Videodefecografia computadorizada versus defecografia
as radiografias são necessárias?
Palavras-chave:
Defecografia, Fisiologia, Ânus, Radiação, Cirurgia colorectalResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: O exame de defecografia tem sido reconhecido como método valioso para avaliação de pacientes com distúrbios da evacuação. A defecografia consiste em registrar, por meio de fluoroscopia e radiografias estáticas, diferentes situações da dinâmica anorretal. No método convencional, as radiografias são utilizadas para o cálculo de parâmetros retais. É rara a utilização apenas de fluoroscopia. Um programa de computador foi desenvolvido para calcular esses parâmetros através da digitalização das imagens registradas em vídeo pela fluoroscopia, criando um método de videodefecografia computadorizada. Assim, o objetivo foi de comparar os valores de parâmetros da defecografia calculados pelo método computadorizado proposto com aqueles obtidos por método convencional e de discutir as vantagens do novo método. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo no serviço de Radiologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. MÉTODO: Dez indivíduos voluntários normais foram submetidos ao exame de defecografia, no qual foram obtidas, a partir do método convencional (por meio de radiografias) e do método computadorizado (vide- odefecografia computadorizada), as seguintes medidas: ângulo anorretal, junção anorretal, comprimento do músculo puborretal, comprimento do canal anal e grau de abertura do ânus em cada uma das fases do exame. As avaliações e a análise dos parâmetros defecográficos acima descritos foram realizadas por dois observadores médicos independentes. RESULTADOS: Os resultados obtidos, após análise estatística, comprovaram a equivalência do método da videodefecografia computadorizada comparado ao método convencional. CONCLUSÕES: A videodefecografia computadorizada é método equivalente ao método tradicional de defecografia que permite menor exposição do paciente à irradiação por dispensar o uso de radiografias.
Downloads
Referências
Walldén L. Defecation block in cases of deep rectogenital pouch; a surgical roentgenological and embryological study with special reference to morphological conditions.. Acta Chir Scand. 1952;165:1-122.
Sobrado Junior CW. Contribuição da videodefecografia di- nâmica computadorizada no estudo de doentes submetidos à graciloplastia. [thesis] São Paulo (SP): Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 1999.
Goei R. Defecography: principles of technique and interpreta- tion. Radiologe. 1993;33(6):356-60.
Mahieu P, Pringot J, Bodart P. Defecography: I. Description of a new procedure and results in normal patients. Gastrointest Radiol. 1984;9(3):247-51.
Wiersma TG, Mulder CJ, Reeders JW, Tytgat GN, Van Waes PF. Dynamic rectal examination (defecography). Baillieres Clin Gastroenterol. 1994;8(4)729-41.
Jorge JM, Habr-Gama A, Wexner SD. Clinical applications and techniques of cinedefecography. Am J Surg. 2001;182(1):93-101.
Curi LA, Maurizi M. Valor diagnóstico de la defecografia. [Di- agnostic value of defecography]. Acta Gastroenterol Latinoamer. 2001;31(4):313-7.
Karlbom U, Nilsson S, Pahlman L, Graf W. Defecographic study of rectal evacuation in constipated patients and control subjects. Radiology. 1999;210(1):103-8.
Goei R, Kemerink G. Radiation dose in defecography. Radiol- ogy. 1990;176(1):137-9.
Parry RA, Glaze SA, Archer BR. The AAPM/RSNA physics tuto- rial for residents. Typical patient radiation doses in diagnostic radiology. Radiographics. 1999;19(5):1289-302.
Zonca G, De Thomatis A, Marchesini R, et al. Dose assorbita dalle gonadi dei pazienti adulti sottoposti a studio defeco- grafico con acquisizione radiografica digitale o tradizionale [The absorbed dose to the gonads in adult patients undergoing defecographic study by digital or traditional radiographic imag- ing]. Radiol Med (Torino). 1997;94(5):520-3.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.