Expressão das proteínas c-erbB-2 e p53 nos ductos normais, carcinoma ductal in situ e carcinoma invasivo da mesma mama

Autores

  • Marcus Vinicius Martins de Menezes Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas
  • Anna Letícia Oliveira Cestari Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas
  • Orlando Almeida Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas
  • Marcelo Alvarenga Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas
  • Glauce Aparecida Pinto Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas
  • Maria Salete Costa Gurgel Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas
  • Gustavo Antonio de Souza Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas
  • Luiz Carlos Zeferino Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Neoplasias mamárias, Carcinoma ductal in situ, Carcinoma de ductos infiltrante, Proteína c-erbB-2, Proteína p53

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: O câncer de mama se origina de lesões não-invasivas, tais como as hiperplasias atípicas e o carcinoma ductal in situ, porém não se sabe exatamente como o câncer se torna invasivo. O objetivo foi verificar alterações na expressão das proteínas c-erbB-2 e p53 entre ductos não-neoplásicos, carcinoma ductal in situ e carcinoma ductal invasivo presentes na mesma mama. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, realizado no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Campinas, São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Cinqüenta e seis mulheres com o diagnóstico de carcinoma ductal invasivo e carcinoma ductal in situ na mesma mama foram selecionadas e incluídas neste estudo. A expressão das proteínas c-erbB-2 e p53 foi avaliada usando imunoistoquímica. RESULTADOS: A proteína c-erbB-2 estava ausente nos ductos não-neoplásicos, mas estava presente em 46% e 36%, respectivamente, dos componentes de carcinomas in situ e invasivos. Apenas 2% dos ductos não- neoplásicos, 18% e 16% dos carcinomas in situ e carcinomas invasivos, respectivamente, foram positivos para a proteína p53. Não houve diferença significativa na expressão das proteínas c-erbB-2 e p53 entre os carcinomas ductal in situ e invasivo. A concordância do grau nuclear entre os carcinomas ductal in situ e invasivo foi muito boa. CONCLUSÕES: A capacidade de invadir do carcinoma in situ parece independente dos genes HER-2/neu e TP53. A aparência geral do carcinoma de mama é formulada na iniciação da carcinogênese e os genes Her-2/neu e TP53 estão envolvidos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcus Vinicius Martins de Menezes, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas

MD. Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, São Paulo, Brazil.

Anna Letícia Oliveira Cestari, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas

MD. Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, São Paulo, Brazil.

Orlando Almeida, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas

MD, PhD. Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, São Paulo, Brazil.

Marcelo Alvarenga, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas

MD, PhD. Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas; and Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM/Unicamp), Campinas, São Paulo, Brazil.

Glauce Aparecida Pinto, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas

PhD. Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas (CAISM/Unicamp), Campinas, São Paulo, Brazil.

Maria Salete Costa Gurgel, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas

MD, PhD. Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, São Paulo, Brazil.

Gustavo Antonio de Souza, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas

MD, PhD. Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas; and Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, (CAISM/Unicamp), Campinas, São Paulo, Brazil.

Luiz Carlos Zeferino, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas

MD, PhD.Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas; and Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM/Unicamp), Campinas, São Paulo, Brazil.

Referências

Farabegoli F, Champeme MH, Bieche I, et al. Genetic pathways in the evolution of breast ductal carcinoma in situ. J Pathol. 2002;196(3):280-6.

Burstein HJ, Polyak K, Wong JS, Lester SC, Kaelin CM. Ductal carcinoma in situ of the breast. N Engl J Med. 2004;350(14):1430-41.

Aubele MM, Cummings MC, Mattis AE, et al. Accumulation of chromosomal imbalances from intraductal proliferative lesions to adjacent in situ and invasive ductal breast cancer. Diagn Mol Pathol. 2000;9(1):14-9.

Mommers EC, Leonhart AM, Falix F, et al. Similarity in expression of cell cycle proteins between in situ and invasive ductal breast lesions of same differentiation grade. J Pathol. 2001;194(3):327-33.

Warnberg F, Nordgren H, Bergkvist L, Holmberg L. Tumour markers in breast carcinoma correlate with grade rather than with invasiveness. Br J Cancer. 2001;85(6):869-74.

Goldstein NS, Murphy T. Intraductal carcinoma associated with invasive carcinoma of the breast. A comparison of the two lesions with implications for intraductal carcinoma classification systems. Am J Clin Pathol. 1996;106(3):312-8.

