Recursos materiais e humanos para a reanimação neonatal nas maternidades públicas das capitais brasileiras

Autores

  • Maria Fernanda Branco de Almeida Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria
  • Ruth Guinsburg Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria
  • José Orleans da Costa Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria
  • Lêni Márcia Anchieta Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria
  • Lincoln Marcelo Silveira Freire Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria

Palavras-chave:

Recém-nascido, Ressuscitação cardiopulmonar, Ressuscitação, Assistência perinatal, Mortalidade neonatal

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: Em 2002, a mortalidade neonatal precoce brasileira foi 12,42 para cada mil nascidos vivos e a asfixia perinatal foi responsável por 23% dessas mortes. Este estudo visa avaliar a disponibilidade dos recursos necessários para a reanimação neonatal nas salas de parto de hospitais públicos brasileiros. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal multicêntrico de 36 maternidades, em 20 capitais brasileiras, em junho de 2003. MÉTODOS: As maternidades selecionadas em cada região brasileira representaram 1-4% dos nascidos vivos da região. O coordenador local da pesquisa respondeu a um questionário estruturado com dados a respeito da estrutura física, os equipamentos e o pessoal disponível para a reanimação neonatal em cada maternidade. A análise descritiva foi feita por meio do programa Statistical Package for Social Science 10.0. RESULTADOS: 89% das 36 maternidades eram referência para gestação de risco. Cada hospital tinha um número médio mensal de 365 nascimentos (3% < 1.500 g e 15% < 2.500 g). Os 36 hospitais tinham 125 mesas de reanimação (3-4/hospital), todas com calor radiante, fonte de oxigênio e vácuo. Equipamento adequado para ventilação pulmonar estava disponível em mais de 90% das 125 mesas. Em média, um pediatra, três enfermeiras e cinco auxiliares de enfermagem trabalhavam por turno nas salas de parto de cada instituição. Dos 874 pediatras e 1.037 profissionais de enfermagem que atuavam nas salas de parto, 94% e 22% haviam recebido treinamento em reanimação neonatal respectivamente. CONCLUSÕES: As maternidades públicas das capitais brasileiras apresentam salas de parto com infraestrutura adequada para a reanimação neonatal.

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Biografia do Autor

Maria Fernanda Branco de Almeida, Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria

MD. Associate professor, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, SP, Brazil.

Ruth Guinsburg, Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria

MD. Full professor, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM). São Paulo, SP, Brazil.

José Orleans da Costa, Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria

MD. Professor of Clinical Epidemiology, Faculdade de Medicina de Barbacena — Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada (FAME-FUNJOB), Barbacena, Minas Gerais, Brazil.

Lêni Márcia Anchieta, Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria

MD. Adjunct professor, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil.

Lincoln Marcelo Silveira Freire, Neonatal Resuscitation Program of Sociedade Brasileira de Pediatria

MD. Associate professor, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil.

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Publicado

2008-05-05

Como Citar

1.
Almeida MFB de, Guinsburg R, Costa JO da, Anchieta LM, Freire LMS. Recursos materiais e humanos para a reanimação neonatal nas maternidades públicas das capitais brasileiras. Sao Paulo Med J [Internet]. 5º de maio de 2008 [citado 14º de março de 2025];126(3):156-60. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1970

Edição

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Artigo Original