A 12-month follow-up of an influenza vaccination campaign based on voluntary adherence
report on upper-respiratory symptoms among volunteers and non-volunteers
Palavras-chave:
Gripe, Influenza, VacinaResumo
CONTEXTO: A imunização de rotina de grupos de alto risco para Influenza vem sendo progressivamente implantada como parte de políticas públicas de saúde no Brasil. Embora os benefícios da vacinação de indivíduos jovens saudáveis ainda sejam controvertidos, a vacina tem sido oferecida anualmente a centenas de milhares de trabalhadores brasileiros, em geral, como parte de programas de qualidade de vida em locais de trabalho. OBJETIVO: Estudar as características dos indivíduos que aceitaram ou recusaram a vacina contra Influenza, e a referência a apresentação de sintomas respiratórios em ambos os grupos por um ano após a data da campanha. TIPO DE ESTUDO: Estudo observacional prospectivo. LOCAL: Trabalhadores de uma filial de banco internacional em São Paulo, Brasil. AMOSTRA: 124 pessoas que não aceitaram a vacina e 145 que a aceitaram e completaram os 12 meses de acompanhamento VARIÁVEIS ESTUDADAS: Dados relativos a sexo, idade, consumo de tabaco, história de doenças respiratórias crônicas, como asma, bronquite, rinite, e infecções repetidas de vias aéreas superiores, foram coletados no momento da vacinação. Após, os trabalhadores foram contatados mensalmente por questionário ou telefone a fim de se obter informações sobre sintomas, perda de dias de trabalho e consultas médicas por problemas respiratórios. RESULTADOS: Os resultados mostraram diferenças significativas em relação a idade, sendo o grupo vacinado (V) mais jovem (P = 0.004), e história de infecções respiratórias repetitivas, predominantes no grupo V (P < 0.0001). Durante o acompanhamento, o grupo V referiu mais sintomas de vias aéreas superiores (P < 0.0001), assim como mais ocorrências de quadros não compatíveis (P < 0.0001) ou compatíveis com gripe (P = 0.045). O grupo V ausentou-se mais ao trabalho e procurou mais consultas médicas por sintomas de vias aéreas superiores e quadros não compatíveis com gripe. Sexo e história pregressa de infecções de vias aéreas superiores foram os melhores “preditores” dos eventos associados aos quadros compatíveis com gripe. CONCLUSÃO: A referência prévia a episódios repetitivos de infecções de vias aéreas superiores foi uma diferença marcante entre quem aceitou ou rejeitou a vacina. A vacinação isoladamente não foi suficiente para reduzir o número de ocorrências de sintomas respiratórios e o absenteísmo a eles relacionados a níveis semelhante.
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Referências
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