Comparação entre a ultra-sonografia e a tomografia computadorizada helicoidal sem contraste em atendimento radiológico de urgência no diagnóstico da litíase ureteral em pacientes com cólica renal aguda

Autores

  • Luís Ronan Marquez Ferreira de Souza Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Suzan Menasce Goldman Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Salomão Faintuch Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Juliano Ferreira Faria Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Daniel Bekhor Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Dario Ariel Tiferes Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Valdemar Ortiz Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Peter Choyke Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Jacob Szejnfeld Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

Palavras-chave:

Tomografia computadorizada espiral, Ultra-sonografia, Cálculos ureterais, Litíase, Dor no flanco

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: Estudos atuais demonstram que a tomografi a computadorizada helicoidal sem contraste (TC) apresenta maior acurácia do que a ultra-sonografi a (US) no diagnóstico da ureterolitíase aguda, porém, poucos estudos a esse respeito foram realizados em atendimento radiológico de urgência de hospital universitário. Nossos objetivos foram comparar a sensibilidade diagnóstica da US com a TC realizadas por residentes no diagnóstico de ureterolitíase aguda e comparar a análise da TC interpretada por residentes e radiologistas experientes. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo de 52 pacientes com cólica renal aguda, que foram submetidos a exame de US seguido de TC em período máximo de oito horas no Hospital São Paulo. MÉTODOS: Os exames de US foram realizados por médicos residentes e conferidos pelos preceptores, já os de TC foram analisados por outro residente e posteriormente analisados por três radiologistas independentes. RESULTADOS: Nos 52 pacientes analisados foram encontrados 40 cálculos ureterais na TC (77%). A US apresentou uma sensibilidade de 22% e especifi cidade de 100%, que aumentou para 73% e 82% respectivamente, quando se associou a identifi cação da dilatação do sistema coletor. A TC analisada pelo residente e pelos radiologistas apresentou uma excelente correlação para identifi cação do cálculo ureteral, para heterogeneidade da gordura peri-renal e para dilatação do sistema coletor. CONCLUSÕES: A US realizada pelos residentes tem menor sensibilidade no diagnóstico da litíase ureteral, quando comparada à TC, mesmo quando associada à presença de dilatação do sistema coletor. Residentes e radiologistas especialistas apresentaram excelente concordância no diagnóstico de litíase ureteral.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luís Ronan Marquez Ferreira de Souza, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Diagnostic Imaging Department, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Suzan Menasce Goldman, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Diagnostic Imaging Department, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Salomão Faintuch, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD. Diagnostic Imaging Department, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Juliano Ferreira Faria, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD. Diagnostic Imaging Department, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Daniel Bekhor, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Diagnostic Imaging Department, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Dario Ariel Tiferes, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Diagnostic Imaging Department, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Valdemar Ortiz, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Department of Urology, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Peter Choyke, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Diagnostic Radiology Department, The Clinical Center, National Institutes of Health, Bethesda, Maryland, United States.

Jacob Szejnfeld, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Diagnostic Imaging Department, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brazil.

Referências

Smith RC, Rosenfield AT, Choe KA, et al. Acute flank pain: comparison of non-contrast-enhanced CT and intravenous urography. Radiology. 1995;194(3):789-94.

Tamm EP, Silverman PM, Shuman WP. Evaluation of the pa- tient with flank pain and possible ureteral calculus. Radiology. 2003;228(2):319-29.

Sourtzis S, Thibeau JF, Damry N, Raslan A, Vandendris M, Bel- lemans M. Radiologic investigation of renal colic: unenhanced helical CT compared with excretory urography. AJR Am J Roentgenol. 1999;172(6):1491-4.

Goldman SM, Faintuch S, Ajzen SA, et al. Diagnostic value of attenuation measurements of the kidney on unenhanced heli- cal CT of obstructive ureterolithiasis. AJR Am J Roentgenol. 2004;182(5):1251-4.

Lanoue MZ, Mindell HJ. The use of unenhanced helical CT to evaluate suspected renal colic. AJR Am J Roentgenol. 1997;169(6):1579-84.

Souza LRMF, Faintuch S, De Nicola H, et al. A tomografia computadorizada helicoidal no diagnóstico da litíase ureteral. Rev Imagem. 2004;26(4):315-21. Available from: http://www. spr.org.br/default.aspx?pagid=ERNCOPUI&menuid=268#. Accessed in 2007 (Feb 13).

Dyer RB, Zagoria RJ. Radiological evaluation of ureteral calculi and acute ureteral obstruction. In: Pollack HM, editor. Clinical urography. Philadelphia: WB Saunders; 1990. p. 2200-38.

Smith RC, Varanelli M. Diagnosis and management of acute ureterolithiasis: CT is truth. AJR Am J Roentgenol. 2000;175(1):3-6.

Patlas M, Farkas A, Fisher D, Zaghal I, Hadas-Halpern I. Ul- trasound vs CT for the detection of ureteric stones in patients with renal colic. Br J Radiol. 2001;74(886):901-4.

Middleton WD, Dodds WJ, Lawson TL, Foley WD. Re- nal calculi: sensitivity for detection with US. Radiology. 1988;167(1):239-44.

Sheafor DH, Hertzberg BS, Freed KS, et al. Nonenhanced helical CT and US in the emergency evaluation of patients with renal colic: prospective comparison. Radiology. 2000;217(3):792-7.

Freed KS, Paulson EK, Frederick MG, et al. Interobserver vari- ability in the interpretation of unenhanced helical CT for the diagnosis of ureteral stone disease. J Comput Assist Tomogr. 1998;22(5):732-7.

