Feocromocitoma maligno cístico gigante com invasão do lobo hepático direito

relato de dois casos

Autores

  • Sergio Renato Pais Costa Hospital do Servidor Público de São Paulo
  • Nivaldo Marques Cabral Hospital do Servidor Público de São Paulo
  • Ademir Torres Abhrão Hospital do Servidor Público de São Paulo
  • Ricardo Borges da Costa Hospital do Servidor Público de São Paulo
  • Lilian Mary da Silva Hospital do Servidor Público de São Paulo
  • Renato Arioni Lupinacci Hospital do Servidor Público de São Paulo

Palavras-chave:

Feocromocitoma, Tumores neuroendócrinos, Hepatectomia, Adrenalectomia, Relatos de casos [tipo de publicação]

Resumo

CONTEXTO: Feocromocitomas císticos são tumores neuroendócrinos raros oriundos da glândula adrenal. Ao contrário dos feocromocitomas sólidos (mais comuns), que usualmente produzem catecolaminas e se manifestam com uma síndrome adrenérgica, os feocromocitomas císticos podem não produzi-las. Por conseguinte, seus sintomas habituais estão relacionados à presença de massa abdominal ou dor, mormente quando atingem grandes dimensões. Devido a essa singularidade, o seu diagnóstico, inclusive radiológico, pode ser complexo. Lesões à direita podem ser confundidas com tumores hepáticos císticos ou mesmo sarcomas de retroperitônio com áreas císticas pelos exames de imagem. Invasão de órgãos contíguos (fígado, rim) ou mesmo massa retroperitoneal de grandes dimensões envolvendo múltiplos órgãos (sem uma origem identificada) podem ser indicativos de sua natureza maligna. RELATO DE CASOS: Os autores relatam dois casos de feocromocitoma cístico gigante com invasão do lobo hepático direito. Esses tumores apresentavam quadro clínico de massa abdominal. Ambos os casos eram de feocromocitomas malignos e foram tratados com nefrectomia radical direita e hepatectomia direita em monobloco.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sergio Renato Pais Costa, Hospital do Servidor Público de São Paulo

MD, MSc. Oncology surgeon, General Surgery and Surgical Oncology Service, Hospital do Servidor Público de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Nivaldo Marques Cabral, Hospital do Servidor Público de São Paulo

MD. General surgeon, General Surgery and Surgical Oncology Service, Hospital do Servidor Público de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Ademir Torres Abhrão, Hospital do Servidor Público de São Paulo

MD. Oncology surgeon, General Surgery and Surgical Oncology Service, Hospital do Servidor Público de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Ricardo Borges da Costa, Hospital do Servidor Público de São Paulo

MD. Pathology Service, Ferdinando Costa Laboratory, São Paulo, Brazil.

Lilian Mary da Silva, Hospital do Servidor Público de São Paulo

MD. Pathology Service, Ferdinando Costa Laboratory, São Paulo, Brazil.

Renato Arioni Lupinacci, Hospital do Servidor Público de São Paulo

MD, PhD. Head of General Surgery and Surgical Oncology Service, Hospital do Servidor Público de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Referências

Pederson LC, Lee JE. Pheochromocytoma. Curr Treat Options Oncol. 2003;4(4):329-37.

Pereira MA, Souza BF, Freire DS, Lucon AM. Feocromoci- toma. [Pheochromocytoma]. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2004;48(5):751-75.

Bravo EL, Tagle R. Pheochromocytoma: state-of-the-art and future prospects. Endocr Rev. 2003;24(4):539-53.

Antedomenico E, Wascher RA. A case of mistaken identity: giant cystic pheochromocytoma. Curr Surg. 2005;62(2):193-8.

Fan MH, Chang AE. Resection of liver tumors: technical aspects. Surg Oncol. 2002;10(4):139-52.

Lee TH, Slywotzky CM, Lavelle MT, Garcia RA. Cystic pheo- chromocytoma. Radiographics. 2002;22(4):935-40.

Goldstein RE, O’Neill JA Jr, Holcomb GW 3rd, et al. Clinical experience over 48 years with pheochromocytoma. Ann Surg. 1999;229(6):755-64; discussion 764-6.

Landsberg L, Young JP. Pheochromocytoma. In: Braunwald E, Fauci AS, Kasper DL, Hauser SL, Longo DL, Jameson JL, editors. Harrison’s principles of internal medicine. 15th ed. New York: McGraw-Hill; 2001. p. 2105-9.

Norton AJ. Adrenal Tumors, Pheochromocytoma. In: DeVita Jr VT, Hellman S, Rosenberg SA, editors. Cancer: principles and practice of oncology. 7th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2005. p. 1770-8.

Melegh Z, Rényi-Vámos F, Tanyay Z, Köves I, Orosz Z. Giant cystic pheochromocytoma located in the renal hilus. Pathol Res Pract. 2002;198(2):103-6; discussion 107-8.

Wu JS, Ahya SN, Reploeg MD, et al. Pheochromocy- toma presenting as a giant cystic tumor of the liver. Surgery. 2000;128(3):482-4.

Bush WH, Elder JS, Crane RE, Wales LR. Cystic pheochromo- cytoma. Urology. 1985;25(3):332-4.

Klinger PJ, Fox TP, Menke DM, Knudsen JM, Fulmer JT. Pheochromocytoma in an incidentally discovered asymptomatic cystic adrenal mass. Mayo Clin Proc. 2000;75(5):517-20.

Tazi K, Elmalki HO, Ei Fassi MJ, Koutani A, Hachimi M, Lakrissa A. Une forme rare de phéochromocytome surrénalien: masse kystique asymptomatique. [Unusual form of adrenal pheochromocytoma: asymptomatic cystic mass]. Prog Urol. 2001;11(2):293-5.

Minei S, Yamashita H, Koh H, et al. [Giant cystic pheochromo- cytoma: a case report]. Hinyokika Kiyo. 2001;47(8):561-3.

Matoba T, Fukumoto A, Takayama K, Yokota T, Toshima

H. Electrocardiogram and vectorcardiogram on paroxysmal hypertension of cystic pheochromocytoma. Report of a case. Jpn Heart J. 1965;6(5):483-9.

Gonzalez RJ, Lee JE. Adrenal Tumors. In: Feig BW, Berger DH, Fuhrman GM, editors. The M.D. Anderson surgical oncology handbook. 4th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2006. p. 419-39.

Downloads

Publicado

2008-07-07

Como Citar

1.
Costa SRP, Cabral NM, Abhrão AT, Costa RB da, Silva LM da, Lupinacci RA. Feocromocitoma maligno cístico gigante com invasão do lobo hepático direito: relato de dois casos. Sao Paulo Med J [Internet]. 7º de julho de 2008 [citado 16º de outubro de 2025];126(4):229-31. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/1981

Edição

Seção

Relato de Caso