Monoterapia com rituximab no linfoma da zona marginal esplênico com linfócitos vilosos

relato de dois casos de pacientes com controle prolongado da doença depois de recidiva após esplenectomia

Autores

  • Márcio Debiasi Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Marluce Hehnemann Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Bernardo Garicochea Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Anticorpos antineoplásicos, Anticorpos monoclonais, Linfoma, Linfoma de zona marginal tipo células B, Neoplasias hematológicas

Resumo

CONTEXTO: Os linfomas da zona marginal esplênicos constituem uma desordem linfoproliferativa de células B que apresenta um prognóstico favorável, com sobrevida global de cinco anos estimada em 70%. A maioria dos pacientes sintomáticos é submetida a esplenectomia enquanto alguns recebem quimioterapia terapêutica de primeira linha, especialmente com análogos de purinas. Não existem diretrizes específicas para o tratamento dos pacientes que falham à esplenectomia: ainda é incerto se deveriam ser tratados com quimioterapia citotóxica, em virtude de apresentarem um linfoma recidivado (e teoricamente mais agressivo) ou se deveriam ser poupados de um tratamento mais tóxico pelo fato de apresentarem uma doença que usualmente se desenvolve de forma mais indolente, mesmo quando recidivada. RELATO DE CASO: Nesta publicação, são apresentados dois casos nos quais a doença recidivou após esplenectomia e que foram satisfatoriamente tratados com monoterapia com rituximabe. A observação desses casos sugere que a postergação de tratamentos citotóxicos pode ser possível pelo menos em algumas situações. Cabe ressaltar que a evidência para essa conduta é embasada apenas em relatos de caso, uma vez que não existem ensaios clínicos randomizados a respeito desse tema.

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Biografia do Autor

Márcio Debiasi, Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Second-year resident in Clinical Oncology, Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil.

Marluce Hehnemann, Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Medical student, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil.

Bernardo Garicochea, Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

MD, PhD. Head of Oncology, Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil.

Referências

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Publicado

2010-11-11

Como Citar

1.
Debiasi M, Hehnemann M, Garicochea B. Monoterapia com rituximab no linfoma da zona marginal esplênico com linfócitos vilosos: relato de dois casos de pacientes com controle prolongado da doença depois de recidiva após esplenectomia. Sao Paulo Med J [Internet]. 11º de novembro de 2010 [citado 15º de março de 2025];128(6):375-7. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1830

Edição

Seção

Relato de Caso