Frequência de cefaleia em trabalhadores de uma empresa de borracha no Estado de São Paulo, Brasil
Palavras-chave:
Saúde do trabalhador, Cefaleia, Transtornos de enxaqueca, Cefaleia tipo tensional, AbsenteísmoResumo
CONTEXTO E Objetivo: Cefaleias primárias podem ser causa de absenteísmo, e de queda no rendimento e na produtividade do trabalho. O objetivo do estudo foi estabelecer a presença e frequência de cefaleia primária em funcionários de uma empresa de solados de borracha,e sua relação com absenteísmo. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal realizado com a ajuda do pessoal do departamento médico e social de uma empresa localizada no município de Franca, São Paulo. MÉTODO: Um questionário sobre as características da cefaleia foi distribuído a todos os funcionários. Os questionários devolvidos e preenchidos foram divididos em dois grupos: com e sem relato de cefaleia. As cefaleias foram classificadas em quatro grupos principais: migrânea, cefaleia do tipo tensional (CTT), cefaleia em salvas e outras cefaleias. Através da frequência da cefaleia, foi possível a classificação em cefaleia crônica diária (CCD). RESULTADOS: O número de questionários válidos foi de 392 (59%), 80,9% questionários eram de funcionários do gênero masculino, e 19,1%, do gênero feminino. Cento e vinte (30,6%) dos funcionários relataram apresentar cefaleia, sendo que 17,4% pertenceram ao grupo migrânea e 8,93% ao grupo CTT. O diagnóstico de migrânea foi o mais frequente (p < 0,001) dentre todos, e também entre as mulheres (p < 0,05). O diagnóstico de CTT foi mais frequente entre os homens (p < 0,05). CCD foi identificada em 14 indivíduos (3,6%). CONCLUSÕES: Cefaleia é um problema frequente entre os funcionários da empresa participante da pesquisa sendo a causa de absentismo em 8,7% dos que responderam o questionário.
Downloads
Referências
Lipton RB, Bigal ME. Ten lessons on the epidemiology of migraine. Headache. 2007;47 Suppl 1:S2-9.
Breivik H, Collett B, Ventafridda V, Cohen R, Gallacher D. Survey of chronic pain in Europe: prevalence, impact on daily life, and treatment. Eur J Pain. 2006;10(4):287-333.
Neville A, Peleg R, Singer Y, Sherf M, Shvartzman P. Chronic pain: a population-based study. Isr Med Assoc J. 2008;10(10):676-80.
Kreling MCGD, Cruz DALM, Pimenta CAM. Prevalência de dor crônica em adultos [Prevalence of chronic pain in adult workers]. Rev Bras Enferm. 2006;59(4):509-13.
Edwards RR. Individual differences in endogenous pain modulation as a risk factor for chro- nic pain. Neurology. 2005;65(3):437-43.
Stewart WF, Ricci JA, Chee E, Morganstein D, Lipton R. Lost productive time and cost due to common pain conditions in the US workforce. JAMA. 2003;290(18):2443-54.
Stewart WF, Lipton RB, Kolodner K, Liberman J, Sawyer J. Reliability of the migraine disabi- lity assessment score in a population-based sample of headache sufferers. Cephalalgia. 1999;19(2):107-14; discussion 74.
Stewart WF, Lipton RB, Whyte J, et al. An international study to access reliability of the Migrai- ne Disability Assessment (MIDAS) score. Neurology. 1999;53(5):988-94.
Lipton RB, Stewart WF, Goadsby PJ. Headache-related disability in the management of mi- graine. Neurology. 2001;56(6 Suppl 1):S1-3.
Subcomitê de Classificação das Cefaleias da Sociedade Internacional de Cefaleia. Classifi- cação internacional das cefaleias. 2a ed. Trad. Sociedade Brasileira de Cefaleia. São Paulo: Alaúde Editorial Ltda; 2006.
Gonçalves DA, Bigal ME, Jales LC, Camparis CM, Speciali JG. Headache and symptoms of temporomandibular disorder: an epidemiology study. Headache. 2010;50(2):231-41.
Pop PH, Gierveld CM, Karis HA, Tiedink HG. Epidemiological aspects of headache in a work- place setting and the impact on the economic loss. Eur J Neurol. 2002;9(2):171-4.
Vincent M, Rodrigues AJ, Oliveira GV, et al. Prevalência e custos indiretos das cefaléias em uma empresa brasileira [Prevalence and indirect costs of headache in a Brazilian Com- pany]. Arq Neuropsiquiatr. 1998;56(4):734-43.
May A. Cluster headache: pathogenesis, diagnosis, and management. Lancet. 2005;366(9488):843-55.
Bigal ME, Fernandes LC, Moraes FA, Bordini CA, Speciali JG. Prevalência e impacto da migrânea em funcionários do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP [Migraine prevalence and impact in employees of the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP]. Arq Neuropsiquiatr. 2000;58(2B):431-6.
Silberstein SD. Chronic daily headache. J Am Osteopath Assoc. 2005;105(4 Suppl 2):23S- 29S.
Galego JCB, Moraes AM, Cordeiro JA, Tognola WA. Chronic daily headache: stress and impact on the quality of life. Arq Neuropsiquiatr. 2007;65(4b):1126-9.
Scher AI, Stewart WF, Liberman J, Lipton RB. Prevalence of frequent headache in a popula- tion sample. Headache. 1998;38(7):497-506.
Queiroz LP, Barea LM, Blank N. An epidemiological study of headache in Florianopolis, Brazil. Cephalalgia. 2006;26(2):122-7.
Midgette LA, Scher AI. The epidemiology of chronic daily headache. Curr Pain Headache Rep. 2009;13(1):59-63.
Schultz AB, Edington DW. Employee health and presenteeism: a systematic review. J Occup Rehabil. 2007;17(3):547-79.
Bigal ME, Bigal JOM, Bordini CA, Speciali JG. Prevalence and costs of headaches for the public health system in a town in the interior of the state of São Paulo. Arq Neuropsiquiatr. 2001;59(3A):504-11.
Raak R, Raak A. Work attendance despite headache and its economic impact: a comparison between two workplaces. Headache. 2003;43(10):1097-101.
Schwartz BS, Stewart WF, Lipton RB. Lost workdays and decreased work effectiveness asso- ciated with headache in the workplace. J Occup Environ Med. 1997;39(4):320-7.
Hawkins K, Wang S, Rupnow M. Direct cost burden among insured US employees with mi- graine. Headache. 2008;48(4):553-63.
Lipton RB, Silberstein SD, Stewart WF. An update on the epidemiology of migraine. Heada- che. 1994;34(6):319-28.
Michel P, Dartigues JF, Lindoulsi A, Henry P. Loss of productivity and quality of life in mi- graine sufferers among French workers: results from the GAZEL cohort. Headache. 1997;37(2):71-8.
Mannix LK, Solomon GD, Kippes CM, Kunkel RS. Impact of headache education program in the workplace. Neurology. 1999;53(4):868-71.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.