Pulmonary thromboembolism
retrospective study of necropsies performed over 24 years in a university hospital in Brazil
Palavras-chave:
Tromboembolismo pulmonar, Necropsias, LetalResumo
CONTEXTO: O tromboembolismo pulmonar é a terceira doença cardiovascular aguda mais freqüente como causa de morbidade e mortalidade. A incidência de embolia pulmonar em necropsias não se modificou nas últimas décadas. Doenças cardíacas, neoplasias, traumas, cirurgias recentes e doenças sistêmicas são condições clínicas predisponentes importantes. A relação entre os sexos masculino e feminino é estimada em 1,24. Vários estudos mostram aumento da morbidade no inverno. Há grande dificuldade para o diagnóstico anátomo-patológico preciso quanto a localização dos êmbolos nos vasos pulmonares, havendo preferência por localizarem-se no pulmão direito e lobos inferiores. OBJETIVO: Estudar a incidência de tromboembolismo pulmonar letal e não letal, de acordo com variáveis epidemiológicas e anatômicas. TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo realizado através relatórios dos laudos de necropsias. LOCAL: Hospital Universitário de atendimento terciário. AMOSTRA: 16.466 necropsias consecutivas realizadas de janeiro de 1972 a dezembro de 1995. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Freqüência de tromboembolismo pulmonar letal e não letal, doenças predisponentes, ocorrência de acordo com as estações do ano e o local de impactação do êmbolo. RESULTADOS: O tromboembolismo pulmonar foi encontrado em 4,7% de todas as necropsias realizadas. Houve predomínio dos casos letais (68,2%). Não houve diferença em relação ao sexo ou estações do ano para a ocorrência desta doença. As doenças cardiovasculares estiveram mais freqüentemente associadas aos fenômenos tromboembólicos. Quanto ao local de impactação do êmbolo, houve maior incidência no comprometimento bilateral de vários segmentos dos pulmões. CONCLUSÃO: Durante o período deste estudo observou-se que houve redução na incidência de tromboembolismo pulmonar, provavelmente pelo aumento de medidas profiláticas nas últimas décadas. Contudo, a freqüência de tromboembolismo letal predominou, provavelmente em função da instalação abrupta do quadro com acometimento de grande área pulmonar, falta de suspeita clínica e portanto do diagnóstico precoce e, demora da instituição de terapêutica fibrinolítica nos casos com repercussão hemodinâmica ou com grande número de segmentos pulmonares afetados.
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