Influência da ansiedade materna na ansiedade infantil frente ao atendimento odontológico
estudo transversal
Palavras-chave:
Comportamento infantil, Comportamento materno, Ansiedade ao tratamento odontológico, Odontologia, Escala de ansiedade manifestaResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: A ansiedade é geralmente classificada como um transtorno de caráter neurótico, frequentemente relacionado a contextos de estresse variando entre preocupações, tensão motora e hiperatividade autonômica. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da ansiedade materna na ansiedade de seu filho durante o atendimento odontológico. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo analítico transversal realizado em uma faculdade particular do sul do Brasil. MÉTODOS: Amostragem por conveniência foi utilizada. Todas as mães das crianças em tratamento foram convidadas a participar da pesquisa. A coleta dos dados para verificar a ansiedade relacionada com o tratamento odontológico nas crianças foi realizada a partir da aplicação da escala “Venham Picture Test” (VPT). Para as mães, foi utilizada a escala de Corah. Também se utilizou um questionário sociodemográfico autoaplicativo sobre variáveis demográficas, comportamentais, de saúde bucal e de serviço odontológico. RESULTADOS: Foram incluídos 40 pares de mães e crianças. Os resultados mostraram que 40% das crianças estavam ansiosas e 60% das mães estavam levemente ansiosas. A anestesia local foi o procedimento que causou mais ansiedade entre as mães, deixando-as um pouco desconfortáveis e ansiosas (60%). Renda familiar maior de R$ 1.577,00 influenciou a ansiedade materna (75.6%). A ansiedade materna influenciou a ansiedade das crianças (81.3%). CONCLUSÃO: A maioria das crianças apresentou ansiedade, o que variou do medo ao pânico ao atendimento odontológico, inferindo que a ansiedade materna tem influência na ansiedade dos seus filhos. Os procedimentos odontológicos não interferem na ansiedade das mães, atingindo mais as crianças, porém provocam sentimentos positivos.
Downloads
Referências
World Health Organization. The ICD-10 Classification of Mental and Behavioural Disorders. Diagnostic criteria for research. Geneva, 1993. Available from: http://www.who.int/classifications/icd/en/GRNBOOK.pdf Accessed in 2017 (Feb 1).
Cardoso CL, Loureiro SR, Nelson-Filho P. Pediatric dental treatment: manifestations of stress in patients, mothers and dental school students. Braz Oral Res. 2004;18(2):150–5.
Johnson R, Baldwin DC Jr. Maternal anxiety and child behavior. ASDC J Dent Child. 1969;36(2):87–92.
Cagiran E, Sergin D, Deniz MN, et al. Effects of sociodemographic factors and maternal anxiety on preoperative anxiety in children. J Int Med Res. 2014;42(2):572–80.
Carvalho RWF, Cardoso MSO, Falcão PGCB, et al. Ansiedade frente ao tratamento odontológico: prevalência e fatores predictores em brasileiros [Anxiety regarding dental treatment: prevalence and predictors among Brazilians]. Ciên Saúde Coletiva. 2012;17(7):1915–22.
Lee CY, Chang YY, Huang ST. The clinically related predictors of dental fear in Taiwanese children. Int J Paediatr Dent. 2008;18(6):415–22.
Klingberg G, Broberg AG. Dental fear/anxiety and dental behaviour management problems in children and adolescents: a review of prevalence and concomitant psychological factors. Int J Paediatr Dent. 2007;17(6):391–406.
Armfield JM, Stewart JF, Spencer AJ. The vicious cycle of dental fear: exploring the interplay between oral health, service utilization and dental fear. BMC Oral Health. 2007;7:1.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010. Projeto SBBrasil 2010 – Pesquisa Nacional de Saúde Bucal. Available from: http://dab.saude.gov.br/cnsb/sbbrasil/index.html Accessed in 2017 (Feb 1).
Venham L, Bengston D, Cipes M. Children’s response to sequential dental visits. J Dent Res. 1977;56(5):454–9.
Venham LL, Gaulin-Kremer E. A self-report measure of situational anxiety for young children. Pediatr Dent. 1979;1(2):91–6.
Góes MPS, Domingues MC, Couto GBL, Barreira AK. Ansiedade, medo e sinais vitais dos pacientes infantis [Anxiety, fear and vital signs of the child signs of the child patients]. Odontol Clín Cient. 2010;9(1):39–44.
Freeman RE. Dental anxiety: a multifactorial aetiology. Br Dent J. 1985;159(12):406–8.
Karibe H, Aoyagi-Naka K, Koda A. Maternal anxiety and child fear during dental procedures: a preliminary study. J Dent Chil (Chic). 2014;81(2):72–7.
Soares FC, Lima RA, Barros MVG, Colares V. Factors Associated with Dental Anxiety in Brazilian Children of 5 to 8 years. Brazilian Research in Pediatric Dentistry and Integrated Clinic. 2014;14(2):97–105. Available from: http://revista.uepb.edu.br/index.php/pboci/article/view/2670/pdf_37 Accessed in 2017 (Feb 1).
Kamp AA. Parent child separation during dental care: a survey of parent’s preference. Pediatr Dent. 1992;14(4):231–5.
Patel H, Reid C, Wilson K, Girdler NM. Inter-rater agreement between children’s self-reported and parents’ proxy-reported dental anxiety. Br Dent J. 2015;218(4):E6.
Moura BF, Imparato JCP, Parisotto TM, De Benedetto M. Child’s anxiety preceding the dental appointment: evaluation through a playful tool as a conditioning feature. RGO Rev Gaúch Odontol. 2015;63(4):455–60.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.