Associação entre o ganho de peso materno e fetal
estudo de coorte
Palavras-chave:
Índice de massa corporal, Comportamento alimentar, Macrossomia fetal, Ganho de peso, GravidezResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: O ganho de peso gestacional excessivo está relacionado a inúmeras complicações tanto maternas como fetais, como por exemplo, a macrossomia. Esta, por sua vez, pode aumentar o risco de morte intra-uterina, necessidade de cuidados intensivos, fraturas, hiperbilirrubinemia neonatal, paralisia do plexo braquial e obesidade na infância e fase adulta. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação do ganho de peso gestacional com o ganho de peso fetal e a incidência de macrossomia em duas maternidades. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo de coorte em duas maternidades públicas em Goiânia, Brasil. MÉTODOS: Estudo de coorte com 200 gestantes saudáveis com índice de massa corporal normal, divididas em dois grupos, um com ganho de peso adequado e o outro com peso excessivo na gravidez. RESULTADOS: As coortes foram semelhantes quanto à idade materna, renda per capita, escolaridade e comportamento reprodutivo. O peso fetal foi maior na coorte de ganho de peso materno excessivo (3388,83 g ± 514,44 g) do que na de peso normal (3175,86 g ± 413,70 g) (P < 0,01). A incidência geral de macrossomia foi 6,5% sendo de 13,0% (13 casos) na coorte com ganho de peso materno excessivo e de 0,0% (0 casos) na de peso adequado. CONCLUSÃO: O ganho de peso materno excessivo esteve associado ao aumento do peso fetal ao nascer e à incidência de macrossomia.
Downloads
Referências
Andreto LM, Souza AI, Figueiroa JN, Cabral-Filho JE. Fatores associados ao ganho ponderal excessivo em gestantes atendidas em um serviço público de pré-natal na cidade de Recife, Pernambuco, Brasil [Factors associated with excessive gestational weight gain among patients in prenatal care at a public hospital in Recife, Pernambuco, Brazil]. Cad Saúde Pública = Rep Public Health. 2006;22(11):2401-9.
Costa BMF, Maldi PC, Gil MF, Paulinelli RR. Fatores determinantes do ganho de peso excessivo em gestantes eutróficas [Determinant factors of excessive weight gain in eutrophic pregnant women]. Femina. 2006;34(12):823-8.
Amorim MMR, Leite DFB, Gadelha TGN, et al. Fatores de risco para macrossomia em recém-nascidos de uma maternidade-escola no nordeste do Brasil [Risk factors for macrosomia in newborns of a school-maternity in northeast of Brazil]. Rev Bras Ginecol Obstet. 2009;31(5):241-8.
Clausen T, Burski TK, Øyen N, et al. Maternal anthropometric and metabolic factors in the first half of pregnancy and risk of neonatal macrosomia in term pregnancies. A prospective study. Eur J Endocrinol. 2005;153(6):887-94.
Stotland NE, Cheng YW, Hopkins LM, Caughey AB. Gestational weight gain and adverse neonatal outcome among term infants. Obstet Gynecol. 2006;108(3 Pt 1):635-43.
Silva AT, Gurgel AMC, Gonçalves AKS, et al. Macrossomia: conseqüências e estratégias de prevenção [Macrosomia: results and preventions strategies]. Femina. 2007;35(5):317-21.
Mahony R, Foley M, McAuliffe F, O’Herlihy C. Maternal weight characteristics influence recurrence of fetal macrosomia in women with normal glucose tolerance. Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2007;47(5):399-401.
Dyck RF,Tan L. Differences in High Birthweight Rates between Northern and Southern Saskatchewan: Implications for Aboriginal Peoples. Chronic Diseases in Canada. 1995;16(3):107-10. Available from: http:// www.collectionscanada.gc.ca/webarchives/20071115095739/ http://www.phac-aspc.gc.ca/publicat/cdic-mcc/16-3/a_e.html. Accessed in 2011 (Dec 13).
Kac G, Velásquez-Meléndez G. Ganho de peso gestacional e macrossomia em uma coorte de mães e filhos [Gestational weight gain and macrosomia in a cohort of mothers and their children]. J Pediatr (Rio J). 2005;81(1):47-53.
Oliveira LC, Pacheco AHRN, Rodrigues PL, et al. Fatores determinantes da incidência de macrossomia em um estudo com mães e filhos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde no município do Rio de Janeiro [Factors accountable for macrosomia incidence in a study with mothers and progeny attended at a Basic Health Unit in Rio de Janeiro, Brazil]. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008;30(10):486-93.
Rodrigues S, Robinson EJ, Kramer MS, Gray-Donald K. High rates of infant macrosomia: a comparison of a Canadian native and a non- native population. J Nutr. 2000;130(4):806-12.
Fetal macrosomia. ACOG Technical Bulletin Number 159--September 1991. Int J Gynaecol Obstet. 1992;39(4):341-5.
World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation. Geneva: World Health Organization; 2000. Available from: http://whqlibdoc.who.int/trs/WHO_TRS_894.pdf. Accessed in 2011 (Dec 13).
Martins GA. Estatística geral e aplicada. São Paulo: Atlas; 2005.
Denguezli W, Faleh R, Fessi A, et al. Risk factors of fetal macrosomia: role of maternal nutrition. Tunis Med. 2009;87(9):564-8.
Ørskou J, Kesmodel U, Henriksen TB, Secher NJ. An increasing proportion of infants weigh more than 4000 grams at birth. Acta Obstet Gynecol Scand. 2001;80(10):931-6.
Stotland NE, Hopkins LM, Caughey AB. Gestational weight gain, macrosomia, and risk of cesarean birth in nondiabetic nulliparas. Obstet Gynecol. 2004;104(4):671-7.
Bergmann RL, Richter R, Bergmann KE, et al. Secular trends in neonatal macrosomia in Berlin: influences of potential determinants. Paediatr Perinat Epidemiol. 2003;17(3):244-9.
Madi JM, Rombaldi RL, Oliveira Filho PF, et al. Fatores maternos e perinatais relacionados à macrossomia fetal [Maternal and perinatal factors related to fetal macrosomia]. Rev Bras Ginecol Obstet. 2006;28(4):232-7.
Kramer MS. Maternal nutrition, pregnancy outcome and public health policy. CMAJ. 1998;159(6):663-5.
Moses RG, Luebcke M, Davis WS, et al. Effect of a low-glycemic- index diet during pregnancy on obstetric outcomes. Am J Clin Nutr. 2006;84(4):807-12.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.