Pontos de corte e fatores de risco cardiovascular associados com a circunferência do pescoço em idosos da comunidade
um estudo transversal
Palavras-chave:
Antropometria, Pressão sanguínea, Obesidade, Idoso, Atenção primária à saúdeResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: Em idosos, diversas ferramentas antropométricas podem apresentar complicações durante a mensuração. Embora a circunferência do pescoço pareça evitar tais problemas, os pontos de corte e fatores de risco cardiovascular associados a essa ferramenta em idosos permanecem desconhecidos. Este estudo foi desenvolvido para identificar os valores de ponto de corte e fatores de risco cardiovascular associados à circunferência do pescoço em idosos. DESENHO E LOCAL: Estudo transversal, realizado em dois centros comunitários para idosos. MÉTODOS: 435 idosos (371 mulheres e 64 homens) foram recrutados. Os voluntários foram submetidos a avaliação morfológica (índice de massa corporal e cintura, quadril, e circunferência do pescoço) e hemodinâmica (valores da pressão arterial e frequência cardíaca). A análise pela curva receiver operating characteristic foi usada para determinar o valor preditivo dos valores de ponto de corte da circunferência do pescoço para identificação de sobrepeso/obesidade. Análise multivariada foi usada para identificar os fatores de risco cardiovascular associados com circunferência do pescoço larga. RESULTADOS: Os valores de corte para circunferência do pescoço (homens = 40,5 cm e mulheres = 35,7 cm) para detectar adultos idosos obesos, de acordo com o índice de massa corporal, foram identificados. Depois da segunda análise, circunferência do pescoço larga foi associada com elevado índice de massa corporal em homens e mulheres e elevados valores de pressão arterial, prevalência de diabetes mellitus tipo II e hipertensão em mulheres. CONCLUSÃO: Os dados indicam que a circunferência do pescoço pode ser utilizada como ferramenta de rastreio para identificar sobrepeso/obesidade em idosos. Ademais, altos valores de circunferência do pescoço podem estar associados com fatores de risco cardiovascular.
Downloads
Referências
United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2015). World Population Prospects: The 2015 Revision, Key Findings and Advance Tables. Working Paper No. ESA/P/WP.241. Available from: https://esa.un.org/unpd/wpp/publications/files/key_findings_wpp_2015.pdf. Accessed in 2016 (Oct 11).
Coelho Júnior HJ, Aguiar S da S, Gonçalves I de O, et al. Sarcopenia Is Associated with High Pulse Pressure in Older Women. J Aging Res. 2015;2015:109824.
Sewo Sampaio PY, Sampaio RA, Coelho Júnior HJ, et al. Differences in lifestyle, physical performance and quality of life between frail and robust Brazilian community-dwelling elderly women. Geriatr Gerontol Int. 2016;16(7):829-35.
Go AS, Mozaffarian D, Roger VL, et al. Executive summary: heart disease and stroke statistics--2014 update: a report from the American Heart Association. Circulation. 2014;129(3):399-410.
Solé-Auró A, Michaud PC, Hurd M, Crimmins E. Disease incidence and mortality among older Americans and Europeans. Demography. 2015;52(2):593-611.
World Health Organization. World health statistics 2015. Geneva: World Health Organization; 2015. Available from: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/170250/1/9789240694439_eng.pdf?ua=1&ua=1. Accessed in 2016 (Oct 11).
Fakhouri TH, Ogden CL, Carrol MD, Kit BK, Flegal KM. Prevalence of obesity among older adults in the United States, 2007-2010. NCHS Data Brief no 106. Hyattsville: National Center for Health Statistics; 2012. Available from: https://www.cdc.gov/nchs/data/databriefs/db106.pdf. Accessed in 2016 (Oct 11).
Kelly T, Yang W, Chen CS, Reynolds K, He J. Global burden of obesity in 2005 and projections to 2030. Int J Obes (Lond). 2008;32(9): 1431-7.
Dixon JB. The effect of obesity on health outcomes. Mol Cell Endocrinol. 2010;316(2):104-8.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigitel Brasil 2014: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. Available from: http://bvsms. saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2014.pdf. Accessed in 2016 (Oct 11).
