Validação de um questionário de sintomas cerebrovasculares para inquéritos epidemiológicos
Palavras-chave:
Acidente vascular cerebral, Estudos de validação, Vigilância da população, Prevalência, Estudos transversaisResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: A doença cerebrovascular como parte da agenda de saúde pública necessita de instrumentos de vigilância epidemiológica. O objetivo foi validar um questionário para avaliação individual de sintomas de acidente vascular cerebral através do Estudo de Morbidade e Mortalidade no Acidente Vascular Cerebral (EMMA), São Paulo, Brasil. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal realizado em uma amostra de habitantes do Butantã, uma área na zona oeste da cidade de São Paulo. MÉTODOS: Em todos os domicílios de área adstrita de uma unidade básica de saúde, moradores com mais de 35 anos responderam questionário de sintomas de acidente vascular cerebral enfocando fraqueza de membros e facial, dificuldade em falar, alteração de sensibilidade e déficit de visão. Foram selecionadas 36 participantes aleatoriamente para exame completo com neurologista (padrão-ouro). RESULTADOS: Considerando todas as questões do questionário, a sensibilidade foi de 72,2%, a especificidade, 94,4% e os valores preditivos foram 92,9% (positivo) e 77,3% (negativo). As razões de verossimilhança foram 12,9 (positiva) e 0,29 (negativa) e o coeficiente kappa obtido foi 0,67. Fraqueza de membros foi o sintoma mais sensível e dificuldade para falar, o mais específico. CONCLUSÃO: O questionário de sintomas cerebrovasculares é um instrumento útil, e pode ser aplicado por entrevistadores treinados com intuito de identificar pacientes que sofreram evento cerebrovascular na comunidade através da estrutura do Programa Saúde da Família.
Downloads
Referências
Lolio CA, Laurenti R. Tendência da mortalidade por doenças cerebrovasculares em adultos maiores de 20 anos de idade no Município de São Paulo (Brasil), 1950 a 1981 [Tenden- cies of mortality due to cerebrovascular diseases in adults over 20 in the municipality of São Paulo (Brazil), 1950 to 1981]. Rev Saúde Pública. 1986;20(5):343-6.
Gomes MM, Becker RA. Tendências da mortalidade por doenças cerebrovasculares no Bra- sil -1979 a 1986 [Tendencies of mortality by cerebrovascular diseases in Brazil - 1979 to 1986]. Rev Bras Neurol. 1990;26(Supl 1):5s-9s.
Lotufo PA, Lolio CA. Tendência da mortalidade por doença cerebrovascular no Estado de São Paulo: 1970 a 1989 [Trends of mortality by cerebrovascular disease in the State of São Paulo: 1970 to 1989]. Arq Neuropsiquiatr. 1993;51(4):441-6.
Lessa. I. Trends in relative mortality from cerebrovascular diseases in Brazilian state capitals, 1950-1988. Bull Pan Am Health Organ. 1995;29(3):216-25.
Lotufo PA, Benseñor IM. Trends of stroke subtypes mortality in Sao Paulo, Brazil (1996- 2003). Arq Neuropsiquiatr. 2005;63(4):951-5.
Lotufo PA, Goulart AC, Bensenor IM. Race, gender and stroke subtypes mortality in Sao Paulo, Brazil. Arq Neuropsiquiatr. 2007;65(3b):752-7.
André C, Curioni CC, Braga da Cunha C, Veras R. Progressive decline in stroke mortality in Bra- zil from 1980 to 1982, 1990 to 1992, and 2000 to 2002. Stroke. 2006;37(11):2784-9.
Lotufo PA, Benseñor IM. Stroke mortality in Brazil: one example of delayed epidemiological cardiovascular transition. Int J Stroke. 2009;4(1):40-1.
Christensen MC, Valiente R, Sampaio Silva G, et al. Acute treatment costs of stroke in Brazil. Neuroepidemiology. 2009;32(2):142-9.
Carod-Artal FJ, Ferreira Coral L, Trizotto DS, Menezes Moreira C. Poststroke depression: pre- valence and determinants in Brazilian stroke patients. Cerebrovasc Dis. 2009;28(2):157- 65.
