Permeablidade da tuba contralateral após o tratamento cirúrgico e clínico da gravidez ectópica

Autores

  • Julio Elito Junior Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Kyung Koo Han Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina
  • Luiz Camano Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

Palavras-chave:

Gravidez ectópica, Metotrexato, Histerossalpingografia, Gonadotropina coriônica, Infertilidade

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: Como existem poucas informações a respeito do futuro reprodutivo das pacien- tes tratadas de gravidez ectópica através do tratamento clínico (metotrexato e conduta expectante) e da cirurgia (salpingectomia), avaliamos as histerossalpingografias após o tratamento da gravidez ectópica. O objetivo foi avaliar a permeabilidade da tuba contralateral pela histerossalpingografia após o tratamento cirúrgico e clínico da gravidez tubária. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo realizado no Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (centro terciário). MÉTODOS: Foram realizadas 115 histerossalpingografias após o tratamento clínico e cirúrgico da gravidez tubária no período de 1994 a 2002, sendo que 30 após o tratamento com dose única de metotrexato (50 mg/m2) intramuscular, 50 após a conduta expectante e 35 após a salpingectomia. RESULTADOS: A permeabilidade tubária ipsilateral foi de 84% após o tratamento com metotrexato e de 78% após a conduta expectante. A permeabilidade da tuba contralateral foi de 97% após o tratamento com metotrexato, 92% após a conduta expectante e 83% após a salpingectomia. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos de tratamento cirúrgico e clínico. CONCLUSÃO: Os dados deste estudo sugerem que a permeabilidade tubária contralateral é similar após a salpingectomia, o tratamento com metotrexato e a conduta expectante.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Julio Elito Junior, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Professor in the Obstetrics Department, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, São Paulo, Brazil.

Kyung Koo Han, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Obstetrics Department, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, São Paulo, Brazil.

Luiz Camano, Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina

MD, PhD. Professor in the Obstetrics Department, Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, São Paulo, Brazil.

Referências

Center for Disease Control and Prevention (CDC). Ectopic pregnancy -- United States, 1990-1992. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 1995;44(3):46-8.

Ankun WM, Van der Veen F, Hamerlynck JV, Lammes FB. Transvaginal sonography and human chorionic gonadotrophin measurements in suspected ectopic pregnancy: a detailed analysis of a diagnostic approach. Hum Reprod. 1993;8(8):1307-11.

Debby A, Golan A, Sadan O, Zakut H, Glezerman M. Fertility outcome following combined methotrexate treatment of unrup- tured extrauterine pregnancy. BJOG. 2000;107(5):626-30.

Rantala M, Makinen J. Tubal patency and fertility outcome after expectant management of ectopic pregnancy. Fertil Steril. 1997;68(6):1043-6.

Mol BW, Swart P, Bossuyt PM, van der Veen F. Is hysterosal- pingography an important tool in predicting fertility outcome? Fertil Steril. 1997;67(4):663-9.

Stovall TG, Ling FW, Gray LA, Carson SA, Buster JE. Metho- trexate treatment of unruptured ectopic pregnancy: a report of 100 cases. Obstet Gynecol. 1991;77(5):749-53.

Lipscomb GH, McCord ML, Stovall TG, Huff G, Portera SG, Ling FW. Predictors of success of methotrexate treatment in women with tubal ectopic pregnancies. N Engl J Med. 1999;341(26):1974-8.

Elito J Jr, Reichmann AP, Uchiyama MN, Camano L. Predic- tive score for the systemic treatment of unruptured ectopic pregnancy with a single dose of methotrexate. Int J Gynaecol Obstet. 1999;67(2):75-9.

Glatstein IZ, Sleeper LA, Lavy Y, et al. Observer variability in the diagnosis and management of the hysterosalpingogram. Fertil Steril. 1997;67(2):233-7.

Job-Spira N, Fernadez H, Bouyer J, Pouly JL, Germain E, Coste J. Ruptured tubal ectopic pregnancy: risk factors and reproduc- tive outcome: results of a population-based study in France. Am J Obstet Gynecol. 1999;180(4):938-44.

Mass JW, Evers JL, ter Riet G, Kessels AG. Pregnancy rate following normal versus abnormal hysterosalpingog- raphy findings: a meta-analysis. Gynecol Obstet Invest. 1997;43(2):79-83.

Zohav E, Gemer O, Segal S. Reproductive outcome after expect- ant management of ectopic pregnancy. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 1996;66(1):1-2.

Elito J Jr, Han KK, Camano L. Tubal patency after clinical treatment of unruptured ectopic pregnancy. Int J Gynaecol Obstet. 2005;88(3):309-13.

Downloads

Publicado

2006-09-09

Como Citar

1.
Elito Junior J, Han KK, Camano L. Permeablidade da tuba contralateral após o tratamento cirúrgico e clínico da gravidez ectópica. Sao Paulo Med J [Internet]. 9º de setembro de 2006 [citado 16º de outubro de 2025];124(5):264-6. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2263

Edição

Seção

Artigo Original