Frequência do polimorfismo da interleucina-6, GST, e dos receptores de progesterona em mulheres na pós-menopausa com baixa densidade mineral óssea

Autores

  • Katia Franco Moura Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina
  • Mauro Haidar Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina
  • Claúdio Bonduki Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina
  • Paulo Cezar Feldner Júnior Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina
  • Ismael Silva Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina
  • José Maria Soares Júnior Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina
  • Manoel João Girão Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

Palavras-chave:

Polimorfismo genético, Interleucinas, Receptores de progesterona, Densidade óssea, Pós-menopausa

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: A osteoporose é uma desordem esquelética caracterizada por baixa densidade mineral óssea. Estudos têm demonstrado que alguns componentes genéticos relacionados com a menor densidade mineral óssea podem ser detectados por polimorfismos. Nosso objetivo foi avaliar a presença do polimorfismo de genes em mulheres pós-menopáusicas com baixa densidade mineral óssea. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, conduzido em universidade pública em São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Avaliamos os polimorfismos relacionados à interleucina-6 (IL-6), o gene receptor de progesterona (PROGINS) e glutationa S-transferase (GST) em 110 mulheres na pós-menopausa sem terapia hormonal prévia. Os testes foram realizados com DNA-PCR a partir de raspados orais. Foram utilizados teste t de Student e modelo de regressão logística para análise estatística. RESULTADOS: Em relação ao polimorfismo IL-6, 58,2% dos pacientes eram homozigotos (GG) e 41,8% tinham o alelo C (heterozigoto ou homozigoto mutante + GC ou CC). Nos genótipos do polimorfismo PROGINS, 79% estavam ausentes (homozigoto selvagem ou P1/P1) e 20,9% presentes (heterozigoto ou P1/P2). No polimorfismo do GSTM1, o alelo (1/1) estava presente em 72,7% dos pacientes e ausente em 27,3%. Encontramos significância estatística entre o polimorfismo genético da IL-6 com o T-score de L2-L4 (P = 0,032) e a densidade mineral óssea (P = 0,005). As mulheres com polimorfismo da IL-6 tiveram 2,3 vezes mais chance de ter menos de -1 na L2-L4 T-score, quando comparadas às não portadoras. CONCLUSÃO: O polimorfismo do gene da IL-6 está correlacionado com baixa densidade mineral óssea, enquanto os polimorfismos GSTM1 e PROGINS não mostraram correlação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Katia Franco Moura, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

Postgraduate Student, Department of Gynecology, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Mauro Haidar, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Adjunct Professor, Department of Gynecology, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Claúdio Bonduki, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Affiliated Professor, Department of Gynecology, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Paulo Cezar Feldner Júnior, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Affiliated Professor, Department of Gynecology, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Ismael Silva, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Adjunct Professor, Department of Gynecology, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

José Maria Soares Júnior, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Adjunct Professor, Department of Gynecology, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Manoel João Girão, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Titular Professor, Department of Gynecology, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Referências

Schnatz PF. The 2010 North American Menopause Society position statement: Updates on screening, prevention and management of postmenopausal osteoporosis. Conn Med. 2011;75(8):485-7.

Giroux S, Elfassihi L, Clément V, et al. High-density polymorphisms analysis of 23 candidate genes for association with bone mineral density. Bone. 2010;47(5):975-81.

Singh M, Singh P, Singh S, Juneja PK, Kaur T. A susceptible haplotype within APOE gene influences BMD and intensifies the osteoporosis risk in postmenopausal women of Northwest India. Maturitas. 2010;67(3):239-44.

Richards JB, Kavvoura FK, Rivadeneira F, et al. Collaborative meta- analysis: associations of 150 candidate genes with osteoporosis and osteoporotic fracture. Ann Intern Med. 2009;151(8):528-37.

Chung HW, Seo JS, Hur SE, et al. Association of interleukin-6 promoter variant with bone mineral density in pre-menopausal women. J Hum Genet. 2003;48(5):243-8.

Koh JM, Oh B, Ha MH, et al. Association of IL-15 polymorphisms with bone mineral density in postmenopausal Korean women. Calcif Tissue Int. 2009;85(5):369-78.

Urano T, Shiraki M, Yagi H, et al. GPR98/Gpr98 gene is involved in the regulation of human and mouse bone mineral density. J Clin Endocrinol Metab. 2012;97(4):E565-74.

Lee JS, Suh KT, Eun IS. Polymorphism in interleukin-6 gene is associated with bone mineral density in patients with adolescent idiopathic scoliosis. J Bone Joint Surg Br. 2010;92(8):1118-22.

Dinçel E, Sepici-Dinçel A, Sepici V, Ozsoy H, Sepici B. Hip fracture risk and different gene polymorphisms in the Turkish population. Clinics (Sao Paulo). 2008;63(5):645-50.