Catalano O, Nunziata A, Altei F, Siani A. Suspected ureteral colic: primary helical CT versus selective helical CT after unenhanced radiography and sonography. AJR Am J Roent- genol. 2002;178(2):379-87.

Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics. 1977;33(1):159-74.

Fowler KA, Locken JA, Duchesne JH, Williamson MR. US for detecting renal calculi with nonenhanced CT as a reference standard. Radiology. 2002;222(1):109-13.

Drach GW. Urinary lithiasis. Etiology, diagnosis and medical management. In: Walsh PC, Retik AB, Stamey TA, Vaughan ED Jr, editors. Campbell’s urology. 6th ed. Philadelphia: WB Saunders; 1992. p. 2085-156.

Platt JF. Urinary obstruction. Radiol Clin North Am. 1996;34(6):1113-29.

Sudah M, Vanninen RL, Partanen K, et al. Patients with acute flank pain: comparison of MR urography with unenhanced helical CT. Radiology. 2002;223(1):98-105.

Preminger GM, Vieweg J, Leder RA, Nelson RC. Urolithiasis: detection and management with unenhanced spiral CT--a urologic perspective. Radiology. 1998;207(2):308-9.

Memarsadeghi M, Heinz-Peer G, Helbich TH, et al. Unen- hanced multi-detector row CT in patients suspected of having urinary stone disease: effect of section width on diagnosis. Radiology. 2005;235(2):530-6.

Katz D, Hines J, Rausch DR, et al. Unenhanced heli- cal CT for suspected renal colic. AJR Am J Roentgenol. 1999;173(2):425-30.

Coll DM, Varanelli MJ, Smith RC. Relationship of spontane- ous passage of ureteral calculi to stone size and location as revealed by unenhanced helical CT. AJR Am J Roentgenol. 2002;178(1):101-3.

Bell TV, Fenlon HM, Davison BD, Ahari HK, Hus- sain S. Unenhanced helical CT criteria to differentiate distal ureteral calculi from pelvic phleboliths. Radiology. 1998;207(2):363-7.

Chen MY, Zagoria RJ, Saunders HS, Dyer RB. Trends in the use of unenhanced helical CT for acute urinary colic. AJR Am J Roentgenol. 1999;173(6):1447-50.

Smith RC, Verga M, McCarthy S, Rosenfield AT. Diagnosis of acute flank pain: value of unenhanced helical CT. AJR Am J Roentgenol. 1996;166(1):97-101.

Grisi G, Stacul F, Cuttin R, Rimondini A, Meduri S, Dalla Palma

L. Cost analysis of different protocols for imaging a patient with acute flank pain. Eur Radiol. 2000;10(10):1620-7.

Levine JA, Neitlich J, Verga M, Dalrymple N, Smith RC. Ureteral calculi in patients with flank pain: correlation of plain radiography with unenhanced helical CT. Radiology. 1997;204(1):27-31.

Haddad MC, Sharif HS, Shahed MS, et al. Renal colic: diagnosis and outcome. Radiology. 1992;184(1):83-8.

Smith RC, Verga M, Dalrymple N, McCarthy S, Rosen- field AT. Acute ureteral obstruction: value of secondary signs on helical unenhanced CT. AJR Am J Roentgenol. 1996;167(5):1109-13.

Dalrymple NC, Casford B, Raiken DP, Elsass KD, Pagan RA. Pearls and pitfalls in the diagnosis of ureterolithiasis with un- enhanced helical CT. Radiographics. 2000;20(2):439-47; quiz 527-8, 532.

Ege G, Akman H, Kuzucu K, Yildiz S. Acute uretero- lithiasis: incidence of secondary signs on unenhanced helical CT and influence on patient management. Clin Radiol. 2003;58(12):990-4.

Varanelli MJ, Coll DM, Levine JA, Rosenfield AT, Smith RC. Relationship between duration of pain and secondary signs of obstruction of the urinary tract on unenhanced helical CT. AJR Am J Roentgenol. 2001;177(2):325-30.

Svedstrom E, Alanen A, Nurmi M. Radiologic diagnosis of renal colic: the role of plain films, excretory urography and sonography. Eur J Radiol. 1990;11(3):180-3.

Reis-Santos JM, Reis-Santos KT. Urinary obstruction due to lithiasis. Br J Urol. 2000;26(4):360-71. Available from http:// www.brazjurol.com.br/pdf/reis_santos_360_371.pdf. Accessed in 2007 (Feb 13).

Galvão Filho MM, D’Íppolito G, Hartmann LG, et al. O valor da tomografia computadorizada helicoidal sem contraste na ava- liação de pacientes com dor no flanco. [The value of unenhanced helical computed tomography in the evaluation of patients with pain in the flank]. Radiol Bras. 2001;34(3):129-34.

Sandhu C, Anson KM, Patel U. Urinary tract stones--Part I: role of radiological imaging in diagnosis and treatment planning. Clin Radiol. 2003;58(6):415-21.

Downloads

Publicado

2007-03-03

Como Citar

1.
Souza LRMF de, Goldman SM, Faintuch S, Faria JF, Bekhor D, Tiferes DA, Ortiz V, Choyke P, Szejnfeld J. Comparação entre a ultra-sonografia e a tomografia computadorizada helicoidal sem contraste em atendimento radiológico de urgência no diagnóstico da litíase ureteral em pacientes com cólica renal aguda. Sao Paulo Med J [Internet]. 3º de março de 2007 [citado 10º de março de 2025];125(2):102-7. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2082

Edição

Seção

Artigo Original