Prevalência de obesidade e risco cardiovascular em crianças e adolescentes do município de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul
Palavras-chave:
Obesidade, Pressão arterial, Lipídeos, Glucose, EpidemiologiaResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: Estudos demonstram que as complicações metabólicas da obesidade infantil, mesmo silenciosas, aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares na fase adulta. O presente estudo buscou descrever a prevalência de sobrepeso/obesidade, analisando possível relação entre obesidade e demais fatores de risco cardiovascular em crianças e adolescentes. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, realizado em universidade. MÉTODOS: Foram incluídas 564 crianças e adolescentes de 8 a 17 anos. Foi utilizado o índice de massa corporal e a circunferência da cintura para avaliar obesidade. Outros fatores de risco cardiovasculares foram avaliados, como pressão arterial sistólica e diastólica, glicemia, triglicerídeos e colesterol total. Foi utilizada a análise descritiva para caracterização da amostra, teste de qui-quadrado para variáveis categóricas e correlação linear de Pearson para avaliar a relação entre os indicadores de obesidade e demais fatores de risco cardiovasculares. RESULTADOS: Foi encontrada alta prevalência de sobrepeso/obesidade entre os escolares (25,3% entre os meninos e 25,6% entre as meninas), assim como obesidade abdominal (19,0%). Escolares com sobrepeso/obesidade apresentaram percentual superior para os indicadores bioquímicos e pressóricos, em comparação aos escolares com baixo peso/normal. Foi encontrada correlação fraca entre índice de massa corporal e circunferência da cintura com as variáveis: idade, pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica (P < 0,001), não havendo correlação entre esses índices de obesidade com as variáveis bioquímicas. CONCLUSÃO: A alta prevalência de sobrepeso/obesidade encontrada, bem como sua relação com demais fatores de risco cardiovasculares, demonstram que é necessário o desenvolvimento de estratégias de intervenção e prevenção desde a infância, evitando o aparecimento de doenças crônico-degenerativas na fase adulta.
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