Baixa sensibilidade da cintigrafia óssea trifásica no diagnóstico de lesão por esforço repetitivo
Palavras-chave:
Cintilografia, Tecnécio, Transtornos traumáticos cumulativos, Extremidade superiorResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: O diagnóstico das lesões por esforço repetitivo (LER) é difícil e baseado em sinais clínicos, exame físico e testes complementares. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilidade da cintilografia óssea trifásica (COT) no diagnóstico das lesões por esforço repetitivo. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo realizado no Serviço de Medicina Nuclear, Departamento de Radiologia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campi- nas, Brasil. MÉTODOS: Foram estudados 73 pacientes (47 homens; idade média 31,2 anos) com diagnóstico clínico de LER nos membros superiores. Um total de 127 articulações com diagnóstico clínico de LER foram estudadas. As imagens foram submetidas à análise semi-quantitativa dos ombros, cotovelos e punhos, usando as diáfises dos úmeros e ulnas como referência. Os resultados foram comparados com um grupo controle de 40 indivíduos normais. O quadro clínico dos pacientes foi usado como “padrão ouro” para calcular as probabilidades. RESULTADOS: Na análise visual dos pacientes foram observadas alterações em quatro articulações na fase do fluxo sangüíneo, em 11 articulações na fase de equilíbrio e em 26 articulações nas imagens tardias. A análise visual das articulações do grupo controle não mostrou alterações. Na análise semi-quantitativa, a maioria dos valores dos pacientes foram normais. As exceções foram os punhos dos pacientes com lesões por esforço repetitivo no lado esquerdo (p = 0,0216). Entretanto, a sensibilidade (9%) e a acurácia (41%) foram muito baixas. CONCLUSÃO: A COT com análise semi-quantitativa apresenta sensibilidade e acurácia muito baixas para detectar LER nos membros superiores.
Downloads
Referências
Bywaters EGL. Lesions of bursae, tendons and tendon sheaths. Clin Rheum Dis. 1979;5(3):883-926.
Buckle PW. Work factors and upper limb disorders. BMJ. 1997;315(7119):1360-3.
Bird HA, Hill J. Repetitive strain disorder: towards diagnostic criteria. Ann Rheum Dis. 1992;51(8):974-7.
Panush RS. Occupational and Recreational Musculoskeletal Disorders. In: Ruddy S, Harris ED Jr, Sledge CB, Budd RC, Sergent JS, editors. Kelley’s Textbook of Rheumatology. 6th ed. Philadelphia: WB Saunders; 2001. p. 429-38.
Evans DM, Lawton DS. Assessment of hand function. Clin Rheum Dis. 1984;10(3):697-725.
Leclerc A, Chastang JF, Niedhammer I, Landre MF, Roquelaure
Hagberg M. Clinical assessment, prognosis and return to work with reference to work related neck and upper limb disorders. G Ital Med Lav Ergon. 2005;27(1):51-7.
Tsauo JY, Lee HY, Hsu JH, Chen CY, Chen CJ. Physical exercise and health education for neck and shoulder complaints among sedentary workers. J Rehabil Med. 2004;36(6):253-7.
Pozderac RV. Longitudinal tibial fatigue fracture: an uncom- mon stress fracture with characteristic features. Clin Nucl Med. 2002;27(7):475-8.
Drubach LA, Connolly LP, D’Hemecourt PA, Treves ST. Assessment of the clinical significance of asymptomatic lower extremity uptake abnormality in young athletes. J Nucl Med.2001;42(2):209-12.injury with radionuclide and Doppler ultrasound studies. A case report. Clin Nucl Med. 1995;20(7):615-8.
Mühlen CA, Santos CS, Paiva CC, et al. Lesões por esforços repetitivos em digitadores: ineficácia do método cintilográfico na detecção de periartrites dos membros superiores. [Lesions due to repetitive efforts in keyboard operators: inefficacy of scintigraphic method in detection of periarthritis of the upper limbs]. Rev Bras Reumatol. 1991;31(6):195-8.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.