Headache in an emergency room in Brazil

Autores

  • Marcelo Bigal Universidade de São Paulo
  • Carlos Alberto Bordini Universidade de São Paulo
  • José Geraldo Speciali Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Cefaléia, Clínicos gerais, Unidade de emergência

Resumo

CONTEXTO: Quando em crise de cefaléia, pacientes brasileiros geralmente dirigem-se a uma unidade básica de saúde, onde são atendidos por clínicos gerais. Na cidade de Ribeirão Preto, os clínicos rotineiramente referem os pacientes para a Unidade de Emergência (UE) do Hospital das Clínicas. OBJETIVO: Avaliar a qualidade do serviço primário, analisando retrospectivamente o prontuário de pacientes que procuraram a EU, no ano de 1996, com queixa de cefaléia. TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo. LOCAL: Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. PARTICIPANTES: 1.254 pacientes. Os pacientes da Unidade de Emergência do hospital da Universidade de Ribeirão Preto durante o ano de 1996 com crise de cefaléia foram estudados retrospectivamente. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Etiologia, idade, diagnóstico, causa secundária e testes laboratoriais. RESULTADOS: Dos 1254 pacientes vistos (61% mulheres), 1190 (94,9%) tiveram alta, após a administração de analgésicos parenterais, com menos de 12 horas da admissão. Apenas 64 pacientes (5,1%) permaneceram mais de 12 horas. Dos que ficaram menos de 12 horas, 71,5% apresentavam migrânea ou cefaléia tipo tensional e não necessitaram exames subsidiários. Dos que permaneceram mais de 12 horas, 70,3% apresentavam cefaléias secundárias. CONCLUSÃO: Concluímos que o serviço primário é ineficaz, para a cefaléia, na região de Ribeirão Preto. Muitos pacientes com cefaléia primária são referidos para centros terciários, indicando a necessidade urgente da divulgação dos critérios diagnósticos da Sociedade Internacional de Cefaléia para clínicos gerais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcelo Bigal, Universidade de São Paulo

MD. Department of Neurology, São Paulo University, School of Medicine at Ribeirão Preto, Ribeirao Preto, Brazil.

Carlos Alberto Bordini, Universidade de São Paulo

PhD. Department of Neurology, São Paulo University, School of Medicine at Ribeirão Preto, Ribeirao Preto, Brazil.

José Geraldo Speciali, Universidade de São Paulo

PhD. Department of Neurology, São Paulo University, School of Medicine at Ribeirão Preto, Ribeirao Preto, Brazil.

Referências

The Migraine Disability and Optimizing Care (MIDAS). A poster presentation. Edited and Sponsored by Zeneca Pharmaceuticals; 1997.

National Migraine Foundation. Newsletter; 1995:55.

Stang PE, Osterhaus JT. Impact of migraine in the Roomed States: data from the National Health Interview Survey. Headache1993;33:29-35.

Carvalho JJF. O balconista de farmácia e o uso de medicação não prescrita em cefaléia: um estudo transversal em Fortaleza. Poster presented in the Headache Session (0077). Curitiba: XVII Brazilian Congress of Neurology; 1996.

Zukerman E, Lima JGC, Hannuch, SMM, Carvalho DSC. Unidade de atendimento de agudos com cefaléia (UACC). Rev Ass Med Brasil 1989;35:107-10.

Olesen J, Aebelholt A, Veilis, B. The Copenhagen acute headache clinic: organization, patient material and treatment results. Headache 1978;19:223-7.

Headache Classification Committee of the International Headache Society. Classification of headache disorders, cranial neuralgias and facial pain. Cephalalgia 1988;8(suppl 7):1-9.

Henry P, Michel P, Brochet P, Dartigues JF, Tison S, Salamon R. GRIM, a nationwide survey of migraine in France: prevalence and clinical features in adults. Cephalalgia 1992;12:229-37.

Lavados PM, Tenhamm E. Epidemiology of migraine headache in Santiago, Chile: a prevalence study. Cephalalgia 1997;17:770-7.

Lipton RB, Stewart, WF. Epidemiology and comorbility of migraine. In Goadsby PJ, Silberstein SD, editors. Headache. Boston: Butterworth-Heinemann; 1997:75-95.

Lipton RB, Silberstein MD, Stewart WF. An update on the epidemiology of Migraine. Headache 1994;34:319-28.

Abu-Arefeh I, Russel, G. Prevalence of headache and migraine in schoolchildren. Br Med J 1994;309:765-9.

Arruda MA. Aspectos diagnósticos da cefaléia na infância. In: Anais do XII Congresso da Sociedade Brasileira de Cefaléia, Brasil; 1998.

Barea LM, Tanhouser M, Rotta NT. An epidemiologic study of headache among children and adolescents of southern Brazil. Cephalalgia 1996;16:545-9.

Bille B. Migraine in school children. Acta Paediatr Scand 1992;51(Suppl 136):1-151.

Leicht MJ. Non-traumatic headache in the emergency department. Ann Emerg Med 1980;9:404-9.

Bigal ME, Bordini CA, Speciali JG. Etiology and distribution of headaches in two Brazilian primary care units. Headache, in press.

Welch KMA. Headache in the Emergency Room. In: Olesen P, Tfelt-Hansen, Welch KMA, eds. The headaches. New York: Raven Press; 1993:23-42.

Downloads

Publicado

2000-05-05

Como Citar

1.
Bigal M, Bordini CA, Speciali JG. Headache in an emergency room in Brazil. Sao Paulo Med J [Internet]. 5º de maio de 2000 [citado 16º de outubro de 2025];118(3):58-62. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2633

Edição

Seção

Artigo Original