Hastes intramedulares flexíveis com tração versus aparelho gessado para o tratamento de fraturas diafisárias do fêmur em crianças

estudo comparativo retrospectivo

Autores

  • Fabiano Prata do Nascimento Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
  • Cláudio Santili Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
  • Miguel Akkari Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
  • Gilberto Waisberg Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
  • Susana dos Reis Braga Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
  • Patrícia Maria Moraes de Barros Fucs Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Palavras-chave:

Fêmur, Fraturas do fêmur, Pinos ortopédicos, Criança, Aparelhos ortopédicos

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: Fraturas femorais são comuns em crianças entre 2 e 12 anos de idade, e 75% das lesões acometem a diáfise. Tração seguida de aparelho gessado (“gesso”) é universalmente aceita como tratamento conservador. Entretanto, em algumas situações o tratamento cirúrgico é recomendado. O objetivo foi comparar o tratamento de fraturas diafisárias do fêmur com hastes intramedulares (titanium elastic nails, TEN) com tração e gesso em crianças. A hipótese era de que TEN pode ser melhor tratamento, com bons resultados clínicos em comparação com o gesso. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Este estudo retrospectivo e comparativo foi conduzido num hospital público universitário. MÉTODOS: Sessenta crianças com fraturas de fêmur foram avaliadas, 30 delas foram submetidas a tratamento cirúrgico com TEN e 30 foram tratadas de forma conservadora usando gesso. A idade dos pacientes variou de 5 a 13 anos (média de 9 anos). RESULTADOS: O tempo médio de internação foi de 9 dias para o grupo cirúrgico e 20 dias para o grupo conservador. A incidência de crescimento excessivo nos pacientes tratados com TEN foi de 60,0% e, para aqueles tratados de forma conservadora, 13,3%. Sustentação parcial de peso foi permitida após 3,5 semanas no grupo cirúrgico e após 9,6 semanas no grupo conservador. Houve 90,0% de novas internações no grupo cirúrgico e 16,7% no grupo conservador. Pacientes tratados com gesso apresentaram maior incidência de complicações, tais como perda de redução. CONCLUSÃO: O método cirúrgico apresentou melhores resultados para as crianças.

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Biografia do Autor

Fabiano Prata do Nascimento, Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

MD, PhD. Head of the Pediatric Orthopedic Staff in the Itaim and Anália Franco Units of Hospital São Luiz, São Paulo, and Coordinator of the Orthopedic Staff in Hospital Estadual de Santo André, Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, São Paulo, Brazil.

Cláudio Santili, Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

MD, PhD. Adjunct Professor, Faculdade de Ciências Médicas, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, and Attending Physician, Pediatric Orthopedic Group, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Miguel Akkari, Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

MD, PhD. Head of the Pediatric Orthopedic Group in Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Gilberto Waisberg, Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

MD. Attending Physician in the Pediatric Orthopedic Group, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Susana dos Reis Braga, Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

MD, MSc. Attending Physician in the Pediatric Orthopedic Group, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Patrícia Maria Moraes de Barros Fucs, Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

MD, PhD. Adjunct Professor, Faculdade de Ciências Médicas, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, and Head of the Neuromuscular Disorders Group, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, Brazil.

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Publicado

2013-01-01

Como Citar

1.
Nascimento FP do, Santili C, Akkari M, Waisberg G, Braga S dos R, Fucs PMM de B. Hastes intramedulares flexíveis com tração versus aparelho gessado para o tratamento de fraturas diafisárias do fêmur em crianças: estudo comparativo retrospectivo. Sao Paulo Med J [Internet]. 1º de janeiro de 2013 [citado 7º de junho de 2025];131(1):5-12. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1272

Edição

v. 131 n. 1 (2013)

Seção

Artigo Original

Licença

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