Detecção de colonização por Streptococcus agalactiae em gestantes por meio da cultura de swabs combinados
estudo transversal de prevalência
Palavras-chave:
Streptococcus agalactiae, Gravidez, Recém-nascido, Isolamento de pacientes, Meios de culturaResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: Colonização materna por Streptococcus agalactiae e sepse neonatal de início precoce têm despertado interesse na literatura mundial. A doença estreptocócica neonatal está associada com significantes índices de morbidade e mortalidade perinatal, principalmente nos recémnascidos prematuros. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de colonização estreptocócica materna por meio da coleta de swabs combinados, comparada com coleta de swab num único local. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal na Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista. MÉTODOS: Foram obtidas amostras de 405 pacientes com idade gestacional entre 35 e 37 semanas. Swabs da região perianal retal, introito vaginal e terço distal da parede vaginal foram cultivados em caldo seletivo de Todd-Hewitt. Colônias sugestivas de Streptococcus agalactiae foram submetidas aos testes de catalase e CAMP (Christie, Atkins, Munch-Petersen). Para avaliação da positividade de cultura de swabs combinados foi empregado o teste de Tukey para comparação de proporções. RESULTADOS: A prevalência de colonização estreptocócica foi de 25,4%. Dentre as pacientes com cultura positiva, 28,1% tiveram positividade em apenas um local de coleta, 24,2% em dois locais simultaneamente e 47,5% nos três locais avaliados. Associação de swabs de dois locais de coleta aumentou significativamente o isolamento estreptocócico, comparado a único swab (P < 0,05), exceto para coleta perianal. (retal) Utilização de swabs combinados de três locais de coleta mostrou taxas de isolamento estatisticamente superiores. CONCLUSÃO: Na cultura de swabs combinados de três locais de coleta houve maior prevalência de colonização materna por Streptococcus agalactiae, comparada com coleta de swabs em um único local.
Downloads
Referências
Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Perinatal group B streptococcal disease after universal screening recommendations--United States, 2003-2005. MMWR Morb Mor- tal Wkly Rep. 2007;56(28):701-5.
Schrag SJ, Zywicki S, Farley MM, et al. Group B streptococcal disease in the era of intrapar- tum antibiotic prophylaxis. N Engl J Med. 2000;342(1):15-20.
Winn HN. Group B streptococcus infection in pregnancy. Clin Perinatol. 2007;34(3): 387-92.
Yancey MK, Duff P, Clark P, Kurtzer T, Frentzen BH, Kubilis P. Peripartum infection associated with vaginal group B streptococcal colonization. Obstet Gynecol. 1994;84(5):816-9.
Heath PT, Balfour G, Weisner AM, et al. Group B streptococcal disease in UK and Irish infants younger than 90 days. Lancet. 2004;363(9405):292-4.
Schuchat A. Group B streptococcal disease in newborns: a global perspective on prevention. Biomed Pharmacother. 1995;49(1):19-25.
Prevention of perinatal group B streptococcal disease: a public health perspective. Centers for Disease Control and Prevention. MMWR Recomm Rep. 1996;45(RR-7):1-24.
Baltimore RS. Consequences of prophylaxis for group B streptococcal infections of the neo- nate. Semin Perinatol. 2007;31(1):33-8.
Yücesoy G, Caliskan E, Karadenizli A, et al. Maternal colonisation with group B streptococcus and effectiveness of a culture-based protocol to prevent early-onset neonatal sepsis. Int J Clin Pract. 2004;58(8):735-9.
Gavino M, Wang E. A comparison of a new rapid real-time polymerase chain reaction system to traditional culture in determining group B streptococcus colonization. Am J Obstet Gyne- col. 2007;197(4):388.e1-4.
Davies HD, Adair CE, Partlow ES, Sauve R, Low DE, McGeer A. Two-year survey of Alberta laboratories processing of antenatal group B streptococcal (GBS) screening specimens: implications for GBS screening programs. Diagn Microbiol Infect Dis. 1999;35(3):169-76.
Schrag S, Gorwitz R, Fultz-Butts K, Schuchat A. Prevention of perinatal group B streptococcal disease. Revised guidelines from CDC. MMWR Recomm Rep. 2002;51(RR-11):1-22.
Heelan JS, Struminsky J, Lauro P, Sung CJ. Evaluation of a new selective enrichment broth for detection of group B streptococci in pregnant women. J Clin Microbiol. 2005;43(2):896-7.
Bland ML, Vermillion ST, Soper DE, Austin M. Antibiotic resistance patterns of group B streptococci in late third-trimester rectovaginal cultures. Am J Obstet Gynecol. 2001;184(6):1125-6.
Kubota T. Relationship between maternal group B streptococcal colonization and pregnancy outcome. Obstet Gynecol. 1998;92(6):926-30.
El-Kersh TA, Al-Nuaim LA, Kharfy TA, Al-Shammary FJ, Al-Saleh SS, Al-Zamel FA. Detec- tion of genital colonization of group B streptococci during late pregnancy. Saudi Med J. 2002;23(1):56-61.
Moyo SR, Mudzori J, Tswana SA, Maeland JA. Prevalence, capsular type distribution, an- thropometric and obstetric factors of group B Streptococcus (Streptococcus agalactiae) colonization in pregnancy. Cent Afr J Med. 2000;46(5):115-20.
Platt MW, McLaughlin JC, Gilson GJ, Wellhoner MF, Nims LJ. Increased recovery of group B Streptococcus by the inclusion of rectal culturing and enrichment. Diagn Microbiol Infect Dis. 1995;21(2):65-8.
Costa ALR, Lamy Filho F, Chen MBC, Brito LMO, Lamy ZC, Andrade KL. Prevalência de colo- nização por estreptococos do grupo B em gestantes atendidas em maternidade pública da região Nordeste do Brasil [Prevalence of colonization by group B Streptococcus in pregnant women from a public maternity of Northwest region of Brazil]. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008;30(6):274-80.
El Beitune P, Duarte G, Maffei CM. Colonization by Streptococcus agalactiae during preg- nancy: maternal and perinatal prognosis. Braz J Infect Dis. 2005;9(4):276-82.
American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG Committee Opinion: number 279, December 2002. Prevention of early-onset group B streptococcal disease in new- borns. Obstet Gynecol. 2002;100(6):1405-12.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.