Impact of degenerative radiographic abnormalities and vertebral fractures on spinal bone density of women with osteoporosis
Palavras-chave:
Osteoporose, Fraturas vertebrais, Densidade mineral óssea, Osteófitos, Calcificação de aortaResumo
INTRODUÇÃO: A quantificação da densidade óssea através da densitometria de dupla emissão de raio X é o método de maior acurácia para o diagnóstico de osteoporose. Entretanto, esse método apresenta a desvantagem de medir a densidade de todos os componentes minerais incluindo osteófitos, calcificações vasculares e extravertebrais. Essas alterações podem influenciar os resultados da densidade óssea, dificultando a interpretação densitométrica. OBJETIVO: Correlacionar os achados radiográficos e densitométricos de mulheres com osteoporose e avaliar a influência dos processos degenerativos e fraturas vertebrais na avaliação da densidade mineral óssea da coluna lombar. TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo. LOCAL: Ambulatório de Osteoporose do Hospital das Clínicas, Universidade Estadual de Campinas. CASUÍSTICA: 96 mulheres na pós-menopausa com osteoporose diagnosticada pela densitometria óssea. MÉTODO: A densidade mineral óssea da coluna lombar e do fêmur foi avaliada através da técnica da densitometria de dupla emissão de raio-X, utilizando-se um densitômetro LUNAR-DPX. As fraturas vertebrais, osteófitos e calcificações de aorta foram avaliadas através de radiografias simples de coluna torácica e lombar na projeção lateral. RESULTADO: As radiografias revelaram a presença de fraturas vertebrais em 41,6%, osteófitos em 33,3% e calcificações de aorta em 30,2%. A freqüência de fraturas e calcificações da aorta aumentou com o aumento da idade. A média da densidade mineral óssea foi de 0,783 g/cm2 e os valores médios de T-score de –3,47 desvio padrão. A presença de fraturas e calcificações de aorta não influenciaram significativamente a densidade mineral óssea das pacientes (P = 0,36 e P = 0,09, respectivamente) embora as vértebras fraturadas apresentassem maior densidade mineral óssea (P < 0,02). As pacientes com osteófitos nas vértebras lombares apresentaram maior densidade óssea (P = 0,04). A análise de regressão múltipla mostrou que os osteófitos estiveram associados à densidade mineral óssea da coluna lombar (P = 0,01). CONCLUSÃO: Os osteófitos e as fraturas de coluna lombar podem superestimar a densidade óssea. Sugerimos que em pacientes mais idosas, a interpretação dos resultados densitométricos sejam complementados pela radiografia simples de coluna lombar para minimizar esse efeito.
Downloads
Referências
Marques-Neto JF, Lederman R. Osteoporose - Brasil ano 2000. Ed. Limay. 1995. p.137.
Kanis JA, Melton LJ, Christiansen C, Johnston CC, Khaltaev N. The diagnosis of osteoporosis. J Bone Miner Res 1994;9:1137-41.
Orwoll ES, Oviatt SK, Mann T. The impact of osteophytic and vascular calcifications on vertebral mineral density measurements in men. J Clin Endocrinol Metab 1990;70:1202-7.
Ito M, HayashI K, Yamada M, Uetani M, Nakamura T. Relationship of osteophytes to bone mineral density and spinal fracture in men. Radiology 1993;189:497-502.
Masud T, Langley S, Wiltshire P, Doyle DV, Spector TD. Effect of spinal osteophytosis on bone mineral density measurements in vertebral osteoporosis. BMJ 1993;307:172-3.
Krolner B, Berthelsen B, Nielsen P. Assessment of vertebral osteopenia. Acta Radiol Diagnosis 1982;23:517-21.
Frohn J, Wilken T, Falk S, et al. Effect of aortic sclerosis on bone mineral measurements by dual-photon absorptiometry. J Nucl Med 1991;32:259-62.
Reid IR, Evans MC, Ames R, Wattie DJ. The influence of osteophytes and aortic calcification on spinal mineral density in postmenopausal women. J Clin Endocrinol Metab 1991;72:1372-4.
Kanis JA. Assessment of bone mass. In: Kanis JA, editor. Textbook of Osteoporosis, 1st ed. London: Blackwell Science. 1996. p. 71-105.
Itoi J, Sakurai M, Mizunashi K, Sato K, Kasama F. Long-term observations of vertebral fractures in spinal osteoporotics. Calcif Tissue Int 1990;47:202-8.
Van Küijk C, Genant HK. Radiological aspects. In: Riggs LB, Melton JL, editors. Osteoporosis: cytology, diagnoses and management. 2nd ed. Philadelphia: Lippincott-Raven. 1995. p.249-73.
Dawson-Hughes B, Dallal GE. Effect of radiographic abnormalities on rate of bone loss from the spine. Calcif Tissue Int 1990;46:280-1.
Jones G, White C, Nguyen T, et al. Prevalent vertebral deformities: relationship to bone mineral density and spinal osteophytosis in elderly men and women. Osteoporosis Int 1996;6:233-9.
Yu W, Gluer CC, Fuerst T, et al. Influence of degenerative joint disease on spinal bone mineral measurements in postmenopausal women. Calcif Tissue Int 1995;57:169-74.
Rand T, Seidl G, Kainberger F, et al. Impact of spinal degenerative changes on the evaluation of bone mineral density with dual-energy x-ray absorptiometry (DXA). Calcif Tissue Int 1997;60:430-3.
Jaovisidha S, Sartoris DJ, Martin EME, et al. Influence of spondylopathy on bone densitometry using dual-energy x-ray absorptiometry. Calcif Tissue Int 1997;60:424-9.
Drinka PJ, Desmet AA, Bauwens SF, Rogot A. The effect of overlying calcification on lumbar bone densitometry. Calcif Tissue Int 1992;50:507-10.
Leidig BG, Limberg B, Felsenberg D et al. Sex difference in the validity of vertebral deformities as an index of prevalent vertebral osteoporotic fractures: a population survey of older men and women. Osteoporosis Int 2000;11:102-19.
Ismail AA, Cooper C, Felsenberg D, et al. Number and type of vertebral deformities: epidemiological characteristics and relation to back pain and height loss. European Vertebral Osteoporosis Study Group. Osteoporosis Int 1999;9:206-13.
Burger H, Van Daele PL, Grashuis K, et al. Vertebral deformities and functional impairment in men and women. J Bone Miner Res 1997;12:152-7.
National Osteoporosis Foundation Working Group on Vertebral Fractures Report (NOF): assessing vertebral fractures. J Bone Miner Res 1995;10:18-23.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.