Consensus Conference on the classification of ductal carci- noma in situ. The Consensus Conference Committee. Cancer. 1997;80(9):1798-802.

Altman DG. Practical statistics for medical research. London: Chapman & Hall; 1991.

De Potter CR, Van Daelle S, Van de Vijver MJ, et al. The expression of the neu oncogene product in breast lesions and in normal fetal and adult human tissues. Histopathology. 1989;15(4):351-62.

Umekita Y, Takasaki T, Yoshida H. Expression of p53 protein in benign epithelial hyperplasia, atypical ductal hyperplasia, non-invasive and invasive mammary carcinoma: an immuno- histochemical study. Virchows Arch. 1994;424(5):491-4.

Allred DC, Clark GM, Molina R, et al. Overexpression of HER- 2/neu and its relationship with other prognostic factors change during the progression of in situ to invasive breast cancer. Hum Pathol. 1992;23(9):974-9.

Allred DC, Harvey JM, Berardo M, Clark GM. Prognostic and predictive factors in breast cancer by immunohistochemical analysis. Mod Pathol. 1998;11(2):155-68.

Aubele M, Werner M, Höfler H. Genetic alterations in presump- tive precursor lesions of breast carcinomas. Anal Cell Pathol. 2002;24(2-3):69-76.

Allred DC, Mohsin SK, Fuqua SA. Histological and biological evolution of human premalignant breast disease. Endocr Relat Cancer. 2001;8(1):47-61.

Coene ED, Schelfhout V, Winkler RA, et al. Amplification units and translocation at chromosome 17q and c-erbB-2 overexpression in the pathogenesis of breast cancer. Virchows Arch. 1997;430(5):365-72.

Heffelfinger SC, Yassin R, Miller MA, Lower EE. Cyclin D1, retinoblastoma, p53, and Her2/neu protein expression in preinvasive breast pathologies: correlation with vascularity. Pathobiology. 2000;68(3):129-36.

Schnitt SJ, Connolly JL, Tavassoli FA, et al. Interobserver reproducibility in the diagnosis of ductal proliferative breast lesions using standardized criteria. Am J Surg Pathol. 1992;16(12):1133-43.

Révillion F, Bonneterre J, Peyrat JP. ERBB2 oncogene in hu- man breast cancer and its clinical significance. Eur J Cancer. 1998;34(6):791-808.

Warnberg F, Casalini P, Nordgren H, Bergkvist L, Holmberg L, Menard S. Ductal carcinoma in situ of the breast: a new phenotype classification system and its relation to prognosis. Breast Cancer Res Treat. 2002;73(3):215-21.

Alexiev BA, Bassarova AV, Popovska SL, Popov AA, Christov CZ. Expression of c-erbB-2 oncogene and p53 tumor suppressor gene in benign and malignant breast tissue: correlation with proliferative activity and prognostic index. Gen Diagn Pathol. 1997;142(5-6):271-9.

Viacava P, Naccarato AG, Bevilacqua G. Different proliferative patterns characterize different preinvasive breast lesions. J Pathol. 1999;188(3):245-51.

Giardina C, Serio G, Lepore G, et al. Pure ductal carcinoma in situ and in situ component of ductal invasive carcinoma of the breast. A preliminary morphometric study. J Exp Clin Cancer Res. 2003;22(2):279-88.

Porter D, Lahti-Domenici J, Keshaviah A, et al. Molecular markers in ductal carcinoma in situ of the breast. Mol Cancer Res. 2003;1(5):362-75.

Ma XJ, Salunga R, Tuggle JT, et al. Gene expression profiles of human breast cancer progression. Proc Natl Acad Sci U S A. 2003;100(10):5974-9.

Downloads

Publicado

2006-05-05

Como Citar

1.
Menezes MVM de, Cestari ALO, Almeida O, Alvarenga M, Pinto GA, Gurgel MSC, Souza GA de, Zeferino LC. Expressão das proteínas c-erbB-2 e p53 nos ductos normais, carcinoma ductal in situ e carcinoma invasivo da mesma mama. Sao Paulo Med J [Internet]. 5º de maio de 2006 [citado 10º de março de 2025];124(3):121-4. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2223

Edição

Seção

Artigo Original