Videodefecografia computadorizada versus defecografia

as radiografias são necessárias?

Autores

  • Carlos Walter Sobrado Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Carlos Eduardo Fonseca Pires Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Sergio Eduardo Alonso Araújo Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Edson Amaro Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Angelita Habr-Gama Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Desidério Roberto Kiss Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Defecografia, Fisiologia, Ânus, Radiação, Cirurgia colorectal

Resumo

CONTEXTO E OBJETIVO: O exame de defecografia tem sido reconhecido como método valioso para avaliação de pacientes com distúrbios da evacuação. A defecografia consiste em registrar, por meio de fluoroscopia e radiografias estáticas, diferentes situações da dinâmica anorretal. No método convencional, as radiografias são utilizadas para o cálculo de parâmetros retais. É rara a utilização apenas de fluoroscopia. Um programa de computador foi desenvolvido para calcular esses parâmetros através da digitalização das imagens registradas em vídeo pela fluoroscopia, criando um método de videodefecografia computadorizada. Assim, o objetivo foi de comparar os valores de parâmetros da defecografia calculados pelo método computadorizado proposto com aqueles obtidos por método convencional e de discutir as vantagens do novo método. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo no serviço de Radiologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. MÉTODO: Dez indivíduos voluntários normais foram submetidos ao exame de defecografia, no qual foram obtidas, a partir do método convencional (por meio de radiografias) e do método computadorizado (vide- odefecografia computadorizada), as seguintes medidas: ângulo anorretal, junção anorretal, comprimento do músculo puborretal, comprimento do canal anal e grau de abertura do ânus em cada uma das fases do exame. As avaliações e a análise dos parâmetros defecográficos acima descritos foram realizadas por dois observadores médicos independentes. RESULTADOS: Os resultados obtidos, após análise estatística, comprovaram a equivalência do método da videodefecografia computadorizada comparado ao método convencional. CONCLUSÕES: A videodefecografia computadorizada é método equivalente ao método tradicional de defecografia que permite menor exposição do paciente à irradiação por dispensar o uso de radiografias.

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Biografia do Autor

Carlos Walter Sobrado, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

MD, MSc, PhD. Professor, Colorectal Surgery Division, Department of Gastroenterology, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Carlos Eduardo Fonseca Pires, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

MD. Division of Alimentary Tract Surgery, Department of Gastroenterology, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Sergio Eduardo Alonso Araújo, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

MD, MSc. Division of Alimentary Tract Surgery, Department of Gastroenterology, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Edson Amaro, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

MD, PhD. Department of Radiology, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Angelita Habr-Gama, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

MD, PhD. Professor, Division of Alimentary Tract Surgery, Department of Gastroenterology, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Desidério Roberto Kiss, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

MD, PhD. Professor and Head of Division of Alimentary Tract Surgery, Department of Gastroenterology, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.

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Publicado

2005-05-05

Como Citar

1.
Sobrado CW, Pires CEF, Araújo SEA, Amaro E, Habr-Gama A, Kiss DR. Videodefecografia computadorizada versus defecografia: as radiografias são necessárias?. Sao Paulo Med J [Internet]. 5º de maio de 2005 [citado 12º de março de 2025];123(3):105-7. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2322

Edição

Seção

Artigo Original