Prevalência de redução da força muscular respiratória em idosas institucionalizadas

Autores

  • Rodrigo Polaquini Simões Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos
  • Viviane Castello Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos
  • Marco Antonio Auad Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos
  • Jadiane Dionísio Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos
  • Marisa Mazzonetto Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos

Palavras-chave:

Sistema respiratório, Músculos respiratórios, Força muscular, Instituição de longa permanência para idosos, Idoso

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVOS: A força muscular respiratória é relevante para a situação clínica de pacientes idosos, particularmente os que apresentam doença cardíaca ou respiratória. Os objetivos deste estudo foram avaliar a força muscular respiratória de mulheres idosas asiladas, comparar com os valores preditos para a população brasileira e correlacioná-los com a idade e características antropométricas. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal desenvolvido pelo Departamento de Fisioterapia da Universidade Camilo Castelo Branco. MÉTODOS: Foram estudadas 56 mulheres idosas asiladas (74,87 ± 10,55 anos) sendo avaliadas em oito instituições em três cidades do interior do estado de São Paulo, entre janeiro de 2005 e março de 2006. Elas foram separadas em três subgrupos: de 60-69 anos (n = 20), de 70-79 anos (n = 18) e de 80-89 anos (n = 18). As pressões respiratórias máximas foram obtidas através de um manovacuômetro. Os valores obtidos foram comparados entre os subgrupos e também com os preditos para a população brasileira. Análise de correlação foi aplicada para a idade, peso, altura e índice de massa corpórea com os valores das pressões respiratórias máximas. O nível de significância adotado foi P < 0,05. RESULTADOS: Não houve diferenças significativas das pressões respiratórias máximas entre os três subgrupos. Em relação aos valores preditos, as pressões respiratórias máximas obtidas foram significativamente menores nos três subgrupos. Correlações negativas entre as pressões respiratórias máximas e a idade e positivas em relação ao peso, altura e índice de massa corpórea foram encontradas. CONCLUSÕES: A força muscular respiratória é marcantemente reduzida em idosas asiladas de 60 a 89 anos, havendo correlação das pressões respiratórias máximas com a idade e com as características antropométricas. NÚMERO DE REGISTRO DE ENSAIO CLÍNICO: ACTRN12608000136303.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodrigo Polaquini Simões, Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos

Physiotherapist. Postgraduate student in the Postgraduate Program on Physiotherapy (Cardiopulmonary Physiotherapy Laboratory), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brazil.

Viviane Castello, Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos

Physiotherapist. Postgraduate student in the Postgraduate Program on Physiotherapy (Cardiopulmonary Physiotherapy Laboratory), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brazil.

Marco Antonio Auad, Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos

Physiotherapist. Postgraduate student in the Postgraduate Program on Biotechnology, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brazil.

Jadiane Dionísio, Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos

Physiotherapist. Postgraduate student in the Postgraduate Program on Physiotherapy, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brazil.

Marisa Mazzonetto, Universidade Camilo Castelo Branco and Universidade Federal de São Carlos

Physiotherapist. Professor in the Department of Physiotherapy, Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo), Descalvado, São Paulo, Brazil.

Referências

Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios. IBGE lança o perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios. Available from: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/ noticias/25072002pidoso.shtm. Accessed in 2009 (Mar 4).

Chaimowicz F, Greco DB. Dinâmica da institucionalização de idosos em Belo Horizonte, Brasil [Dynamics of institutionalization of older adults in Belo Horizonte, Brazil]. Rev Saude Publica = J Public Health. 1999;33(5):454-60.

Chaimowicz F. A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas, pro- jeções e alternativas [Health of the Brazilian elderly population on the eve of the 21st century: current problems, forecasts and alternatives]. Rev Saude Publica = J Public Health. 1997;31(2):184-200.

Rydwik E, Frändin K, Akner G. Physical training in institutionalized elderly people with multi- ple diagnoses--a controlled pilot study. Arch Gerontol Geriatr. 2005;40(1):29-44.

Gorzoni ML, Pires SL. Idosos asilados em hospitais gerais [Long-term care elderly residents in general hospitals]. Rev Saude Publica = J Public Health. 2006;40(6):1124-30.

Hirsch CH, Sommers L, Olsen A, Mullen L, Winograd CH. The natural history of functional morbidity in hospitalized older patients. J Am Geriatr Soc. 1990;38(12):1296-303.

Inouye SK, Peduzzi PN, Robison JT, Hughes JS, Horwitz RI, Concato J. Importance of functional measures in predicting mortality among older hospitalized patients. JAMA. 1998;279(15):1187-93.

Inouye SK, Bogardus ST Jr, Baker DI, Leo-Summers L, Cooney LM Jr. The Hospital Elder Life Program: a model of care to prevent cognitive and functional decline in older hospitalized patients. Hospital Elder Life Program. J Am Geriatr Soc. 2000;48(12):1697-706.

Harik-Khan RI, Wise RA, Fozard JL. Determinants of maximal inspiratory pressure: The Balti- more Longitudinal Study of Aging. Am J Respir Crit Care Med. 1998;158(5 Pt 1):1459-64.

Watsford ML, Murphy AJ, Pine MJ. The effects of ageing on respiratory muscle function and performance in older adults. J Sci Med Sport. 2007;10(1):36-44.

Sharma G, Goodwin J. Effect of aging on respiratory system physiology and immunology. Clin Interv Aging. 2006;1(3):253-60.

Janssens JP, Pache JC, Nicod LP. Physiological changes in respiratory function associated with ageing. Eur Respir J. 1999;13(1):197-205.

