Mastectomia radical modificada com conservação de um ou de ambos músculos peitorais no tratamento do câncer de mama
complicações intra e pós-operatórias
Palavras-chave:
Câncer de mama, Mama, Mastectomia, Técnicas, Tratamento, Complicações, NeoplasiasResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: A mastectomia radical modificada continua a ser amplamente usada para o tratamento de câncer de mama. Porém, até agora, a preservação do músculo peitoral secundário (técnica de Madden) não foi prospectivamente comparada à técnica de Patey. O objetivo deste trabalho foi comparar as duas técnicas de mastectomias radicais modificadas, analisando o grau de dificuldade e as complicações. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo randomizado, realizado na Unidade de Mama do Hospital Araújo Jorge, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiás, Brazil. MÉTODOS: 430 pacientes portadoras de câncer de mama com indicação de mastectomia radical modificada foram incluídas no programa. Foram disponíveis para análise 426 pacientes, das quais 225 alocadas no grupo Patey e 201 no grupo Madden. A análise foi feita por intenção de tratamento, usando-se o Qui-quadrado ou o teste t de Student, quando aplicáveis. RESULTADOS: A distribuição das características demográficas pacientes foi semelhante entre os grupos. A duração média da cirurgia foi de 105 minutos (DP ± 29.9) e 102 (DP ± 33) para o grupo Patey e Madden, respectivamente (p = 0,6). O tempo de internação foi de 2,3 dias para ambos os grupos. A média de lin- fonodos ressecados foi de 20,3 (DP ± 7,6) para Patey e 19,8 (DP ± 8,1) para Madden (p = 0,5). Não houve diferenças entre as complicações vasculares, nervosas, hematomas, infecções, bem quanto à dificuldade relatada pelo cirurgião. CONCLUSÃO: A retirada do músculo pequeno peitoral não influenciou nenhuma das variáveis estudadas. As técnicas de mastectomias radicais modificadas, Patey e Madden, foram semelhantes em todos os critérios observados, podendo ser executadas de acordo com a preferência do cirurgião.
Downloads
Referências
Veronesi U, Cascinelli N, Mariani L, et al. Twenty-year follow- up of a randomized study comparing breast-conserving surgery with radical mastectomy for early breast cancer. N Engl J Med. 2002;347(16):1227-32.
Fisher B, Anderson S, Bryant J, et al. Twenty-year follow-up of a randomized trial comparing total mastectomy, lumpectomy, and lumpectomy plus irradiation for the treatment of invasive breast cancer. N Engl J Med. 2002;347(16):1233-41.
Freitas-Junior R, Paulinelli RR, Coelho ASG, et al. Análise da so- brevida de pacientes com câncer de mama localmente avançado submetidas à quimioterapia neo-adjuvante (FACV). [Analysis of the survival of patients with locally advanced breast cancer neoplasm submitted to neoadjuvant chemotherapy (FACV)]. Rev Bras Mastologia. 1997;7(1):9-15.
Queiroz GS, Jorge EA, Dourado FA, et al. Avaliação da dissecção axilar na mastectomia radical modificada a Madden para o tratamento do câncer mamário. [Evaluation of axillary dissection in Madden modified radical mastectomy for treatment of breast cancer]. Rev Bras Cancerol. 1994;40(2):75-7.
Silveira Júnior LP, Freitas-Júnior R, Carneiro AB, Ribeiro LFJ, Queiroz GS. Fatores sócio-demográficos associados com o estadiamento das pacientes com câncer de mama. [Sociodemo- graphic factors associated with diagnostic staging of patients with breast cancer]. Rev Bras Ginecol Obstet. 1996;18(5):411-5.
Patey DH, Dyson WH. The prognosis of carcinoma of the breast in relation to the type of operation performed. Br J Cancer. 1948;2(3):7-13.
Madden JL. Modified radical mastectomy. Surg Gynecol Obstet. 1965;121(6):1221-30.
Argonz VE, Mon AB, Giardini A, Sánchez Almeyra R. Técnica de Kodama: alternativa para el vaciamiento axilar en la maste- tomía radical modificada. [Kodama technic: alternative for axilar emptying in the modified radical mastectomy]. Rev Argent Cir. 1985;49(3/4):105-7.
Silveira GPG, Matzenbacher MC, Irion K, Irion EC. Radicali- dade da mastectomia e o pequeno peitoral. Rev Med PUCRS. 1989;1(2):73-7.
Dasgupta S, Sanyal S, Sengupta SP. Transpectoral anterior approach to the axilla for lymph node dissection in association with mastectomy preserving both pectoral muscles and their neurovascular bundles. Tumori. 1999;85(6):498-502.
Lumachi F, Burelli P, Basso SM, Iacobone M, Ermani M. Use- fulness of ultrasound scissors in reducing serous drainage after axillary dissection for breast cancer: a prospective randomized clinical study. Am Surg. 2004;70(1):80-4.
Jain PK, Sowdi R, Anderson AD, MacFie J. Randomized clinical trial investigating the use of drains and fibrin sealant following surgery for breast cancer. Br J Surg. 2004;91(1):54-60.
McCready D, Holloway C, Shelley W, et al. Surgical manage- ment of early stage invasive breast cancer: a practice guideline. Can J Surg. 2005;48(3):185-94.
Wong SL, Abell TD, Chao C, Edwards MJ, McMasters KM. Optimal use of sentinel lymph node biopsy versus axillary lymph node dissection in patients with breast carcinoma: a decision analysis. Cancer. 2002;95(3):478-87.
Schrenk P, Konstantiniuk S, Wölfl S, et al. Prediction of non-sen- tinel lymph node status in breast cancer with a micrometastatic sentinel node. Br J Surg. 2005;92(6):707-13.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.