Investigações clínicas para o SUS, o Sistema Único de Saúde brasileiro

Autores

  • Ana Patrícia de Paula Ministry of Health
  • Silvana Pereira Giozza Ministry of Health
  • Michelle Zanon Pereira Ministry of Health
  • Patrícia Souza Boaventura Ministry of Health
  • Leonor Maria Pacheco Santos Ministry of Health
  • Camile Giaretta Sachetti Ministry of Health
  • César Omar Carranza Tamayo Ministry of Health
  • Clarissa Campos Guaragna Kowalski Ministry of Health
  • Flavia Tavares Silva Elias Ministry of Health
  • Suzanne Jacob Serruya Ministry of Health
  • Reinaldo Guimarães Ministry of Health

Palavras-chave:

Pesquisa biomédica, Avaliação da tecnologia biomédica, Política de saúde, Pesquisa sobre serviços de saúde, Saúde pública

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: O desenvolvimento científico e tecnológico é crucial para avançar o Sistema Único de Saúde e promover qualidade de vida. Analisou-se como o Ministério da Saúde (MS) apoiou a pesquisa clínica para proporcionar autonomia, auto-suficiência, competitividade e inovação no complexo industrial produtivo da saúde, segundo a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo descritivo baseado em dados secundários, realizado no Departamento de Ciência e Tecnologia, Ministério da Saúde. MÉTODOS: O banco de dados gerencial de pesquisas do MS, PesquisaSaúde, foi analisado de 2002 a 2009, empregando a palavra chave “pesquisa clínica” nos campos “sub-agenda principal” ou “sub-agenda secundária”. Foram encontrados 368 projetos, classificados em seis categorias: pesquisa biomédica básica, estudos pré-clínicos, pesquisa clínica expandida, ensaios clínicos, infraestrutura e avaliação de tecnologias em saúde. A partir da revisão estruturada sobre “financiamento da pesquisa clínica”, resultados de países selecionados são apresentados e discutidos. RESULTADOS: O total investido foi R$ 140 milhões. A maioria dos projetos apoiou “pesquisa biomédica básica” e os maiores investimentos foram em “ensaios clínicos” e projetos de “infra-estrutura”. O Sudeste deteve a maior proporção de projetos e recursos financeiros. Em alguns aspectos, o Brasil está à frente de outros países do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul), sobretudo no estabelecimento da Rede Nacional de Pesquisa Clínica. CONCLUSÃO: O MS assegurou investimentos para incentivar a pesquisa clínica no Brasil, contribuindo para promover a coesão entre os investigadores, as políticas de saúde e o complexo industrial da saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Patrícia de Paula, Ministry of Health

MD, PhD. Coordinator, Postgraduate Program, Escola Superior de Ciências da Saúde, Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde, Federal District Health Department, Brasília, Federal District, Brazil.

Silvana Pereira Giozza, Ministry of Health

DDS, PhD. Consultant, Department of Science and Technology, Ministry of Health, Brasília, Federal District, Brazil.

Michelle Zanon Pereira, Ministry of Health

MSc. Consultant Nutritionist, Department of Science and Technology, Ministry of Health, Brasília, Federal District, Brazil.

Patrícia Souza Boaventura, Ministry of Health

Consultant Specialist Pharmacist, Department of Science and Technology, Ministry of Health, Brasília, Federal District, Brazil.

Leonor Maria Pacheco Santos, Ministry of Health

PhD. Chemist and Professor, Department of Public Health, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, Federal District, Brazil.

Camile Giaretta Sachetti, Ministry of Health

MSc. Consultant Pharmacist, Department of Science and Technology, Ministry of Health, Brasília, Federal District, Brazil.

César Omar Carranza Tamayo, Ministry of Health

MD, PhD. Consultant, Department of Science and Technology, Ministry of Health, Brasília, Federal District, Brazil.

Clarissa Campos Guaragna Kowalski, Ministry of Health

DDS, MSc. Consultant, Department of Science and Technology, Ministry of Health, Brasília, Federal District, Brazil.

Flavia Tavares Silva Elias, Ministry of Health

MSc.Nutritionist, General Coordinator, Department of Science and Technology, Ministry of Health, Brasília, Federal District, Brazil.

Suzanne Jacob Serruya, Ministry of Health

MD, PhD. Consultant, Latin American Centre for Perinatology and Women and Reproductive Health, Pan-American Health Organization, Montevideo, Uruguay.

Reinaldo Guimarães, Ministry of Health

MD, MSc. Professor, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brazil.

Referências

Brasil. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Available from: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Accessed in 2011 (Oct 22).

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Decit 10 anos. Brasília: Ministério da Saúde; 2010. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/decit_10anos.pdf. Accessed in 2011 (Oct 22).

Guimarães R, Santos LMP, Angulo-Tuesta A, Serruya SJ. Defining and implementing a National Policy for Science, Technology, and Innovation in Health: lessons from the Brazilian experience. Cad Saúde Pública = Rep Public Health. 2006;22(9):1775-85.

Brazil. Ministry of Health. Secretariat of Science, Technology and Strategic Inputs. Department of Science and Technology. National Agenda of Priorities in Health Research - Brazil. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agenda_ingles.pdf. Accessed in 2011 (Oct 22).

Ministério da Saúde. Rede Nacional de Pesquisa Clínica do Brasil: respostas e redução da dependência estrangeira [National clinical research network: Brazilian response and mitigation of international dependency]. Rev Saúde Pública = J Public Health. 2010;44(3):575-8.

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. 2a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, Brasília, 25 a 28 de julho de 2004. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/2CNCTISfinal.pdf. Accessed in 2011 (Oct 22).

