Prevalência de fatores prognósticos em câncer de colo uterino após histerectomia radical

Autores

  • Marília Buenos Aires Cabral Tavares Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí
  • Rodrigo Beserra Sousa Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí
  • Thiago Oliveira e Silva Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí
  • Larissa Almeida Moreira Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí
  • Loyana Teresa Teófilo Lima Silva Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí
  • Carolina Buenos Aires Cabral Tavares Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí
  • Sabas Carlos Vieira Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí

Palavras-chave:

Survival analysis, Cervix uteri, Uterine neoplasms, Hysterectomy, Gynecologic, surgical procedures

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: O câncer do colo do útero é ainda muito frequente no Brasil, sendo importante avaliar os fatores que influenciam no seu prognóstico. O objetivo é analisar a prevalência dos fatores prognósticos anatomoclínicos em pacientes com carcinoma do colo uterino submetidas a histerectomia radical. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo retrospectivo de 301 pacientes com carcinoma invasivo de colo uterino submetidas a histerectomia radical nível III de Piver-Rutledge no Hospital São Marcos. MÉTODOS: Analisaram-se as variáveis: idade, tipo histológico, grau de diferenciação, invasão do espaço linfático, vascular e perineural, metástase linfonodal, distância da margem mais próxima, profundidade de invasão do tumor, tamanho do manguito vaginal, maior diâmetro do tumor, presença de necrose, comprometimento de margens cirúrgicas. Realizou-se estatística descritiva, análise de regressão múltipla, curva de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier e teste log rank. Adotou-se índice de significância de 5%. RESULTADOS: A idade média foi de 48,27 anos. A análise da sobrevida em relação ao grau de diferenciação e profundidade de invasão do tumor, à presença de invasões linfática, sanguínea e perineural, à distância da margem mais próxima e ao tamanho do manguito vaginal não foram importantes no prognóstico. O tamanho do tumor (P < 0,036), presença de metástase linfonodal (P < 0,0004), necrose (P < 0,05) e comprometimento de margens cirúrgicas (P < 0,0015) apresentaram impacto na sobrevida. A sobrevida global com um acompanhamento de 98 meses foi de 88,35%. CONCLUSÃO: Os fatores prognósticos mais prevalentes foram a presença de metástase linfonodal, o tamanho do tumor, a presença de necrose e o comprometimento das margens cirúrgicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marília Buenos Aires Cabral Tavares, Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí

Universidade Federal do Ceará, Hospital Universitário Walter Cantídio , Fortaleza, , Brazil.

Rodrigo Beserra Sousa, Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí

Universidade Federal do Piauí, School of Medicine, Teresina, Brazil.

Thiago Oliveira e Silva, Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí

Universidade Federal do Piauí, School of Medicine, Teresina, Brazil.

Larissa Almeida Moreira, Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí

Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brazil.

Loyana Teresa Teófilo Lima Silva, Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí

Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brazil.

Carolina Buenos Aires Cabral Tavares, Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí

Universidade Federal do Ceará, Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, Fortaleza, Brazil.

Sabas Carlos Vieira, Hospital São Marcos and Universidade Federal do Piauí

Universidade Federal do Piauí, Teresina, Brazil.

Referências

Novoa Vargas A, Echegollen Guzmán A. Epidemiología del cáncer de cérvix en Latinoamérica [Cervical cancer epidemiology in Latin America]. Ginecol Obstet Mex. 2001;69(6):243-6.

Instituto Nacional de Câncer. Estimativas da incidência e mortalidade por câncer no Brasil - 2003 [Estimative of incidence and mortality by cancer in Brazil – 2003]. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Câncer; 2003.

Parkin DM, Bray FI, Devesa SS. Cancer burden in the year 2000. The global picture. Eur J Cancer. 2001;37(Suppl 8):S4-66.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sistema Nacional de Vigilância em Saúde: relatório de situação: Piauí/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pi1.pdf Accessed in 2009 (Jun 22).

