical Student, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brazil.

Tayná Cristinne Barros de Oliveira, Universidade Federal do Piauí

Medical Student, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brazil.

Jacira Oliveira Ibiapina, Universidade Federal do Piauí

Medical Student, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brazil.

Emmyle Cristyne Alves Soares, Universidade Federal do Piauí

Medical Student, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brazil.

Marcus Luciano Lopes de Paiva Crisanto, Universidade Federal do Piauí

Medical Student, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brazil.

Referências

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Publicado

2014-02-02

Como Citar

1.
Vieira SC, Alves VC, Oliveira TCB de, Ibiapina JO, Soares ECA, Crisanto MLL de P. Azul patente e ar como uma alternativa para a ressecção de lesões não palpáveis de mama: série de casos. Sao Paulo Med J [Internet]. 2º de fevereiro de 2014 [citado 15º de outubro de 2025];132(1):10-4. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1164

Edição

Seção

Artigo Original