Impact of degenerative radiographic abnormalities and vertebral fractures on spinal bone density of women with osteoporosis

Autores

  • Lúcia Costa-Paiva Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas
  • Aarão Mendes Pinto-Neto Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas
  • Silvana Filardi Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas
  • Adil Samara Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas
  • João Francisco Marques Neto Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Osteoporose, Fraturas vertebrais, Densidade mineral óssea, Osteófitos, Calcificação de aorta

Resumo

INTRODUÇÃO: A quantificação da densidade óssea através da densitometria de dupla emissão de raio X é o método de maior acurácia para o diagnóstico de osteoporose. Entretanto, esse método apresenta a desvantagem de medir a densidade de todos os componentes minerais incluindo osteófitos, calcificações vasculares e extravertebrais. Essas alterações podem influenciar os resultados da densidade óssea, dificultando a interpretação densitométrica. OBJETIVO: Correlacionar os achados radiográficos e densitométricos de mulheres com osteoporose e avaliar a influência dos processos degenerativos e fraturas vertebrais na avaliação da densidade mineral óssea da coluna lombar. TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo. LOCAL: Ambulatório de Osteoporose do Hospital das Clínicas, Universidade Estadual de Campinas. CASUÍSTICA: 96 mulheres na pós-menopausa com osteoporose diagnosticada pela densitometria óssea. MÉTODO: A densidade mineral óssea da coluna lombar e do fêmur foi avaliada através da técnica da densitometria de dupla emissão de raio-X, utilizando-se um densitômetro LUNAR-DPX. As fraturas vertebrais, osteófitos e calcificações de aorta foram avaliadas através de radiografias simples de coluna torácica e lombar na projeção lateral. RESULTADO: As radiografias revelaram a presença de fraturas vertebrais em 41,6%, osteófitos em 33,3% e calcificações de aorta em 30,2%. A freqüência de fraturas e calcificações da aorta aumentou com o aumento da idade. A média da densidade mineral óssea foi de 0,783 g/cm2 e os valores médios de T-score de –3,47 desvio padrão. A presença de fraturas e calcificações de aorta não influenciaram significativamente a densidade mineral óssea das pacientes (P = 0,36 e P = 0,09, respectivamente) embora as vértebras fraturadas apresentassem maior densidade mineral óssea (P < 0,02). As pacientes com osteófitos nas vértebras lombares apresentaram maior densidade óssea (P = 0,04). A análise de regressão múltipla mostrou que os osteófitos estiveram associados à densidade mineral óssea da coluna lombar (P = 0,01). CONCLUSÃO: Os osteófitos e as fraturas de coluna lombar podem superestimar a densidade óssea. Sugerimos que em pacientes mais idosas, a interpretação dos resultados densitométricos sejam complementados pela radiografia simples de coluna lombar para minimizar esse efeito.

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Biografia do Autor

Lúcia Costa-Paiva, Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas

MD, PhD. Assistant Professor, Department of Childbirth and Gynecology, Faculty of Medical Sciences, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brazil.

Aarão Mendes Pinto-Neto, Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas

MD, PhD. Associate Professor, Department of Childbirth and Gynecology, Faculty of Medical Sciences, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brazil.

Silvana Filardi, Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas

MD. Postgraduate student in Clinical Medicine, Faculty of Medical Sciences, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brazil.

Adil Samara, Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas

MD, PhD. Full Professor, Discipline of Rheumatology, Faculty of Medical Sciences, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brazil.

João Francisco Marques Neto, Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine Sciences, Universidade Estadual de Campinas

MD, PhD. Full Professor, Discipline de Rheumatology, Faculty of Medical Sciences, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brazil.

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Publicado

2002-01-01

Como Citar

1.
Costa-Paiva L, Pinto-Neto AM, Filardi S, Samara A, Marques Neto JF. Impact of degenerative radiographic abnormalities and vertebral fractures on spinal bone density of women with osteoporosis. Sao Paulo Med J [Internet]. 1º de janeiro de 2002 [citado 19º de março de 2025];120(1):9-12. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2665

Edição

Seção

Artigo Original