Regulation of cell cycles is of key importance in human papillomavirus (HPV)- associated cervical carcinogenesis

Autores

  • Sylvia Michelina Fernandes Brenna Maternity Hospital Leonor Mendes de Barros, State Health Department
  • Kari Juhani Syrjänen Maternity Hospital Leonor Mendes de Barros, State Health Department

Palavras-chave:

Câncer cervical, Ciclo celular, Papilomavírus humano, Genes supressores de tumor, Histona deacetilase

Resumo

O rápido progresso dos estudos em biologia molecular permitiu identificar os genes envolvidos em diferentes funções celulares e também melhorou nossa compreensão sobre os mecanismos da carcinogênese humana. O papilomavírus humano (human papillomavirus, HPV) é um vírus de DNA e os seus genes podem manipular o controle do ciclo celular para promover a sua persistência e replicação. As proteínas E6 e E7 dos HPVs de alto risco oncogênico ligam-se às proteínas reguladoras do ciclo celular e interferem nas fases G1/S e G2/M mais efetivamente do que os HPVs de baixo risco. Os HPVs de baixo e alto risco diferem em sua capacidade de induzir imortalização e transformação celular bem como de interagir com os vários componentes de ciclo celular, o que resulta na perda de pontos de checagem do DNA, importantes para a manutenção do genoma do hospedeiro, e também resulta no acúmulo de anormalidades genéticas. O câncer de colo de útero é um dos principais cânceres genitais em mulheres em todo o mundo, com significativa morbidade e mortalidade. De acordo com conceitos atuais, o HPV é reconhecido como o agente causal mais importante na patogênese deste câncer. A infecção por HPV está associada a todas as lesões intra-epiteliais escamosas do colo do útero. A lesão intra-epitelial escamosa (squamous intraepithelial lesion, SIL) de baixo-grau tem três possíveis resultados: a) pode regredir; b) pode persistir ou c) pode progredir para câncer in situ ou invasivo. Estudos de coorte mostraram que a taxa de regressão espontânea destas lesões aumenta conforme o tempo de seguimento, em contraste com as lesões destinadas a progressão, que normalmente evoluem rapidamente, geralmente nos primeiros dois anos. Os mecanismos responsáveis pelo comportamento clínico da lesão intra-epitelial escamosa associada ao HPV ainda não são totalmente conhecidos, mas atualmente têm sido motivo de estudos em todo o mundo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sylvia Michelina Fernandes Brenna, Maternity Hospital Leonor Mendes de Barros, State Health Department

MD, PhD. Gynecology-Oncology Group, Maternity Hospital Leonor Mendes de Barros, State Health Department, São Paulo, Brazil.

Kari Juhani Syrjänen, Maternity Hospital Leonor Mendes de Barros, State Health Department

MD, PhD, FIAC. Cytopathology Unit, Laboratory of Epidemiology and Biostatistics, Istituto Superiore di Sanità (ISS), Rome, Italy.

Referências

Kastan MB. Molecular biology of cancer: the cell cycle. In: De Vita VT, Helman S, Rosenberg S, editors. Cancer: principles & practice of oncology. 5th ed. Philadelphia: Lippincott-Raven; 1997.p.121-33.

Syrjänen K. Human papillomaviruses in pathogenesis of lower genital tract neoplasia. In: Singer A, Monaghan JM, editors. Lower genital tract precancer. 2nd ed. Oxford: Blackwell Sci- ence; 2000.p.15-33.

Syrjänen SM, Syrjänen KJ. New concepts on the role of human papillomavirus in cell cycle regulation. Ann Med 1999;31(3):175-87.

dos Santos Oliveira L do H, Fernandez A de P, Xavier BL, Machado-Rodrigues E de V, Cavalcanti SM. Analysis of the p53 gene and papillomavirus detection in smears from cervical lesions. Sao Paulo Med J 2002;120(1):20-2.

IARC database of p53 gene mutations in human tumors and cell lines: updated compilation, revised formats and new visualization tools. 2nd ed, Lyon, France; 2001. Available from: http://www.iarc.fr/p53.

Brenna SM, Zeferino LC, Pinto GA, et al. P53 expression as a predictor of recurrence in cervical squamous cell carcinoma. Int J Gynecol Cancer 2002;12(3):299-303.

Makni H, Franco EL, Kaiano J, et al. P53 polymorphism in codon 72 and risk of human papillomavirus-induced cervical cancer: ef- fect of inter-laboratory variation. Int J Cancer 2000;87(4):528-33.

Syrjänen KJ. Genital human papillomavirus infections and their associations with squamous cell cancer: reappraisal of the mor- phologic, epidemiologic and DNA data. In: Fenoglio-Preiser CM, Wolff M, Rilke F, editors. Progress in surgical pathology. USA: Fields & Wood; 1992.p.217-39.

Syrjänen KJ, Syrjänen SM. Molecular biology of papilloma- viruses. In: Syrjänen KJ, Syrjänen SM, editors. Papillomavirus infections in human pathology. New York: John Wiley & Sons; 2000.p.11-51.

Southern SA, Herrington CS. Disruptions of cell cycle control by human papillomaviruses with special reference to cervical carcinoma. Int J Gynecol Cancer 2000;10(4):263-74.

Murta EF, Souza MA, Araújo Júnior E, Adad SJ. Incidence of Gardnerella vaginalis, Candida sp. and human papillomavirus in cytological smears. São Paulo Med J 2000;118(4):105-8.

Nguyen DX, Westbrook TF, McCance DJ. Human papillomavirus type 16 E7 maintains elevated levels of the cdc25A tyrosine phosphatase during deregulation of cell cycle arrest. J Virol 2002;76(2):619-32.

Juan LJ, Shia WJ, Chen MH, et al. Histone deacetylases spe- cifically down-regulate p53-dependent gene activation. J Biol Chem 2000;275(27):20436-43.

Ferenczy A, Franco E. Persistent human papillomavirus infec- tion and cervical neoplasia. Lancet Oncol 2002;3(1):11-6.

Ferenczy A, Franco E. Cervical-cancer screening beyond the year 2000. Lancet Oncol 2001;2(1):27-32.

Downloads

Publicado

2003-05-05

Como Citar

1.
Brenna SMF, Syrjänen KJ. Regulation of cell cycles is of key importance in human papillomavirus (HPV)- associated cervical carcinogenesis. Sao Paulo Med J [Internet]. 5º de maio de 2003 [citado 14º de março de 2025];121(3):128-32. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2597

Edição

Seção

Artigo de Revisão