Carod-Artal FJ, Ferreira Coral L, Trizotto DS, Menezes Moreira C. Burden and perceived he- alth status among caregivers of stroke patients. Cerebrovasc Dis. 2009;28(5):472-80.
Carod-Artal FJ, Trizotto DS, Coral LF, Moreira CM. Determinants of quality of life in Brazilian stroke survivors. J Neurol Sci. 2009;284(1-2):63-8.
Lessa I, Bastos CA. Epidemiology of cerebrovascular accidents in the city of Salvador, Bahia, Brazil. Bull Pan Am Health Organ. 1983;17(3):292-303.
Minelli C, Fen LF, Minelli DP. Stroke incidence, prognosis, 30-day, and 1-year case fatality rates in Matão, Brazil: a population-based prospective study. Stroke. 2007;38(11):2906-11.
Cabral NL, Gonçalves AR, Longo AL, et al. Incidence of stroke subtypes, prognosis and prevalence of risk factors in Joinville, Brazil: a 2 year community based study. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2009;80(7):755-61.
Cabral NL, Gonçalves AR, Longo AL, et al. Trends in stroke incidence, mortality and case fatality rates in Joinville, Brazil: 1995-2006. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2009;80(7):749-54.
Monteiro CA, Moura EC, Jaime PC, et al. Monitoramento de fatores de risco para doenças crônicas por entrevistas telefônicas [Surveillance of risk factors for chronic diseases throu- gh telephone interviews]. Rev Saúde Pública = J Public Health. 2005;39(1):47-57.
Pereira ABCNG, Alvarenga H, Pereira Júnior RS, Barbosa MTS. Prevalência de acidente vascu- lar cerebral em idosos no Município de Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil, através do rastre- amento de dados do Programa Saúde da Família [Stroke prevalence among the elderly in Vassouras, Rio de Janeiro State, Brazil, according to data from the Family Health Program]. Cad Saúde Pública = Rep Public Health. 2009;25(9):1929-36.
Truelsen T, Bonita R, Jamrozik K. Surveillance of stroke: a global perspective. Int J Epidemiol. 2001;30 Suppl 1:S11-6.
Truelsen T, Heuschmann PU, Bonita R, et al. Standard method for developing stroke registers in low-income and middle-income countries: experiences from a feasibility study of a ste- pwise approach to stroke surveillance (STEPS Stroke). Lancet Neurol. 2007;6(2):134-9.
Goulart AC, Bustos IR, Abe IM, et al. A Stepwise Approach to Stroke Surveillance in Brazil: the EMMA (Estudo de Mortalidade e Morbidade do Acidente Vascular Cerebral) Study. De- sign and Concepts. Int J Stroke. 2010;5(4):284-9.
Berger K, Hense HW, Rothdach A, Weltermann B, Keil U. A single question about prior stroke versus a stroke questionnaire to assess stroke prevalence in populations. Neuroepidemio- logy. 2000;19(5):245-57.
Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biome- trics. 1977;33(1):159-74.
Meneghini F, Rocca WA, Grigoletto F, et al. Door-to-door prevalence survey of neurological di- seases in a Sicilian population. Background and methods. The Sicilian Neuro-Epidemiologic Study (SNES) Group. Neuroepidemiology. 1991;10(2):70-85.
Meneghini F, Rocca WA, Anderson DW, et al. Validating screening instruments for neuroepi- demiologic surveys: experience in Sicily. Sicilian Neuro-Epidemiologic Study (SNES) Group. J Clin Epidemiol. 1992;45(4):319-31.
Melcon CM, Melcon MO. Prevalence of stroke in an Argentine community. Neuroepidemiolo- gy. 2006;27(2):81-8.
Nicoletti A, Sofia V, Giuffrida S, et al. Prevalence of stroke: a door-to-door survey in rural Bolivia. Stroke. 2000;31(4):882-5.
Meschia JF, Brott TG, Chukwudelunzu FE, et al. Verifying the stroke-free phenotype by struc- tured telephone interview. Stroke. 2000;31(5):1076-80.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.