Sakuma K, Yamaguchi A. Sarcopenic obesity and endocrinal adaptation with age. Int J Endocrinol. 2013;2013:204164.
Ben-Noun L, Laor A. Relationship of neck circumference to cardiovascular risk factors. Obes Res. 2003;11(2):226-31.
Ben-Noun L, Sohar E, Laor A. Neck circumference as a simple screening measure for identifying overweight and obese patients. Obes Res. 2001;9(8):470-7.
Lou DH, Yin FZ, Wang R, et al. Neck circumference is an accurate and simple index for evaluating overweight and obesity in Han children. Ann Hum Biol. 2012;39(2):161-5.
Nafiu OO, Burke C, Lee J, et al. Neck circumference as a screening measure for identifying children with high body mass index. Pediatrics. 2010;126(2):e306-10.
Nafiu OO, Burke CC, Gupta R, et al. Association of neck circumference with perioperative adverse respiratory events in children. Pediatrics. 2011;127(5):e1198-205.
Preis SR, Massaro JM, Hoffmann U, et al. Neck circumference as a novel measure of cardiometabolic risk: the Framingham Heart study. J Clin Endocrinol Metab. 2010;95(8):3701-10.
Gonçalves VSS, Faria ER, Franceschini SCC, Priore SE. Perímetro do pescoço como preditor de excesso de gordura corporal e fatores de risco cardiovascular em adolescentes [Neck circumference as predictor of excess body fat and cardiovascular risk factors in adolescents]. Rev Nutr. 2014;27(2):161-71.
Hatipoglu N, Mazicioglu MM, Kurtoglu S, Kendirci M. Neck circumference: an additional tool of screening overweight and obesity in childhood. Eur J Pediatr. 2010;169(6):733-9.
Baena CP, Lotufo PA, Fonseca MG, et al. Neck Circumference Is Independently Associated with Cardiometabolic Risk Factors: Cross-Sectional Analysis from ELSA-Brasil. Metab Syndr Relat Disord. 2016;14(3):145-53.
Stabe C, Vasques AC, Lima MM, et al. Neck circumference as a simple tool for identifying the metabolic syndrome and insulin resistance: results from the Brazilian Metabolic Syndrome Study. Clin Endocrinol (Oxf ). 2013;78(6):874-81.
Corona LP, Pereira de Brito TR, Nunes DP, et al. Nutritional status and risk for disability in instrumental activities of daily living in older Brazilians. Public Health Nutr. 2014;17(2):390-5.
World Health Organization. Waist circumference and waist- hip ratio: report of a WHO expert consultation. Geneva, 8-11 December 2008. Available from: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/44583/1/9789241501491_eng.pdf. Accessed in 2016 (Oct 11).
Chobanian AV, Bakris GL, Black HR, et al. The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure: the JNC 7 report. JAMA. 2003;289(19):2560-72.
Cuckson AC, Reinders A, Shabeeh H, Shennan AH; British Hypertension Society. Validation of the Microlife BP 3BTO-A oscillometric blood pressure monitoring device according to a modified British Hypertension Society protocol. Blood Press Monit. 2002;7(6):319-24.
Hosmer DW, Hosmer T, Le Cessie S, Lemeshow S. A comparison of goodness-of-fit tests for the logistic regression model. Stat Med. 1997;16(9):965-80.
Raitakari OT, Juonala M, Viikari JS. Obesity in childhood and vascular changes in adulthood: insights into the Cardiovascular Risk in Young Finns Study. Int J Obes (Lond). 2005;29 Suppl 2:S101-4.
Jamar G, Pisani LP, Oyama LM, et al. Is the neck circumference an emergent predictor for inflammatory status in obese adults? Int J Clin Pract. 2013;67(3):217-24.
Baena CP, Lotufo PA, Santos IS, et al. Neck circumference is associated with carotid intimal-media thickness but not with coronary artery calcium: Results from the ELSA-Brasil. Nutr Metab Cardiovasc Dis. 2016;26(3):216-22.
Jensen MD. Gender differences in regional fatty acid metabolism before and after meal ingestion. J Clin Invest. 1995;96(5):2297-303.
Votruba SB, Jensen MD. Regional fat deposition as a factor in FFA metabolism. Annu Rev Nutr. 2007;27:149-63.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.