Association of American Medical Colleges Task Force on Clinical Research 2000. Washington: Association of American Medical Colleges; 1999.

Agência Européia para Avaliação de Produtos Medicinais. Unidade de Avaliação de Medicamentos Humanos. Manual para a Boa Prática Clínica. Versão harmonizada tripartite (USA, Europa e Japão) elaborada pela Conferência Internacional de Harmonização (ICH). Available from: www.ufrgs.br/bioetica/gcpport.htm. Accessed in 2011 (Oct 11).

Marzochi KBF. Pesquisa clínica ampliada: conceito e prática. Available from: http://www.fiocruz.br/pesquisaclinica/media/Pesquisaclinica Ampliada -Keyla.pdf. Accessed in 2011 (Oct 28).

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Ciência e Tecnologia. Pesquisa Saúde. Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit/ SCTIE/MS). Available from: http://www.saude.gov.br/pesquisasaude. Accessed in 2011 (Oct 28).

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Frascati Manual. Paris: OCDE; 1993.

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medicamentos. Considerações e definições para Pesquisa Clínica. Available from: http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/pesquisa/def.htm. Accessed in 2011 (Oct 11).

Quental C, Salles Filho S. Ensaios clínicos: capacitação nacional para avaliação de medicamentos e vacinas [Clinical Trials: Brazilian capability to evaluate drugs and vaccines]. Rev Bras Epidemiol. 2006;9(4):408-24.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 251, de 07 de agosto de 1997. Aprova as normas de pesquisa envolvendo seres humanos para a área temática de pesquisa com novos fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos. Available from: http://www.datasus.gov.br/conselho/resol97/res25197.htm. Accessed in 2011 (Oct 22).

Zago MA. A pesquisa clínica no Brasil [Clinical research in Brazil]. Ciênc Saúde Coletiva. 2004;9(2):363-74.

World Health Organization. Neglected tropical diseases. Frequently asked questions. Available from: http://www.who.int/neglected_diseases/faq/en/index5.html. Accessed in 2011 (Oct 22).

Caramori CA, Barraviera B. Universities and neglected diseases: it is not enough to have the knowledge, it must be applied. J Venom Anim Toxins Incl Trop Dis. 2011;17(1):1-3.

Machado PR, Ampuero J, Guimarães LH, et al. Miltefosine in the treatment of cutaneous leishmaniasis caused by Leishmania braziliensis in Brazil: a randomized and controlled trial. PLoS Negl Trop Dis. 2010;4(12):e912.

Costa GC, da Costa Rocha MO, Moreira PR, et al. Functional IL-10 gene polymorphism is associated with Chagas disease cardiomyopathy. J Infect Dis. 2009;199(3):451-4.

Gomes FS, Spínola C de V, Ribeiro HA, et al. Wound-healing activity of a proteolytic fraction from Carica candamarcensis on experimentally induced burn. Burns. 2010;36(2):277-83.

Pacheco S. Pesquisadores brasileiros criam exame molecular que reduz de oito para quatro horas o diagnóstico da gripe A. Correio Brasiliense, 26/06/2010. Availablefrom: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2010/06/26/interna_ciencia_saude,199542/index.shtml. Accessed in 2011 (Oct 11).

Gillum LA, Gouveia C, Dorsey ER, et al. NIH disease funding levels and burden of disease. PLoS One. 2011;6(2):e16837.

Rothwell PM. Funding for practice-oriented clinical research. Lancet. 2006;368(9532):262-6.

Rawlins M. A new era for UK clinical research? Lancet. 2011;377(9761):190-2.

Reihart D, Platonov P. Clinical trials in Russia: growing experience and revision of regulations. International Journal of Pharmaceutical Medicine. 2005;19(2):73-6. Available from: http://www.ingentaconnect.com/content/adis/ipm/2005/00000019/00000002/art00002. Accessed in 2011 (Nov 4).

Vlassov V. Russian clinical research is threatened by ban on export of samples. BMJ. 2007;334(7606):1237.

World Health Organization. News. Clinical trials in India: ethical concerns. Bulletin of the World Health Organization. 2008;86(8):581-2. Available from: http://www.who.int/bulletin/volumes/86/8/08-010808.pdf. Accessed in 2011 (Nov 4).

Srinivasan S. Ethical concerns in clinical trials in India: an investigation. Centre for Studies in Ethics and Rights, Mumbai, India, 2009. Available from: http://www.fairdrugs.org/uploads/files/Ethical_concerns_in_clinical_trials_in_India_An_investigation.pdf. Accessed in 2011 (Oct 11).

Iype G. Clinical trials: why India is irresistible. Available from: http://www.rediff.com/money/2004/dec/22spec.htm. Accessed in 2011 (Oct 28).

Hu Y, Huang Y, Ding J, et al. Status of clinical research in China. Lancet. 2011;377(9760):124-5.

Gevers W. Clinical research in South Africa: a core asset under pressure. Lancet. 2009;374(9692):760-2.

Siegfried N, Volmink J, Dhansay A. Does South Africa need a national clinical trials support unit? S Afr Med J. 2010;100(8):521-4.

Downloads

Publicado

2012-05-05

Como Citar

1.
Paula AP de, Giozza SP, Pereira MZ, Boaventura PS, Santos LMP, Sachetti CG, Tamayo COC, Kowalski CCG, Elias FTS, Serruya SJ, Guimarães R. Investigações clínicas para o SUS, o Sistema Único de Saúde brasileiro. Sao Paulo Med J [Internet]. 5º de maio de 2012 [citado 10º de março de 2025];130(3):179-86. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1436

Edição

Seção

Breve Comunicado