Vieira SC, Silva AG, Vale LRG, Lima MM. Preservação dos ovários em cirurgia radical para câncer do colo uterino [Ovarian preservation in radical surgery for cervical cancer]. Rev Bras Ginecol Obstet. 2002;24(10):681-4.

Ho CM, Chien TY, Huang SH, Wu CJ, Shih BY, Chang SC. Multivariate analysis of the prognostic factors and outcomes in early cervical cancer patients undergoing radical hysterectomy. Gynecol Oncol. 2004;93(2):458-64.

Jordan LB, Monaghan H. Pathology of the cervix: recent developments. Clin Oncol (R Coll Radiol). 2004;16(4):248-54.

Tsai CS, Lai CH, Wang CC, et al. The prognostic factors for patients with early cervical cancer treated by radical hysterectomy and postoperative radiotherapy. Gynecol Oncol. 1999;75(3):328-33.

Kristensen GB, Abeler VM, Risberg B, Trop C, Bryne M. Tumor size, depth of invasion, and grading of the invasive tumor front are the main prognostic factors in early squamous cell cervical carcinoma. Gynecol Oncol. 1999;74(2):245-51.

Marchiolé P, Buénerd A, Benchaib M, Nezhat K, Dargent D, Mathevet P. Clinical significance of lympho vascular space involvement and lymph node micrometastases in early-stage cervical cancer: a retrospective case-control surgico-pathological study. Gynecol Oncol. 2005;97(3):727-32.

Creasman WT, Kohler MF. Is lymph vascular space involvement an independent prognostic factor in early cervical cancer? Gynecol Oncol. 2004;92(2):525-9.

Horn LC, Fischer U, Raptis G, Bilek K, Hentschel B. Tumor size is of prognostic value in surgically treated FIGO stage II cervical cancer. Gynecol Oncol. 2007;107(2):310-5.

Ayhan A, Al RA, Baykal C, Demirtas E, Ayhan A, Yüce K. Prognostic factors in FIGO stage IB cervical cancer without lymph node metastasis and the role of adjuvant radiotherapy after radical hysterectomy. Int J Gynecol Cancer. 2004;14(2):286-92.

Chernofsky MR, Felix JC, Muderspach LI, et al. Influence of quantity of lymph vascular space invasion on time to recurrence in women with early-stage squamous cancer of the cervix. Gynecol Oncol. 2006;100(2):288-93.

Horn LC, Fischer U, Raptis G, et al. Pattern of invasion is of prognostic value in surgically treated cervical cancer patients. Gynecol Oncol. 2006;103(3):906-11.

Kodama J, Seki N, Ojima Y, Nakamura K, Hongo A, Hiramatsu Y. Prognostic factors in node-positive patients with stage IB-IIB cervical cancer treated by radical hysterectomy and pelvic lymphadenectomy. Int J Gynaecol Obstet. 2006;93(2):130-5.

Schmitz MJ, Nahhas WA, Clark MA, Brown M. Stage IB carcinoma of the cervix: are all staging tests and procedures necessary? Eur J Gynaecol Oncol. 1994;15(3):199-204.

Fregnani JHTG, Soares FA, Novik PR, Lopes A, Latorre MRDO. Fatores de risco não habituais para metástase linfonodal no câncer do colo do útero [Unusual risk factors for lymph node metastasis in cancer of the uterine cervix]. Rev Assoc Med Bras (1992). 2007;53(4):338-43.

Downloads

Publicado

2009-05-05

Como Citar

1.
Tavares MBAC, Sousa RB, Silva TO e, Moreira LA, Silva LTTL, Tavares CBAC, Vieira SC. Prevalência de fatores prognósticos em câncer de colo uterino após histerectomia radical. Sao Paulo Med J [Internet]. 5º de maio de 2009 [citado 14º de março de 2025];127(3):145-9. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1958

Edição

Seção

Artigo Original