Classificação histológica de 1.025 casos de linfoma de Hodgkin do Estado de São Paulo, Brasil
Palavras-chave:
Doença de Hodgkin, Patologia, Classificação, Linfoma maligno, NeoplasiasResumo
CONTEXTO E OBJETIVO: Tem-se afirmado correntemente que, em países industrializados, a esclerose nodular é o tipo mais freqüente de linfoma de Hodgkin, ao contrário de países em desenvolvimento, onde a celularidade mista e a depleção linfocitária são mais freqüentes. O objetivo do estudo é rever os dados histológicos de linfoma de Hodgkin das cidades de São Paulo e Campinas. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Transversal, por análise histopatológica, em quatro hospitais universitários e um centro oncológico de referência. MÉTODOS: 1.025 casos com o diagnóstico de linfoma de Hodgkin entre 1990 e 2000 foram coletados de cinco instituições. Em 631 (61,5%) casos fora feito estudo imunoistoquímico para os marcadores CD20, CD3, CD15 e CD30. As freqüências relativas dos tipos histológicos (informadas pelos autores que são hematopatologistas de suas respectivas instituições) foram determinadas nos diversos grupos etários e por gênero. RESULTADOS: Os tipos de linfoma de Hodgkin foram assim distribuídos: predominância linfocitária 4,8%, esclerose nodular 69,2%, celularidade mista 21,1% e depleção linfocitária 4,6%. CONCLUSÕES: Dados controversos sobre a freqüência dos tipos de linfoma de Hodgkin em nosso meio parecem ser devidos ao pequeno número de casos dos trabalhos anteriores. Nossos dados são comparáveis aos dos países industrializados.
Downloads
Referências
Correa P, O’Conor GT. Geographic pathology of lymphoreticu- lar tumors: summary of survey from the geographic pathology committee of the international union against cancer. J Natl Cancer Inst. 1973;50(6):1609-17.
Faria SL, Vassallo J, Cosset JM, Brandalise SR. Childhood Hodgkin’s disease in Campinas, Brazil. Med Pediatr Oncol. 1996;26(2);90-4.
de Souza CA, Vassallo J, Lorand-Metze I. Hodgkin’s disease in Brazil: a clinicopathologic study. Haematologica. 1997; 82(1):127-8.
Spector N, Costa MA, Pulcheri W, et al. C-MOPP/ABV yields good results in a public hospital population with Hodgkin disease in Brazil. Cancer. 1993;71(9):2823-7.
Spector N, Nucci M, Oliveira De Morais JC, et al. Clinical factors predictive of bone marrow involvement in Hodgkin’s disease. Leuk Lymphoma. 1997;26(1-2):171-6.
Spector N, Costa MA, Morais JC, et al. Intensified ABVP chemotherapy for the primary treatment of Hodgkin’s disease. Oncol Rep. 2002;9(2):439-42.
Vassallo J, Metze K, Traina F, de Souza CA, Lorand-Metze I. Ex- pression of Epstein-Barr virus in classical Hodgkin’s lymphomas in Brazilian adult patients. Haematologica. 2001;86(11):1227-8.
Elgui de Oliveira D, Bacchi MM, Abreu ES, Niero-Melo L, Bacchi CE. Hodgkin disease in adult and juvenile groups from two different geographic regions in Brazil: characterization of clinicopathologic aspects and relationship with Epstein-Barr virus infection. Am J Clin Pathol. 2002;118(1):25-30.
Jaffe ES, Harris NL, Stein H, Vardiman JW, editors. World Health Organization Classification of Tumors. Pathology and Genetics of Tumours of Hematopoietic and Lymphoid Tissues. Lyon: IARC Press; 2001.
Kennedy BJ, Fremgen AM, Menck HR. The National Cancer Data Base report on Hodgkin’s disease for 1985-1989 and 1990-1994. Cancer. 1998;83(5):1041-7.
Glaser SL, Dorfman RF, Clarke CA. Expert review of the diagnosis and histologic classification of Hodgkin disease in a population- based cancer registry: interobserver reliability and impact on incidence and survival rates. Cancer. 2001;92(2):218-24.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.