Aplicação do Osteorisk em pacientes pós-menopausadas e com osteoporose
Palavras-chave:
Densidade óssea, Densitometria, Menopausa, Osteoporose, Fatores de riscoResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: A identificação de mulheres com risco para fratura está ficando cada vez menos dependente da avaliação da densidade mineral óssea com a valorização dos fatores clínicos de risco. O objetivo deste estudo foi avaliar a sensibilidade da ferramenta clínica Osteorisk em identificar mulheres menopausadas e com osteoporose quando comparada com a densitometria óssea. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo observacional do tipo transversal realizado na Faculdade de Medicina do ABC. Método: Foram avaliadas retrospectivamente informações de 812 mulheres na pós-menopausa e com osteoporose por meio dos prontuários clínicos. Elas foram divididas nos grupos etários 50-59, 60-69, 70-79 e mais de 80 anos e os resultados da ferramenta clínica Osteorisk, que utiliza apenas a idade e o peso, foram comparados com os valores de T-scores da densitometria óssea. Resultados: Houve correlação entre os resultados da ferramenta clínica Osteorisk e da densitometria óssea, em relação à coluna lombar (P = 0,027) e quadril (P < 0,001), mostrando assim uma relação não-arbitrária. A sensibilidade geral do Osteorisk para identificar mulheres com “alto risco de osteoporose” foi 86,5% e superior para identificar osteoporose de quadril (97,2%) do que para a coluna lombar (85,8%). A sensibilidade foi maior nas mulheres idosas. Conclusão: Osteorisk parece apresentar boa sensibilidade para identificar mulheres na pós-menopausa em risco de osteoporose. Deveria ser usado quando a densitometria óssea não é facilmente disponível ou como um meio de seleção de indivíduos para realizar a densitometria óssea.
Downloads
Referências
Cooper C, Campion G, Melton LJ 3rd. Hip fractures in the elderly: a world-wide projection. Osteoporos Int. 1992;2(6):285-9.
Kanis JA, Borgstrom F, De Laet C, et al. Assessment of fracture risk. Osteoporos Int. 2005;16(6):581-9.
Nelson HD, Helfand M, Woolf SH, Allan JD. Screening for postmenopausal osteoporosis: a review of the evidence for the U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med. 2002;137(6):529-41.
Cummings SR, Bates D, Black DM. Clinical use of bone densitometry: scientific review. JAMA. 2002;288(15):1889-97.
Kanis JA. Diagnosis of osteoporosis and assessment of fracture risk. Lancet. 2002;359(9321):1929-36.
Black DM, Cummings SR, Genant HK, Nevitt MC, Palermo L, Browner W. Axial and appendi- cular bone density predict fractures in older women. J Bone Miner Res. 1992;7(6):633-8.
Miller PD, Zapalowski C, Kulak CA, Bilezikian JP. Bone densitometry: the best way to detect osteoporosis and to monitor therapy. J Clin Endocrinol Metab. 1999;84(6):1867-71.
Siris ES, Miller PD, Barrett-Connor E, et al. Identification and fracture outcomes of undiagno- sed low bone mineral density in postmenopausal women: results from the National Osteo- porosis Risk Assessment. JAMA. 2001;286(22):2815-22.
Sen SS, Rives VP, Messina OD, et al. A risk assessment tool (OsteoRisk) for identifying Latin American women with osteoporosis. J Gen Intern Med. 2005;20(3):245-50.
Sturtridge W, Lentle B, Hanley DA. Prevention and management of osteoporosis: consensus statements from the Scientific Advisory Board of the Osteoporosis Society of Canada. 2. The use of bone density measurement in the diagnosis and management of osteoporosis. CMAJ. 1996;155(7):924-9.
Lewiecki EM, Borges JLC. Densitometria óssea na prática clínica [Bone density testing in clinical practice]. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2006;50(4):586-95.
