Doença de Castleman (hiperplasia linfonodal gigante) unicêntrica retroperitoneal
relato de caso
Palavras-chave:
Doença de Castleman, Neoplasias retroperitoneais, Sistema linfático, Transtornos linfoproliferativos, Espaço retroperitonealResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: A doença de Castleman ou hiperplasia linfonodal gigante é desordem rara do tecido linfóide que causa linfadenomegalia. É considerada afecção benigna em sua forma localizada, porém agressiva no tipo multicêntrico. O diagnóstico defi nitivo está baseado nas achados anatomopatológicos pós-operatórios. O objetivo foi descrever um caso de doença de Castleman (hiperplasia linfonodal gigante) unicêntrica retroperitoneal localizada no retroperitônio. RELATO DO CASO: Homem, 61 anos, branco, com emagrecimento e adinamia, apresentava hipertensão arterial moderada e leucopenia. A tomografi a abdominal revelou massa ovalada de 5 x 4 x 5 cm, hipoatenuante, com calcifi cação de permeio e intenso realce ao contraste intravenoso, localizado na região retroperitoneal, entre o rim esquerdo e a aorta, no hilo renal. A laparotomia exploradora revelou massa sólida, não pulsátil, ovalada, situada no retroperitônio, próximo ao hilo renal esquerdo e que foi retirada completamente. O exame de congelação mostrou tecido linfonodal benigno e o exame histopatológico da peça cirúrgica revelou hiperplasia linfonodal gigante (doença de Castleman), forma hialina-vascular. O doente obteve alta no 12o dia. Após dois meses da operação, reinternou com quadro de insufi ciência cardíaca grave, insufi ciência renal e broncopneumonia, evoluindo com insufi ciência respiratória aguda, sepse e óbito.
Downloads
Referências
Kim TJ, Han JK, Kim YH, Kim TK, Choi BI. Castleman dis- ease of the abdomen: imaging spectrum and clinicopathologic correlations. J Comput Assist Tomogr. 2001;25(2):207-14.
Casper C. The aetiology and management of Castleman disease at 50 years: translating pathophysiology to patient care. Br J Haematol. 2005;129(1):3-17.
Kimura T, Inoue T, Katayama K, Hirose K, Imamura Y, Yamaguchi A. Mesenteric Castleman’s disease: report of a case. Surg Today. 2002;32(7):651-4.
LeVan TA, Clifford S, Staren ED. Castleman’s tu- mor masquerading as a pancreatic neoplasm. Surgery. 1989;106(5):884-7.
Hung IJ, Kuo TT, Lin JN. New observations in a child with angiofollicular lymph node hyperplasia (Castleman’s disease) originated from the mesenteric root. Am J Pediatr Hematol Oncol. 1992;14(3):255-60.
Menke DM. Ly-1b cells and Castleman disease. Blood. 2000;96(4):1614-6.
Ferreirós J, Gómez León N, Mata MI, Casanova R, Pedrosa CS, Cuevas A. Computed tomography in abdominal Castleman’s disease. J Comput Assist Tomogr. 1989;13(3):433-6.
Herrada J, Cabanillas F, Rice L, Manning J, Pugh W. The clinical behavior of localized and multicentric Castleman disease. Ann Intern Med. 1998;128(8):657-62.
Peterson BA, Frizzera G. Multicentric Castleman’s disease. Semin Oncol. 1993;20(6):636-47.
Oksenhendler E, Duarte M, Soulier J, et al. Multicentric Cas- tleman’s disease in HIV infections: a clinical and pathological study of 20 patients. AIDS. 1996;10(1):61-7.
Franks ME, Macpherson GR, Figg WD. Thalidomide. Lancet. 2004;363(9423):1802-11.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.