Xing L, He GP, Chen YM, Su YX. Interaction of interleukin-6 and estrogen receptor gene polymorphisms on bone mass accrual in Chinese adolescent girls. J Bone Miner Metab. 2008;26(5):493-8.

Fishman D, Faulds G, Jeffery R, et al. The effect of novel polymorphisms in the interleukin-6 (IL6) gene on IL-6 transcription and plasma IL-6 levels, and an association with systemic-onset juvenile chronic arthritis. J Clin Invest. 1998;102(7):1369-76.

Hulkkonen J, Pertovaara M, Antonen J, Pasternack A, Hurme M. Elevated interleukin-6 plasma levels are regulated by the promoter region polymorphism of the IL6 gene in primary Sjögren’s syndrome and correlate with the clinical manifestations of the disease. Rheumatology (Oxford). 2001;40(6):656-61.

Nordström A, Gerdhem P, Brändström H, et al. Interleukin-6 promoter polymorphism is associated with bone quality assessed by calcaneus ultrasound and previous fractures in cohort of 75-year-old women. Osteoporos Int. 2004;15(10):820-6.

Ferrari SL, Karasik D, Liu J, et al. Interactions of interleukin-6 promoter polymorphisms with dietary and lifestyle factors and their association with bone mass in men and women from the Framingham Osteoporosis Study. J Bone Miner Res. 2004;19(4):552-9.

Luo XH, Liao EY, Su X. Progesterone upregulates TGF-b isoforms (b1, b2, and b3) expression in normal human osteoblast-like cells. Calcif Tissue Int. 2002;71(4):329-34.

Rowe SM, Coughlan SJ, McKenna NJ, et al. Ovarian carcinoma- associated Taql restriction fragment length polymorphism in intron G of the progesterone receptor gene is due to an Alu sequence insertion. Cancer Res. 1995;55(13):2743-5.

Tong D, Fabjani G, Heinze G, et al. Analysis of the human progesterone receptor gene polymorphism progins in Austrian ovarian carcinoma patients. Int J Cancer. 2001;95(6):394-7.

Rossini A, Rapozo DC, Amorim LM, et al. Frequencies of GSTM1, GSTT1, and GSTP1 polymorphisms in a Brazilian population. Genet Mol Res. 2002;1(3):233-40.

Mlakar SJ, Prezelj J, Marc J. Testing GSTP1 genotypes and haplotypes interactions in Slovenian post-/pre-menopausal women: novel involvement of glutathione S-transferases in bone remodeling process. Maturitas. 2012;71(2):180-7.

Cavalieri EL, Stack DE, Devanesan PD, et al. Molecular origin of cancer: catechol estrogen-3,4-quinoses as endogenous tumor initiators. Proc Natl Acad Sci U S A. 1997;94(20):10937-42.

Seidgård J, Vorachek WR, Pero RW, Pearson WR. Hereditary differences in the expression of the human glutathione transferase active on trans-stilbene oxide are due to a gene deletion. Proc Natl Acad Sci U S A. 1988;85(19):7293-7.

Kiebzak GM, Box JH, Box P. Decreased ulnar bending stiffness in osteoporotic Caucasian women. J Clin Densitom. 1999;2(2):143-52.

Czerny B, Kaminski A, Kurzawski M, et al. The association of IL-1 beta, IL-2, and IL-6 gene polymorphisms with bone mineral density and osteoporosis in postmenopausal women. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2010;149(1):82-5.

Bustamante M, Nogués X, Mellibovsky L, et al. Polymorphisms in the interleukin-6 receptor gene are associated with bone mineral density and body mass index in Spanish postmenopausal women. Eur J Endocrinol. 2007;157(5):677-84.

Garnero P, Borel O, Sornay-Rendu E, et al. Association between a functional interleukin-6 gene polymorphism and peak bone mineral density and postmenopausal bone loss in women: the OFELY study. Bone. 2002;31(1):43-50.

Pilkington MF, Sims SM, Dixon SJ. Transforming growth factor- beta induces osteoclast ruffling and chemotaxis: potential role in osteoclast recruitment. J Bone Miner Res. 2001;16(7):1237-47.

Quinn JM, Itoh K, Udagawa N, et al. Transforming growth factor beta affects osteoclast differentiation via direct and indirect actions. J Bone Miner Res. 2001;16(10):1787-94.

Downloads

Publicado

2014-02-02

Como Citar

1.
Moura KF, Haidar M, Bonduki C, Feldner Júnior PC, Silva I, Soares Júnior JM, Girão MJ. Frequência do polimorfismo da interleucina-6, GST, e dos receptores de progesterona em mulheres na pós-menopausa com baixa densidade mineral óssea. Sao Paulo Med J [Internet]. 2º de fevereiro de 2014 [citado 14º de março de 2025];132(1):36-40. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1173

Edição

Seção

Artigo Original