Arterial embolectomy in lower limbs

Autores

  • Nelson Wolosker Universidade de São Paulo
  • Sérgio Kuzniec Universidade de São Paulo
  • Alvaro Gaudêncio Universidade de São Paulo
  • Luis Ricardo Amaral Salles Universidade de São Paulo
  • Ruben Rosoky Universidade de São Paulo
  • Ricardo Aun Universidade de São Paulo
  • Pedro Puech-Leão Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Femoral artery, Vascular surgery, Embolectomy

Resumo

As embolias arteriais de membros inferiores ocorrem com grande freqüência na população em geral, correspondendo a importante área de interesse ao cirurgião vascular. Os autores analisaram 159 casos de embolia arterial em membros inferiores, atendidos de janeiro de 1991 a julho de 1993. A idade variou entre 12 a 98 anos (média de 58 anos), 81 pacientes eram do sexo masculino e 78 do sexo feminino. A etiologia da embolia foi na grande maioria dos casos bem definida, sendo que a principal causa foi a fibrilação atrial (78%). A oclusão da artéria femoral foi a mais frequente (53,4%). Todos os pacientes desta série apresentavam isquemia grave de membro. Nenhum paciente estava com gangrena à admissão. A maioria dos pacientes apresentava tempo de isquemia entre o início do quadro e da liberação do fluxo arterial menor que 24 horas (67,9%). Todos os pacientes foram submetidos a embolectomia de membro inferior com catéter de Fogarty, 70,9% por acesso femoral. Empregou-se a fasciotomia em 48 pacientes devido a presença de síndrome comportamental. Dezenove pacientes faleceram, no pós-operatório imediato, a maioria deles por insuficiência cardíaca (68,4%). Dos 140 pacientes (150 membros) operados que sobreviveram, 23 (16,4%) apresentaram perda de membro após oclusão da árvore arterial previamente desobstruída pela embolectomia. Houve preservação de 127 membros (84,6%) em 117 pacientes (83,5%). Foi necessária a reiteração (nova passagem do catéter de fogarty) em onze casos (7,3%). Os pacientes com empastamento muscular, plegia ou tempo de isquemia maior que 24 horas tiveram piores resultados quanto à preservação de membro (p<0,05). Concluímos que em casos de embolia de membro inferior, apresentando-se o paciente em boas condições clínicas e com o membro sem necrose instalada, vale a pena a realização da embolectomia com catéter de Fogarty, devido aos bons resultados quanto à preservação do membro e baixos índices de complicações derivadas do procedimento cirúrgico. A preservação de membro foi significativamente maior nos pacientes sem empastamento muscular, com tempo de isquemia menor que 24 horas e atividade motora normal.

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Biografia do Autor

Nelson Wolosker, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, College of Medicine, General Hospital, São Paulo, Brazil.

Sérgio Kuzniec, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, College of Medicine, General Hospital, São Paulo, Brazil.

Alvaro Gaudêncio, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, College of Medicine, General Hospital, São Paulo, Brazil.

Luis Ricardo Amaral Salles, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, College of Medicine, General Hospital, São Paulo, Brazil.

Ruben Rosoky, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, College of Medicine, General Hospital, São Paulo, Brazil.

Ricardo Aun, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, College of Medicine, General Hospital, São Paulo, Brazil.

Pedro Puech-Leão, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, College of Medicine, General Hospital, São Paulo, Brazil.

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Publicado

1996-07-07

Como Citar

1.
Wolosker N, Kuzniec S, Gaudêncio A, Salles LRA, Rosoky R, Aun R, Puech-Leão P. Arterial embolectomy in lower limbs. Sao Paulo Med J [Internet]. 7º de julho de 1996 [citado 16º de outubro de 2025];114(4):1226-30. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2012

Edição

Seção

Relato de Caso