Stethoscope

a friend or an enemy?

Autores

  • Maria Elisa Zuliani Maluf Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica
  • Andréa Fogli Maldonado Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica
  • Marcos Eduardo Bercial Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica
  • Soraya Ayres Pedroso Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica

Palavras-chave:

Estetoscópios, Infecções, Resistência bacteriana

Resumo

CONTEXTO: O estetoscópio é um instrumento de uso universal no ambiente hospitalar que entra em contato direto com muitos pacientes e, portanto, pode servir como vetor na disseminação de infecções bacterianas. OBJETIVO: Pesquisar a presença de bactérias, fungos e leveduras no diafragma dos estetoscópios e a resistência bacteriana aos antimicrobianos. TIPO DE ESTUDO: Descritivo, prospectivo, não-controlado. LOCAL: Hospital de nível terciário. AMOSTRA: Utilizamos amostras de 300 estetoscópios colhidas ao acaso e procedentes de médicos, residentes, estudantes de Medicina, enfermeiros, estudantes de Enfermagem e outros setores do hospital. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Foram pesquisados 300 diafragmas de estetoscópios, provenientes aleatoriamente dos diversos setores do hospital e procedentes de médicos (63 amostras), residentes (54 amostras), estudantes de Medicina (106 amostras), enfermeiros (8 amostras), estudantes de Enfermagem (33 amostras) e outros setores (36 amostras). O material foi coletado com uma zaragatoa estéril umedecida em solução fisiológica e inoculada em meio de BHI (Brain Heart Infusion) e levado a estufa por 24 a 48 horas. Logo após, as amostras foram semeadas em meios de ágar-sangue, MacConkey e Sabouraud e identificadas utilizando-se o método de Gram e provas bioquímicas. Posteriormente, realizou-se o teste de sensibilidade aos antimicrobianos através do método de Kirby-Bauer. RESULTADOS: 87% dos estetoscópios analisados estavam contaminados. Foram isolados: cocos Gram-positivos, leveduras, fungos, bacilos Gram-positivos e Gram-negativos. Não houve uma associação significante entre os microorganismos mais prevalentes e a categoria profissional. Em relação à presença de mais de um microorganismo no diafragma dos estetoscópios, Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativos e Bacillus foram significantemente mais freqüentes. CONCLUSÕES: Os estetoscópios apresentam um grande índice de contaminação e sua utilização sem as devidas precauções pode disseminar as infecções hospitalares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Elisa Zuliani Maluf, Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica

MD, PhD. Professor of the Department of Morphology and Pathology, Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica, Sorocaba, Brazil.

Andréa Fogli Maldonado, Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica

Student of the Medical Sciences School, Centerfor Medicaland Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica, Sorocaba, Brazil.

Marcos Eduardo Bercial, Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica

Student of the Medical Sciences School, Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica, Sorocaba, Brazil.

Soraya Ayres Pedroso, Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica

Student of the Medical Sciences School, Center for Medical and Biological Sciences, Pontifícia Universidade Católica, Sorocaba, Brazil.

Referências

Infecção hospitalar ainda desafia controle médico. Available f rom URL: http://www.cfm.org.br/jornal/0299/BrasilMedico.htm.

Jones JS, Hoerle D, Riekse R. Stethoscopes: a potential vector of infection? Ann Emerg Med 1995;26(3):296-9.

Leão MTC, Monteiro CLB, Fontana CK, et al. Incidência de S. aureus meticilino-resistente (MRSA) em estetoscópios de uso hospitalar. JBM 1999;76(1/2):9-14.

Smith MA, Mathewson JJ, Ulert IA, Scerpella EG, Ericsson CD. Contaminated stethoscopes revisited. Arch Intern Med 1996;156:82-4.

Wright MR, Orr H, Porter C. Stethoscope contamination in the neonatal intensive care unit. J Hosp Infect 1995;29:65-8.

Nicodemo AC. Perfil de sensibilidade de algumas bactérias no complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e as dificuldades terapêuticas decorrentes. Âmbito Hospitalar 1996;7(96):13-4.

Dias CAG, Kader IA, Azevedo P, et al. Detection of methycillin- resistant S. aureus (MRSA) in stethoscopes. Rev Microbiol 1997;28:82-4.

Downloads

Publicado

2002-01-01

Como Citar

1.
Maluf MEZ, Maldonado AF, Bercial ME, Pedroso SA. Stethoscope: a friend or an enemy?. Sao Paulo Med J [Internet]. 1º de janeiro de 2002 [citado 16º de outubro de 2025];120(1):13-5. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2669

Edição

Seção

Artigo Original