Kanis JA, Johnell O, Oden A, De Laet C, Jonsson B, Dawson A. Ten-year risk of osteoporotic fracture and the effect of risk factors on screening strategies. Bone. 2002;30(1):251-8.
Burger H, de Laet CE, Weel AE, Hofman A, Pols HA. Added value of bone mineral density in hip fracture risk scores. Bone. 1999;25(3):369-74.
Black DM, Steinbuch M, Palermo L, et al. An assessment tool for predicting fracture risk in postmenopausal women. Osteoporos Int. 2001;12(7):519-28.
Kanis JA. FRAX WHO Fracture Risk Assessment Tool. Paper charts. Available from: http:// www.shef.ac.uk/FRAX/chart.htm. Accessed in 2009 (Dec 21).
Johansson H, Oden A, Johnell O, et al. Optimization of BMD measurements to identify high risk groups for treatment--a test analysis. J Bone Miner Res. 2004;19(6):906-13.
Cadarette SM, Jaglal SB, Kreiger N, McIsaac WJ, Darlington GA, Tu JV. Development and validation of the Osteoporosis Risk Assessment Instrument to facilitate selection of women for bone densitometry. CMAJ. 2000;162(9):1289-94.
Lydick E, Cook K, Turpin J, Melton M, Stine R, Byrnes C. Development and validation of a simple questionnaire to facilitate identification of women likely to have low bone density. Am J Manag Care. 1998;4(1):37-48.
Koh LK, Sedrine WB, Torralba TP, et al. A simple tool to identify asian women at increased risk of osteoporosis. Osteoporos Int. 2001;12(8):699-705.
Sedrine WB, Chevallier T, Zegels B, et al. Development and assessment of the Osteoporosis Index of Risk (OSIRIS) to facilitate selection of women for bone densitometry. Gynecol Endocrinol. 2002;16(3):245-50.
Geusens P, Hochberg MC, van der Voort DJ, et al. Performance of risk indices for identifying low bone density in postmenopausal women. Mayo Clin Proc. 2002;77(7):629-37.
Leib ES, Lewiecki EM, Binkley N, Hamdy RC; International Society for Clinical Densitometry.. Official positions of the International Society for Clinical Densitometry. J Clin Densitom. 2004;7(1):1-6.
Assessment of fracture risk and its application to screening for postmenopausal os- teoporosis. Report of a WHO Study Group. World Health Organ Tech Rep Ser. 1994; 843:1-129.
Speroff L, Fritz MA. Menopause and the perimenopausal transition. In: Speroff L, Fritz MA, editors. Clinical gynecologic endocrinology and infertility. 7th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2004. p. 621-88.
Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Report of a WHO Expert Com- mittee. World Health Organ Tech Rep Ser. 1995;854:1-452.
Riggs BL, Melton LJ 3rd. The worldwide problem of osteoporosis: insights afforded by epide- miology. Bone. 1995;17(5 Suppl):505S-511S.
Rud B, Hilden J, Hyldstrup L, Hróbjartsson A. Performance of the Osteoporosis Self-Assess- ment Tool in ruling out low bone mineral density in postmenopausal women: a systematic review. Osteoporos Int. 2007;18(9):1177-87.
Steiner ML, Fernandes CE, Strufaldi R, et al.Accuracy study on “Osteorisk”: a new osteoporosis screening clinical tool for women over 50 years old. Sao Paulo Med J. 2008;126(1):23-8.
Vu TT, Nguyen CK, Nguyen TL, et al. Determining the prevalence of osteoporosis and re- lated factors using quantitative ultrasound in Vietnamese adult women. Am J Epidemiol. 2005;161(9):824-30.
Silva LK. Avaliação tecnológica em saúde: densitometria óssea e terapêuticas alternativas na osteoporose pós-menopausa [Technology assessment in health care: bone densitome- try and alternatives therapeutical in post-menopausal osteoporosis]. Cad Saúde Pública = Rep Public Health. 2003;19(4):987-1003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.