Neuroleptic-induced acute respiratory distress syndrome
Palavras-chave:
Síndrome do desconforto respiratório, Síndrome maligna neuroléptica, AnestesiaResumo
CONTEXTO: Apresentamos um caso de síndrome neuroléptica maligna e de síndrome do desconforto respiratório do adulto relacionada ao uso do neuroléptico. Discutimos a possível relação clínica e as alterações de creatinino-quinase, relaxamento muscular e função respiratória. RELATO DE CASO: Paciente de 41 anos, homem, branco. Internado por otalgia e paralisia facial periférica à direita. A tomografia computadorizada de crânio mostrou uma área hiperdensa de 2 cm de diâmetro na região da artéria intercomunicante anterior. Os exames pré-operatórios revelaram: pH 7.4, PaCO2 40 torr, PaO2 80 torr (em ar ambiente), Hb 13.8 g/dl, nitrogênio uréico no plasma 3.2 mmol/l, e creatinina 90 mmol/l. A radiografia de tórax era normal. O paciente fez jejum de 12 horas previamente à cirurgia. Foram usados na anestesia: halotano, fentanil 0.5 mg e droperidol 25 mg (intravenosa). Após seis horas o paciente apresentava PaO2 65 torr (PCO2 normal) sob FiO2 de 50% (relação PaO2 /FiO2 130) e permaneceu neste nível até o final da cirurgia. O achado intraoperatório foi de um aneurisma trombosado, que foi ressecado; o vaso foi clipado. Não havia vasoespasmo. Este caso ilustra que drogas neurolépticas podem causar síndrome maligna por neuroléptico e síndrome do desconforto respiratório do adulto em associação. Contudo, há possibilidade de que o neuroléptico ou o solvente da droga possam produzir síndrome do desconforto respiratório do adulto sem apresentar as manifestações de síndrome maligna por neuroléptico. Esta possibilidade é importante pois, nos pacientes com síndrome do desconforto respiratório do adulto que estejam recebendo neurolépticos, será necessário que se pense em sua substituição, especialmente se o paciente não apresentar outros fatores que possam explicar a síndrome do desconforto respiratório do adulto.
Downloads
Referências
Hanel RA, Sandmann MC, Kranich M, De Bittencourt PR. Síndrome neuroléptica maligna. Relato de caso com recorrência associada ao uso de olanzapina. [Neuroleptic malignant syn- drome: case report with recurrence associated with the use of olanzapine]. Arq Neuropsiquiatr 1998;56(4):833-7.
Montgomery JN, Ironside JW. Neuroleptic malignant syndrome in the intensive therapy unit. Anaesthesia 1990;45(4):311-3.
Guzé BH, Baxter LR. Current concepts. Neuroleptic malig- nant syndrome. N Engl J Med 1985;313(3):163-6.
Kellam AM. The neuroleptic malignant syndrome, so-called. A survey of the world literature. Br J Psychiatry 1987;150:752-9.
Smego RA, Durack DT. The neuroleptic malignant syndrome. Arch Intern Med 1982;142(6):1183-5.
Silva HC, Bahia VS, Oliveira RA, Marchiori PE, Scaff M, Tsanaclis AM. Susceptibilidade à hipertermia maligna em três pacientes com síndrome maligna por neurolépticos. [Ma- lignant hyperthermia susceptibility in 3 patients with ma- lignant neuroleptic syndrome]. Arq Neuropsiquiatr 2000;58(3A):713-9.
Bernard GR, Artigas A, Brigham KL, Carlet J, Falke K, Hud- son L, Lamy M, Legall JR, Morris A, Spragg R. The American- European Consensus Conference on ARDS. Definitions, mechanisms, relevant outcomes, and clinical trial coordination. Am J Respir Crit Care Med 1994;149(3 Pt 1):818-24.
Murray JF, Matthay MA, Luce JM, Flick MR. An expanded definition of the adult respiratory distress syndrome. Am Rev Respir Dis 1988;138(3):720-3.
Bernard GR, Artigas A, Brigham KL, Carlet J, Falke K, Hud- son L, Lamy M, LeGall JR, Morris A, Spragg R. Report of the American-European consensus conference on ARDS: defini- tions, mechanisms, relevant outcomes and clinical trial coordi- nation. The Consensus Committee. Intensive Care Med 1994;20(3):225-32.
Rosenberg MR, Green M. Neuroleptic malignant syndrome. Review of response to therapy. Arch Intern Med 1989;149(9):1927-31.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.