Man WD, Kyroussis D, Fleming TA, et al. Cough gastric pressure and maximal expiratory mouth pressure in humans. Am J Respir Crit Care Med. 2003;168(6):714-7.

Neder JA, Andreoni S, Lerario MC, Nery LE. Reference values for lung function tests. II. Maximal respiratory pressures and voluntary ventilation. Braz J Med Biol Res. 1999;32(6): 719-27.

Camelo Júnior JS, Terra Filho J, Manço JC. Pressões respiratórias máximas em adultos nor- mais [Maximal respiratory pressures in normal adults]. J Pneumol. 1985;11(4):181-4.

Steier J, Kaul S, Saymour J, et al. The value of multiple tests of respiratory muscle strength. Thorax. 2007;62(11):975-80.

Chetta A, Harris ML, Lyall RA, et al. Whistle mouth pressure as test of expiratory muscle strength. Eur Respir J. 2001;17(4):688-95.

Black LF, Hyatt RE. Maximal respiratory pressures: normal values and relationship to age and sex. Am Rev Respir Dis. 1969;99(5):696-702.

Soares PP, Moreno AM, Cravo SL, Nóbrega AC. Coronary artery bypass surgery and longitu- dinal evaluation of the autonomic cardiovascular function. Crit Care. 2005;9(2):R124-31.

Hamnegård CH, Wragg S, Kyroussis D, Aquilina R, Moxham J, Green M. Portable measure- ment of maximum mouth pressures. Eur Respir J. 1994;7(2):398-401.

McConnell AK, Copestake AJ. Maximum static respiratory pressures in healthy elderly men and women: issues of reproducibility and interpretation. Respiration. 1999;66(3):251-8.

Watsford M, Murphy A. The effects of respiratory-muscle training on exercise in older women. J Aging Phys Act. 2008;16(3):245-60.

Summerhill EM, Angov N, Garber C, McCool FD. Respiratory muscle strength in the physically active elderly. Lung. 2007;185(6):315-20.

Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation. World Health Organ Tech Rep Ser. 2000;894:i-xii, 1-253.

Lima-Costa MF, Veras R. Saúde pública e envelhecimento [Aging and public health]. Cad Saude Publica. 2003;19(3):700-1.

Simões RP, Auad MA, Dionísio J, Mazzonetto M. Influência da idade e do sexo na força mus- cular respiratória [Influence of age and sex on respiratory muscle strength]. Fisioter Pesqu. 2007;14(1):36-41.

Vincken W, Ghezzo H, Cosio MG. Maximal static respiratory pressures in adults: normal values and their relationship to determinants of respiratory function. Bull Eur Physiopathol Respir. 1987;23(5):435-9.

Powers SK, Criswell D. Adaptive strategies of respiratory muscles in response to endurance exercise. Med Sci Sports Exerc. 1996;28(9):1115-22.

Enright PL, Kronmal RA, Manolio TA, Schenker MB, Hyatt RE. Respiratory muscle strength in the elderly. Correlates and reference values. Cardiovascular Health Study Research Group. Am J Respir Crit Care Med. 1994;149(2 Pt 1):430-8.

De Jonghe B, Bastuji-Garin S, Durand MC, et al. Respiratory weakness is associated with limb weakness and delayed weaning in critical illness. Crit Care Med. 2007;35(9): 2007-15.

Schoenberg JB, Beck GJ, Bouhuys A. Growth and decay of pulmonary function in healthy blacks and whites. Respir Physiol. 1978;33(3):367-93.

Ray CS, Sue DY, Bray G, Hansen JE, Wasserman K. Effects of obesity on respiratory function. Am Rev Respir Dis. 1983;128(3):501-6.

Jubber AS. Respiratory complications of obesity. Int J Clin Pract. 2004;58(6):573-80.

Wannamethee SG, Shaper AG, Whincup PH. Body fat distribution, body composition, and respiratory function in elderly men. Am J Clin Nutr. 2005;82(5):996-1003.

Magnani KL, Cataneo AJ. Respiratory muscle strength in obese individuals and influence of upper-body fat distribution. Sao Paulo Med J. 2007;125(4):215-9.

Naimark A, Cherniak RM. Compliance of the respiratory system and its components in health and obesity. J Appl Physiol. 1960;15:377-82.

Chlif M, Keochkerian D, Mourlhon C, Choquet D, Ahmaidi S. Noninvasive assessment of the tension-time index of inspiratory muscles at rest in obese male subjects. Int J Obes (Lond). 2005;29(12):1478-83.

Poulain M, Doucet M, Major GC, et al. The effect of obesity on chronic respiratory diseases: pathophysiology and therapeutic strategies. CMAJ. 2006;174(9):1293-9.

O’Brien RJ, Drizd TA. Roentgenographic determination of total lung capacity: normal values from a National Population Survey. Am Rev Respir Dis. 1983;128(5):949-52.

Castello V, Simões RP, Bassi D, Mendes RG, Borghi-Silva A. Força muscular respiratória é marcantemente reduzida em mulheres obesas mórbidas [Respiratory muscle strength is markedly reduced in morbid obese women]. Arq ABC. 2007;32(2):74-7. Available from: http://www.fmabc.br/admin/files/revistas/32amabc074.pdf. Accessed in 2009 (Mar 4).

Downloads

Publicado

2009-03-03

Como Citar

1.
Simões RP, Castello V, Auad MA, Dionísio J, Mazzonetto M. Prevalência de redução da força muscular respiratória em idosas institucionalizadas. Sao Paulo Med J [Internet]. 3º de março de 2009 [citado 16º de outubro de 2025];127(2):78-83. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1854

Edição

Seção

Artigo Original