A 12-month follow-up of an influenza vaccination campaign based on voluntary adherence

report on upper-respiratory symptoms among volunteers and non-volunteers

Autores

  • Páris Ali Ramadan Faculty of Medicine, Universidade de São Paulo
  • Francisco Barreto de Araújo Faculty of Medicine, Universidade de São Paulo
  • Mario Ferreira Junior Faculty of Medicine, Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Gripe, Influenza, Vacina

Resumo

CONTEXTO: A imunização de rotina de grupos de alto risco para Influenza vem sendo progressivamente implantada como parte de políticas públicas de saúde no Brasil. Embora os benefícios da vacinação de indivíduos jovens saudáveis ainda sejam controvertidos, a vacina tem sido oferecida anualmente a centenas de milhares de trabalhadores brasileiros, em geral, como parte de programas de qualidade de vida em locais de trabalho. OBJETIVO: Estudar as características dos indivíduos que aceitaram ou recusaram a vacina contra Influenza, e a referência a apresentação de sintomas respiratórios em ambos os grupos por um ano após a data da campanha. TIPO DE ESTUDO: Estudo observacional prospectivo. LOCAL: Trabalhadores de uma filial de banco internacional em São Paulo, Brasil. AMOSTRA: 124 pessoas que não aceitaram a vacina e 145 que a aceitaram e completaram os 12 meses de acompanhamento VARIÁVEIS ESTUDADAS: Dados relativos a sexo, idade, consumo de tabaco, história de doenças respiratórias crônicas, como asma, bronquite, rinite, e infecções repetidas de vias aéreas superiores, foram coletados no momento da vacinação. Após, os trabalhadores foram contatados mensalmente por questionário ou telefone a fim de se obter informações sobre sintomas, perda de dias de trabalho e consultas médicas por problemas respiratórios. RESULTADOS: Os resultados mostraram diferenças significativas em relação a idade, sendo o grupo vacinado (V) mais jovem (P = 0.004), e história de infecções respiratórias repetitivas, predominantes no grupo V (P < 0.0001). Durante o acompanhamento, o grupo V referiu mais sintomas de vias aéreas superiores (P < 0.0001), assim como mais ocorrências de quadros não compatíveis (P < 0.0001) ou compatíveis com gripe (P = 0.045). O grupo V ausentou-se mais ao trabalho e procurou mais consultas médicas por sintomas de vias aéreas superiores e quadros não compatíveis com gripe. Sexo e história pregressa de infecções de vias aéreas superiores foram os melhores “preditores” dos eventos associados aos quadros compatíveis com gripe. CONCLUSÃO: A referência prévia a episódios repetitivos de infecções de vias aéreas superiores foi uma diferença marcante entre quem aceitou ou rejeitou a vacina. A vacinação isoladamente não foi suficiente para reduzir o número de ocorrências de sintomas respiratórios e o absenteísmo a eles relacionados a níveis semelhante.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Páris Ali Ramadan, Faculty of Medicine, Universidade de São Paulo

MD. Workplace Doctor and studying for PhD in Workplace Pathology, Faculty of Medicine, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Francisco Barreto de Araújo, Faculty of Medicine, Universidade de São Paulo

MD. Sanitation Doctor and specialist in Workplace Medicine, São Paulo, Brazil.

Mario Ferreira Junior, Faculty of Medicine, Universidade de São Paulo

MD, PhD. Workplace Doctor at MTE and Coordinator of the Center for Health Promotion, Discipline of General Clinical Medicine, Faculty of Medicine, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.

Referências

US Preventive Services Task Force. Guide to Clinical Preventive Services. 2nd ed. Williams & Wilkins. Baltimore; 1996.

Glezer A, Nascimento CMR, Brito DP, et al. Práticas Preventivas na Atenção Primária à Saúde. In: Saúde no Trabalho. Temas básicos para o profissional que cuida da saúde dos trabalhadores. Ferreira Junior, M. (editor). Editora Roca. São Paulo; 2000.

Demicheli V, Jefferson T, Rivetti D, Deeks J. Prevention and early treatment of influenza in healthy adults. Vaccine 2000;18(11-12):957-1030.

Centersfor Disease Control and Prevention. CDC Prevention Guide- lines: A Guide to Action. Williams & Wilkins. Baltimore; 1997.

Campbell DS, Rumley MH. Cost-effectiveness of the Influenza Vaccine in a Healthy, Working-Age Population. Journal of Oc- cupational and Environmental Medicine 1997;39(5):408-14.

Nichol KL, Lind A, Margolis KL, et al. The effectiveness of vaccination against influenza in healthy, working adults. The New England Journal of Medicine 1995;333(14):889-93.

Bridges CB, Thompson WW, Meltzer MI, et al. Effectiveness and cost-benefit of influenza vaccination of healthy working adults. Journal of the American Medical Association 2000;284:1655-63.

Downloads

Publicado

2001-07-07

Como Citar

1.
Ramadan PA, Araújo FB de, Ferreira Junior M. A 12-month follow-up of an influenza vaccination campaign based on voluntary adherence: report on upper-respiratory symptoms among volunteers and non-volunteers. Sao Paulo Med J [Internet]. 7º de julho de 2001 [citado 16º de outubro de 2025];119(4):142-5. Disponível em: https://periodicosapm.emnuvens.com.br/spmj/article/view/2770

Edição

Seção

Artigo Original